Por Mattew
Pilhas de papéis se amontoavam em minha mesa e sinceramente eu nem sabia por onde começar. Eram mapas, pesquisas de mercado,gráficos sobre rendimento de cada uma das dezessete filiais da empresa... e tudo pra ontem.
A verdade é que estava cansado... quase a beira de uma estafa. Ser dono da maior rede de fast food da Inglaterra não era tarefa fácil. Entretanto até hoje consegui segurar com mãos de ferro o império que construí sozinho.
Aos vinte e sete anos Mattew Brown era o nome mais pronunciado na página de negócios bem sucedidos. Formei-me em administração de empresas aos vinte e três anos. Eu nunca tive medo de nada, nem de trabalho, tampouco de desafios. Por isso mesmo fiz cálculos, pesquisa de mercado, e com a maior cara de pau fui atrás de financiamentos para abrir minha primeira lanchonete. Já tinha experiência no ramo, afinal aos dezessete anos comecei a trabalhar em uma padaria para ajudar meu pai a pagar minha faculdade. Depois fui trabalhar em um restaurante de classe alta. Assim, adquiri vasta experiência no ramo.
Aos vinte e dois anos conheci Felicity, com quem sou casado há quatro anos. Foi paixão à primeira vista. Ela era linda. Alta e loira, com um corpo perfeito. Da parte dela, não posso dizer que foi também paixão à primeira vista. Levei um bom tempo para conquistá-la. Vinha de família rica enquanto eu era filho de um motorista particular... por sinal da família dela.
Para ser sincero, casou-se comigo tão logo me formei porque por um descuido... eu a engravidei. Apesar de serem muito orgulhosos, seus pais jamais permitiriam um aborto. Admito que não foi fácil depender de sua família. Felizmente durou pouco. Casei-me com ela uma semana após minha formatura. Cinco meses depois eu abria minha pequena lanchonete. E Felicity perdia nosso bebê. Foi um aborto espontâneo, má formação fetal. Dei todo o apoio que pude. Felicity ficou triste, mas não tanto quanto eu. Embora jovem, eu queria muito ser pai.
Com apenas um ano e meio de trabalho eu expandi meu negócio. E daí para abrir uma filial foi um passo. Comecei a inovar não só na alimentação, quanto nas embalagens e no espaço para os clientes. O sucesso foi imediato. Hoje além da matriz, eu tinha dezessete filiais espalhadas por Londres, Oxford e Liverpool.
Finalmente eu tinha uma vida tranquila e pude dar tranquilidade aos meus pais. Viviam confortavelmente em uma enorme casa que eu mesmo escolhi para eles. Minha mãe Hilary era gerente de uma das lojas. E meu pai estava simplesmente descansando. Já trabalhou demais para os seus cinquenta e nove anos. Tenho apenas uma irmã, Megan que hoje está com vinte e três anos e quase se formando em psicologia.
Escorreguei meu corpo na cadeira e fechei os olhos. Passavam das seis da tarde e já era hora de ir pra casa. E enfrentar mais uma vez o vazio do que deveria ser um lar. Felicity estava fria e distante desde que descobriu a nova gravidez. Estava agora com cinco meses de gestação e parecia me culpar por isso. Não sei... às vezes tenho a impressão que ela não me ama mais. Simplesmente se recusava a manter relações comigo. Quando eu insistia muito ela até cedia, meio contra vontade.
Era complicado. Sou um homem ativo, vigoroso... e minha esposa é linda, sensual. Como não sentir desejo? Será difícil entender que isso não era perversão, compulsão sexual ou sei lá mais o que? Eu a queria e ponto. Outro homem iria com certeza querer se aliviar com outra. Uma amante...garotas de programa...eu não. Quando o desejo se tornava insuportável e ela não cedia... recorria à masturbação.
E hoje era um desses dias. Não quero dizer que estava pensando em sexo o dia todo. Simplesmente nem tinha tempo p\ra isso. Mas depois de quase duas semanas sem tocar seu corpo... era impossível não me sentir cheio de tesão. Fechei tudo, deixando meus papeis ainda sobre a mesa e tranquei o escritório. Iria para casa, fazer um carinho em Felicity, como sempre, aliás. Estava cansado, mas me deleitar nos braços dela seria um bálsamo e tanto.
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Luxúria.com
RomanceMattew Brown, casado. Rebecca Hill solteira. Duas pessoas solitárias, carentes? Ou seus encontros virtuais eram puramente perversão e luxúria? Até que ponto sexo virtual seria uma traição? O desejo falaria mais alto a ponto de ultrapassar as barreir...