propostas irresistíveis

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~Pela Tarde~

Geralmente as pessoas são educadas ao receberem visitas em casa. Elas convidam os visitantes para entrar, se aconchegarem na sala de estar e até lhe servem chá com biscoitos recém tirados do forno, essa é uma maneira gentil de se portar com um visitante, mas definitivamente isso não estava acontecendo com Ciel.
- Eu já não tinha dito que não queria que você aparecesse na minha frente Conde Phantomhive? - disse a jovem de cabelos prateados pressionando levemente a ponta da sua espada no pescoço do rapaz que estava parado na frente da funerária.
- Eu vim em paz - disse Ciel levantando as mãos em forma de redenção.
- Você está brincando com a morte Conde. Não me irrite, pois eu não serei responsável pelas minhas futuras ações.
A jovem estava com seus cabelos prateados pressos em um rabo de cavalo alto, deixando com que a sua franja lhe caísse somente sobre o olho esquerdo, ela vestia uma blusa social branca para homem folgada que lhe cobria os braços até o pulso, um short curto de pano preto, um par de meias ⅞ e um sapato de salto baixo. Segurando uma espada afiada dava a impressão que ela estava treinando esgrima.
Seus olhos verdes brilharam de fúria.
- Antes que você me mate, deixe-me ao menos lhe falar o motivo pelo qual eu estou aqui. - o jovem conde estava ficando desconfortável com aquela espada no seu pescoço.
Antes de sair da mansão ele tinha ordenado a Sebastian que não fizesse nada contra a Lady Undertaker, ele iria conversar pacificamente com a jovem e se de tudo não houvesse resultados ai sim ele utilizaria o seu mordomo como a última cartada. A jovem alterou seu olhar entre o conde e o mordomo que olhava ameaçadoramente para ela. Estava travando uma luta em seu interior se deixava ou não o rapaz falar, por fim acabou cedendo a curiosidade e abaixou sua arma, dando espaço para o Conde e o seu mordomo entrarem no recinto.
Por o mais estranho que pareça a funerária estava bem iluminada, com uma janela aberta que deixava a luz do sol entrar fartamente naquele local. Pelo visto alguém andou fazendo uma faxina naquele ambiente. Os caixões estavam cuidadosamente arrumados no canto leste da sala, nas prateleiras do canto sul, onde ficava perto da mesa de centro fôra removido toda a poeira dos bequers, o chão estava reluzindo e no ar pairava aquele cheirinho de limpeza. Já não se fazia mais presente aquele toque de sinistro que por várias vezes esteve reinando. A jovem apontou para um caixão que estava de fronte a mesa central para o Conde, bem é claro que certos hábitos ainda se mantinham.
O conde se sentou no caixão, com o Sebastian ao seu lado, enquanto a jovem sentou sobre a mesa com as pernas abertas e suas mãos entre elas inclinando seu corpo levemente para frente.
- E então? Vai falar ou eu terei que esperar o dia todo? - disse a jovem com um tom impaciente.
- Certo, bem o que me trás aqui é o seguinte: quero lhe convida-la a ir a uma viagem de navio comigo por alguns dias a partir do dia 17 de abril.
O silêncio reinou sobre o local, a jovem ficou pasma por um momento, mas logo se recompôs fechando a cara.
- Eu recuso, agora você já pode sair da minha funerária. - disse a jovem se levantando - Ah conde, você foi tolo o suficiente para achar que eu aceitaria uma proposta tão inútil como essa?
- Sim eu cogitei essa possibilidade, e você vai aceitar a minha proposta - o Conde sorriu minimamente - , pois o verdadeiro motivo que está por de trás dela provavelmente vai lhe interessar... E muito.
A jovem levantou uma sobrancelha e permaneceu em silêncio deixando que o Conde prosseguisse.
- O hospital Karnstein está realizando umas experiências ilegais envolvendo a revificação de seres humanos, já que você, assim como eu, tem interesses por coisas ocultas vai amar se envolver nesse caso.
- E porque eu? - a jovem se escorou na mesa e cruzou os braços.
- Digamos que nos ajudaremos mutualmente. Vi o que você fez naquele baile, sei do que você é capaz e será de grande ajuda indo comigo. Resolverei o caso, você saciara a sua curiosidade, desfrutara de um belo passeio e poderá proteger a Lizzy.
- Oi? Quem é Lizzy? E porque você mesmo não poderá proteje-la, já que você tem um demônio como guarda-costas? - a jovem estava perdendo a sua paciência.
- Elizabeth é minha noiva. Não poderei está o tempo todo com ela, já que estarei investigando a Aurora Society nesta viajem, então é ai que você entra. Será a "dama de companhia" dela por alguns dias. - o jovem trincou os dentes, era também um pretexto de poder se livrar da Lizzy. - e então irá aceitar a minha proposta?
- Hum - a jovem passou a mão pela franja e a removeu do rosto, tombou de leve a cabeça para o lado e abriu um sorriso - mais é claro.
Essa resposta pegou Ciel de surpresa, ele pensava que ela iria recusar instantaneamente e o obrigaria a utilizar o Sebastian.
- Sério? - ele se permitiu a abrir um pequeno sorriso - Bem se é assim irei agora mesmo comprar as nossas passagens, vou passar para o Sebastian o que ele tem que fazer para a sua preparação e...
- Eu tenho uma condição Conde - cortou a moça secamente.
- O que? Como assim? Mais você não acabo de aceitar? - o Conde estada estupefato.
- Sim, sim eu aceitei, mas no entanto eu só irei contigo nessa viagem se você aceitar a minha condição.
- E qual seria a sua condição? - Ciel assumiu sua postura seca novamente.
A jovem caminhou em direção ao conde, parando diante dele e se inclinando para ficar da mesma altura. Sua blusa era folgada, portanto quando ela se inclinou era possível ver o corpete preto que ela usava por baixo da blusa, isso causou um certo desconforto no conde que tentou fixar seus olhos nos olhos verdes daquela jovem.
- Lute uma partida de esgrima comigo. Se você ganhar eu farei o que você quiser.
O conde soltou o ar. Então era isso? Lutar esgrima? Ele abriu um sorriso.
- Eu aceito. E se eu perder? O que você fará? - perguntou ele cogitando um futuro fracasso.
- Se você perder... bem ai veremos o que eu vou fazer perante a isso. Agora me acompanhe até o fundo da funerária, lá tem um ambiente muito bom para se praticar esgrima. - disse a jovem se levantando e começando a andar.
O conde não teve opção a não ser segui-la.
***
Eles foram para o fundo da funerária onde tinha um cômodo amplo, que provavelmente era dedicado a prática de esgrima. Isso deixou Ciel meio desconfiado, o que um shinigami aposentado iria querer com algo assim?
"Estranho" - pensou ele - " Algo não está batendo nessa história"
Foi retirado dos seus devaneios quando a voz da jovem o chamou.
- Preparado para lutar Conde? - ela estendeu uma espada típica de esgrima: fina, sem corte e com uma pequena bolinha de metal na ponta.
- Com toda certeza - ele retirou o terno que estava e estendeu para o Sebastian, antes de pegar a espada.
A jovem abriu um sorriso para o seu oponente.
- Isso vai ser interessante - disse ela tomando posição.
Ambos se encaravam. Ciel centrado, com o rosto sem transparecer nada. L. Undertaker sorrindo, debochando internamente do jovem Conde.
- Em guarda - disse ele começando a luta.
- Vamos lá - respondeu a jovem.
Sebastian estava afastado em uma distância segura, apenas observando apreensivo aquele desenrolar.
Num repente Ciel partiu para cima da moça, presumindo erradamente que ela havia baixado a sua guarda. Um som metálico preencheu o ambiente quando as duas espadas se chocaram.
- Sempre muito apressado, não é conde? - zombou a jovem.
Suas espadas formavam um x, fazendo com que seus rostos ficassem perto. Ciel olhou no fundo dos olhos verdes daquela jovem enigmática.
- Eu tenho os meus motivos - respondeu sério e se a afastou dela para ter espaço o suficiente para voltar a atacar.
Novamente seu movimento foi bloqueado. Ela era rápida.
- Vamos fazer do seu jeito então - disse a jovem empurrando a sua espada contra a dele, fazendo-o recuar dois passos.
A jovem se afastou e voltou a atacar com a mesma velocidade. Por pouco Ciel não escapa do golpe que ela iria desferir contra o seu abdômen. A jovem tinha anos de experiência com espadas, bem mais que o Conde. Isso era bem claro, mas Ciel não daria o braço a torcer tão facilmente.
A luta começou a ficar fervorosa. Ataques e defesas. Não podia se julgar que alguém estava ganhando. Ambos lutavam igualmente, com o mesmo empenho. Tudo estava ocorrendo bem até o momento que a jovem de cabelos prateados foi encurralada por Ciel perto da parede. O rapaz apontou a sua espada para o pescoço nu da jovem.
- Acho que eu venci - disse o mais novo com arrogância.
- Você não disse tuche, Conde - disse ela sorrindo - por isso a luta continua.
Dito isso a jovem escorregou para a direita desvencilhando da emboscada. Ciel fez menção de se virar para ser surpreendido com um chute em sua mão, que fez com que a sua espada voasse diretamente para as mãos da Lady Undertaker. Ela abriu um amplo sorriso. Caminhou até o conde estupefato e pressionou uma espada contra o seu pescoço e a outra na sua nuca.
- Tuche, Conde - ela colou o seu corpo no dele - parece que eu ganhei.
- É o que está me parecendo também - disse o jovem áspero. - diga o que você vai querer.
- Vai se render facilmente? - falou a jovem fingindo surpresa.
- Fizemos um trato, não? - o Conde segurou a jovem pela cintura e a afastou - O que você vai querer?
A jovem pensou por um instante e deu de ombros.
- Seu mordomo.
- Mais o que? - agora sim Ciel estava realmente chocado
Sebastian fez menção de caminhar até eles.
- Não seja tolo Conde - disse a jovem se divertindo - não vou querer ele para me servir, quero apenas que ele me ajude em uma coisa.
- Ah, - suspirou ele aliviado - sendo assim tudo bem. Tenho que resolver algumas coisas pela cidade, então pode ficar com ele por essa tarde. Venho busca-lo assim que escurecer.
Ciel arrumou a blusa e vestiu o terno, rumou para o cômodo principal da funerária, sendo seguido por Sebastian e L. Undertaker.
- Espero que você não tome muito tempo do meu mordomo, ele tem afazeres a serem cumpridos. - disse o Conde encarando a jovem.
- Oh, sim. Pode ficar tranquilo, creio que isso não irá demorar muito. - ela sorriu e o Conde saiu da funerária indo resolver os seus compromissos.
A jovem fechou a porta e as janelas da funerária e se virou para o mordomo.
- Sebastian, se eu te pedir qualquer coisa você fará por mim? - perguntou em divida.
- Certamente - disse o mordomo com reverência.
- Até se eu pedir para me engravidar? - a jovem desabotuou os primeiros botões da sua blusa.
- O QUE? - o demônio estava perplexo.
Uma risada aguda percorreu o local.
- É brincadeira. - a jovem continuou a rir do mordomo - você devia ter visto sua cara. Foi única. Até parece que shinigamis ficam grávidas!
A jovem sentou em cima da mesa.
- Preciso que você me ajude a lembrar - disse ela baixinho.
- Lembrar? - perguntou o mordomo sem entender.
- Sim.
- Mas do quê, especificamente?
- Do meu passado - era possível ver a angústia que ela estava sentindo através da sua voz - de quem eu era antes de me tornar isso. Eu quero lembrar, eu preciso lembrar. Esse vazio me consome a cada dia. É tão... terrível.
- Eu posso tentar - disse o mordomo incerto - mas não é certeza que eu vá conseguir.
- Tentar já é alguma coisa, não? - disse a jovem com esperanças.
- Sim, mas tem um porém - o mordomo foi até a jovem e se encaixou sobre suas pernas - para que eu te ajude você terá que ajudar o jovem mestre.
- Está tentando barganhar comigo demônio? - disse a jovem se insinuando.
- Pode apostar que sim - disso o mordomo se aproximando do rosto da jovem - e eu sou um ótimo negociador.
- Ah, tenho certeza que é. O que você tem a me oferecer? - perguntou ela colocando os braços nos ombros dele.
- Em primeiro lugar, peço que vá a está viajem com o jovem mestre, ele realmente precisa de alguém que cuide da senhorita Elizabeth.
- Hummm, posso levar em consideração essa oferta - disse ela tombando a cabeça.
- Se caso aceitar isso nos leva ao segundo lugar. Podemos nos divertir muito nessa viajem entediante.
- Se divertir como? - pergunta inocente.
- Ah, existem várias maneiras de se divertir em um navio. Principalmente na área sexual - o mordomo passa os dedos nas coxas exposta da jovem, tocando gentilmente sua pele e enfiando-os dentro do seu short.
Ela solta uma risadinha, se aproxima do ouvido do mordomo e sussurra.
- Essa é uma proposta irresistível senhor mordomo. - ela morde de leve a parte resposta de seu pescoço - acho que eu, encarecidamente, irei aceita-la.
Lábios se encontram num beijo faminto. Mãos se apalpam vorazmente. Corpos se aquecem.
- Eu tenho a absoluta certeza que você não irá se arrepender - diz o mordomo após encerrar o beijo.
- Assim espero. - ela junta seus lábios novamente, enrola suas pernas na cintura do mordomo e esfrega sua intimidade contra a dele.
- Oh, você quer isso jovem lady? - pergunta o mordomo vendo as intenções nada santas da moça.
- Sim - responde ela num fio de voz.
- Desta vez não irei ser gentil com você - ele a segura pelo rabo de cavalo e força-o para baixo, fazendo com que ela o encare.
- Não estou pedindo para que seja. - responde ela com sarcasmo.
- Você é tão leviana, isso não pega bem para uma dama.
- Eu já lhe disse, não sou, e nem quero ser uma dama - ela se lança contra ele fazendo com que seus troncos se chocassem, rebola mais uma vez sobre a intimidade do mordomo, fazendo com que uma leve ereção se forme. Encaixa sua boca na dele e com ferocidade a explora cada canto com sua língua.
Sebastian passa suas mãos pelas costas da jovem e desliza-as para a sua bunda, segurando com força enquanto pressiona seu membro rijo contra a intimidade da jovem.
- Hummmm - geme ela, displicentemente na boca do mordomo.
Ele libera uma mão e desliza seus dedos pelos colo exposto de jovem, contorna o volume delicado dos seios sob o espartilho e termina de desabotuar a blusa dela. Quando o ar se faz necessário eles se afastam e se encaram por um instante. Sebastian segura os ombros da jovem e a faz se deitar sobre a mesa.
- Eu vou te possuir aqui, desde jeito e agora. - ele vê as pupilas dela se dilatando e seus olhos se escurecendo com desejo.
- Sim, por favor - suplica ela com a voz rouca.
Ele sorri com a resposta da jovem, puxa seu quadril fazendo com que ela fique bem perto da beirada da mesa. Ele abre seu short e desliza sobre as pernas dela deixando-o de qualquer jeito no chão. Passa dedos pela lateral da roupa intima dela e sem piedade, com um único movimento a rasga. A jovem o encara com surpresa.
Sebastian retira as luvas e insere dois dedos dentro dela.
- Ahhhn - geme a moça em resposta. Ela está completamente molhada.
O mordomo faz movimentos rápidos de vai e vem com os dedos, absorvendo cada reação da jovem.
Ele para e retira os dedos de dentro dela e os leva a boca da mesma.
- Chupe - ordena.
Ela prontamente obedece com bom grado, sentindo nos dedos dele o seu gosto. Sebastian os retira da boca da moça e o leva a sua dando uma lambida vigorosa.
- Você tem um gosto bom milady - com agilidade ele abre sua calça e a abaixa junto com sua roupa intima, revelando assim sua ereção - isso vai ser rápido.
E com brutalidade a penetra.
- AHaaaahh - grita surpresa.
Sebastian faz movimentos de estocada rápidos e fortes, a jovem passa as pernas na cintura dele para não ser jogada para trás com as investidas violentas do mordomo. Mesmo sendo bruto ele a estava levando a loucura.
- Ahhhhnnn Sebas... Tian - sua voz estava ofegante.
Que bela visão Sebastian tinha: uma jovem despojada em cima de uma mesa, com os cabelos prateados ondulando em volta do seu rosto, vestindo um espartilho totalmente sexy, com as maças do rosto tingidas de um vermelho adorável, inteiramente entregue ao prazer, e a ele.
- ahhhaaa hhha hummm ah - ela estava chegando ao seu ápice.
Sebastian aumentou a velocidade e a viu gritar seu nome quando em fim chegou ao seu limite. As paredes internas do interior da jovem se contraíram com o orgasmo, apertando assim o membro do mordomo deliciosamente, fazendo com que ele de liberasse dentro dela após chegar ao seu limite também.
Ele deitou sobre o peito da jovem tentando recuperar um pouco da sua sanidade. Suas respirações aos poucos foram voltando ao normal. Sebastian levantou e puxou a jovem para cima, dando-lhe um beijo carinhoso.
- Você terá mais disso se dor conosco nesta viagem - disse após se afastar do rosto dela.
- Podem comprar minha passagem então, eu não perco essa viagem por nada.
Ele sorriu e saiu de dentro dela arrumando suas roupas, em instantes já estava impecável novamente. Em compensação a jovem estava descabelada e seminua. Ela pegou seu short o vestiu, fechou sua blusa e soltou seus longos cabelos.
- Bem, vou ver se encontro o jovem amo. Ele disse que passaria aqui, mas duvido que vá mesmo cumprir com a sua palavra. - Sebastian ruma até a porta - Estou ansioso por essa viagem.
- Também estou - responde a jovem corando.
O mordomo lhe dá um beijo de despedida.
- Nos veremos em breve - promete ele. - até mais.
- Até - diz a jovem.
Ela fecha a porta e se escora na mesma. Leva seus dedos aos lábios e os toca gentilmente.
- Isso, definitivamente, vai ser muito interessante.

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