Capítulo XVIII - Carreira Profissional

174 10 5
                                    

Com o fim da guerra Johan teve tempo para focar em sua profissão, se dedicou intensamente a Medicina. Passava a maioria de seu tempo estudando, mas não tinha dinheiro, não tinha currículo e nenhuma profissionalização na área.
Como era bastante conhecido na cidade fazia consultas em uma casa, que alugou com o dinheiro que ganhou lutando na guerra. Johan começava a ficar cada vez mais famoso como cirurgião na cidade, era o mais indicado e o melhor da cidade, apesar de não ter nenhum curso.

Johan com seu próprio consultório vivia bem, mas não era um médico cirurgião ainda. Engrossou na faculdade de Medicina, com um pouco de dificuldade, mas conseguiu. Ele trabalhava e estudava, para conseguir o tão sonhado diploma, era um pouco difícil e cansativo, mas o fim valeu por todo o esforço.
Padre Cristóvão viu o esforço do garoto e sentia orgulho por considerar ele como filho.

Johan finalmente depois de tantos dias de luta conseguiu terminar sua faculdade, era finalmente um médico de respeito. Era o melhor médico de Londres, conhecido por todos os outros profissionais e respeitado.
Tudo o que ele queria conseguiu, agora só faltava uma coisa, que não era tão difícil de conseguir. Ele queria se tornar um cirurgião, como já era um médico conseguia dinheiro fácil e foi fácil pagar o curso de especialização.

O curso foi intensificado e bastante difícil, mas Johan era paciente e sabia se virar bem com a pressão da vida. Até ali não tinha nenhum amigo, mas para ele não importava ter amigos, nunca teve um amigo de verdade, e se acostumou com isso, não faria diferença agora ter algum ou não.
Sua vida era feliz e sua vida financeira abundante, com poucos anos conseguiu comprar um escritório próprio bem maior, onde poderia não só se abrigar para suas cirurgias, mas empregar outros médicos de outras áreas, abrindo um hospital próprio.

Johan já tinha vinte e sete anos e sua carreira estava no topo, vivia bem e era rico, mesmo tendo tudo não se esqueceu do convento. Visitava padre Cristóvão regularmente, todos os feriados estava junto com ele comemorando.

Em um dia de ações de graças Johan foi visitar padre Cristóvão e as freiras levando vinho e uma ave assada para passar a noite. Todas as crianças se alegravam em ver aquela comida toda, a alegria os enchia e os mantinham vivos naquela noite fria.
Depois de toda aquela comemoração Johan foi se despedindo, mas Cristóvão o chamou em sua sala para conversar antes de sair. Chegando na sala ele disse:
- Hoje a noite foi muito boa, rapaz. Mas tenho uma coisa para lhe falar.
- Pode dizer, padre. - disse Johan.
- Vejo que você não mostra afeto a nenhuma moça que conhece, já está ficando velho e tem que arrumar uma esposa. - disse sério.
- Ainda não senti nada por nenhuma. Se for da vontade de Deus talvez eu conheça alguma que me surpreenda. - respondeu Johan.
- Não é da vontade de Deus que o homem fique só, meu filho. - disse o padre.
- Eu tenho o senhor. -retrucou Johan.
- Estou velho e um dia vou morrer. Arrume uma mulher e sossegue na vida. -disse o padre.
- Tudo bem.
Johan se despediu e foi para casa, durante a caminhada pensava no que o padre lhe disse. Andando na sua olhando para baixo quando bateu de frente com uma moça a fazendo derrubar tudo no chão, Johan como era grande e robusto a derrubou, ficando em pé sem nem ter sentido o impacto direito. Olhou para baixo e viu aquela linda criatura, como um anjo que acabará de cair em sua frente, seus olhos eram verdes, sua pele bem branca, com sardinhas e seu cabelo negros enrolados. Johan ficou olhando para ela, sem nenhuma reação, apenas parado.

Jack EstripadorOnde histórias criam vida. Descubra agora