Sublime

Descobertas Sobre Mim Mesma

Eu realmente esperava que eu fosse chorar muito mais, que eu fosse sofrer como nunca sofri, algo que me acabasse de tal forma que eu não me reergueria. E descobri que isso realmente aconteceu. Mas eu levantei, e me descobri, e descobri os outros, descobri o amor, a felicidade, a solidão, e descobri as palavras.
As mesmas que hoje uso pra te agradecer, afinal, por sua causa, eu me descobri denovo.
Descobri meus gostos, minhas qualidades, minha beleza, o meu poder. Descobri também, que posso ser tudo o que eu quiser, posso casar, ou não, posso simplesmente sair livre por aí, sem me preocupar com todos esses rótulos, as besteiras de todos, os problemas dos outros, e o principal, sem você.

Claro que você foi importante, foi sim, não te tiro seu mérito, mas a mi nha recuperação depois do nosso fim... foi incrível! Claro que por semanas, eu sofri, pensava em você o dia todo, o quanto te amei. Mas ai passou, e o que ficou? Ficou eu, e mais eu. Eu companheira de mim mesma. Pode isso? Uma menina-mulher sozinha! E isso foi libertador, foi um passo em direção aquela luzinha no fim do túnel, que eu descobri ser a vida, e não você. A minha dependência de você foi por água a baixo, mas ainda sou grata;
Grata aos momentos, as memórias, os sorrisos, as lágrimas, as gargalhadas, os poemas, os desenhos, e todo o resto, mas eles se foram. Mais uma parte de mim se foi, mas outra maior ainda ocupou o seu lugar... sabe aquele amor enorme que eu sentia por você? Hoje ele é apenas... amor próprio.

Amor próprio? SIM! Amor próprio! E ele é libertador, acordar se sentindo linda, se ver e se sentir linda, e ir dormir, sabendo que no outro dia, eu vou sair por aí, esbanjando beleza por onde eu passar. Eu faço minhas escolhas, meus caminhos, minhas próprias palavras. Minhas rimas, minhas risadas, minhas lágrimas e minhas memórias, eu sou o que eu mais queria ser, um eu sem você.
Um eu que sabe o que quer, um eu que vive pra si mesmo, independente, forte, e acima de tudo, amada. Eu sei que posso ser louca, pirada, maluca, mas eu me amo assim mesmo, aquele amor que se constrói todo dia, e ele não para de se auto-construir a cada vez que você se sente bem, a cada vez que recebe um elogio, a cada vez que vejo que sou mais eu. Mais apaixonada por eu mesma.