Bolhas

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Bolhas te compõe
Bolhas me compõe
Tudo me compõe da cabeça
Aos pés.

E tudo ao que eu me refiro
É a argila, a pedra, o vidro
O oxigênio, o argônio, o enxofre.

Tudo o que eu me refiro,
É ao caos,
A desordem,
A poesia,
A paixão.

Tudo ao que eu me refiro
É a respiração ambivalente que você me dá,
É as borboletas na barriga que não param de chegar,
É o brilho nos olhos de quem sabe que vai ver a estrela do seu próprio céu.

Bolhas, bolhas, bolhas
É assim que você me faz sentir
Quando se aproxima tanto de mim.
Quando se vai, eu desliso de suas mãos e pairo, pairo pairo,
Pairo para o infinito,
O infinito me consome,
Me debulha,
Me suspende,
Acima de tudo

E então eu flutuo, flutuo, flutuo
Para o céu infinito,
Para o universo frio e desconhecido
Para todo o espaço-tempo em que estamos juntos, e
Relembro, sobre as pessoas, as coisas, as memórias, as falsas esperanças,
E tudo o que eu digo é
"Sou uma bolha, e você me estourou como a maldita delicadeza que me preenche."

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