SEVEN LIFE'S

Capítulo 16

Levantei cedo, me arrumei e fui para a clínica pensando no que poderia descobrir, em como seria tudo.
Cheguei a mesma e me deparei com Anna sentada na sala de espera.
-Oi. -digo
-Oi. -ela sorri
-Obrigada por vir.
-Eu tinha que vim. Sempre falamos disso, então é uma coisa que temos que fazer juntas.
-É.
Entrei no consultório, o doutor me recebeu bem. Me fez algumas perguntas sobre o porque de quer fazer regressão. Depois de respondida, ele me explicou o processo que pode ser perigoso pois, o espirito pode ficar preso na outra vida. E, dentro de algumas sessões de preparo eu estaria pronta.

Na manhã seguinte, levantei na minha rotina normal e depois de me arrumar fui a escola. A professora passou um trabalho para escrevermos sobre "quem somos? , quem queremos ser? E quem nos inspira".
No intervalo sentamos na mesa todos juntos, Foi divertido conversar com meus amigos depois de tanto tempo.
Amber havia faltado, e por mais que ela me fizesse mal, eu sei que é um traço de nossa vida passada (os arepios, as tonturas...) ocorrendo involuntariamente, eu estou preocupada.
Chego em casa, meus tios deixaram uma mensagem na secretaria eletrônica e não viram para casa. Olho na geladeira procurando algo, quando a campanhia toca.
Abro a porta...
-Oi. Posso entrar? -pergunta Amber com cara de choro.
Sinto que ela precisa da minha ajuda.
-Sim claro.
Ela entra, se senta no sofá, me sento ao seu lado e pergunto:
-Está tudo bem ?
-Não.
-O que houve?
-Preciso me abrir com alguém e você é a única pessoa que é sincera comigo.
-Pode falar.
-Eu estou segurando essas lágrimas e palavras a bastante tempo e não aguento mais. -ela desaba, abraço ela que continua - lembra quando te contei sobre usar uma máscara? -assinto -Eu era uma nerd, as pessoas viviam falando mal de mim. Me chamavam de gorda, feia, baleia entre outras coisas. Eu só queria ser aceita. Então, comecei a ter problemas como anorexia, eu vomitava tudo o que comia por medo de ficar mais gorda e não ser o padrão que tanto admiravam. Eu passei tanto mal, e não queria ajuda. Não aceitava. Um dia eu decidi mudar, criar um máscara que fosse tudo o que eles queriam e assim poder ser aceita. Mas, tudo saiu fora do controle, eu gostei de ser popular, de receber atenção e quando vi estava presa naquela máscara. Por esse motivo eu não sei quem eu sou. E o pior não tenho amigos verdadeiros, as pessoas gostam de mim pelo que acham que sou e nao pelo o que sou de verdade. Eu fiz mal a muita gente e nao quero ter que fazer de novo.-ela está desolada
-Quem disse que não tem amigos? -ela me olha confusa - Eu sou sua amiga se me deixar ser. Você confiou em mim para contar, eu não posso descobrir quem você é, por você. Mas, posso te ajudar, eu vou estar ao seu lado, de quiser ao minha ajuda. Você quer?
-Sim. -ela limpa as lágrimas -Obrigada . -ela me abraça.
-Não chore. É tempo de recomeçar, de renovar - se. Não deixe o medo dominar o seu ser, enfrente - o.
-Obrigada.
Eu a Abraço.
-Só quero saber uma coisa...-ela me olha confusa - Você quer ser minha amiga?
-Sim. Obrigada por ser sincera comigo e não me deixar quando mais preciso. -sorrio.
-Quer tomar um sorvete? -ela limpa as lágrimas e sorri dizendo :
-Sim.
Saímos juntas de casa até a sorveteira mais próxima.
Passamos a tarde toda juntas, conversando e rindo. Ela é uma pessoa legal só precisava de alguém para estar ao seu lado quando seu coração está quebrado.