Capítulo 2

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Levantei cedo e depois de me arrumar fui rumo a escola com Thomas. No intervalo, nos sentamos na cantina conversando algo sobre...eu não sei...Tudo o que sei é que não parava de olhar para aquela garota.
-Quem é a nova garota?
-Ah a Amber, ela não é nova estava de viagem e voltou agora. -diz jessy
-Ela é estranha...
De repente, ela vem em minha direção com seus cabelos loiros e sorrindo perguntou:
-Você é a Lindsey?
-Sim. Porque ?
-Eu sou Amber. - ela estendeu a mão e eu a ignorei.
-Legal...-digo nenhum pouco interessada.
-Soube que estão namorando...-ela aponta pra mim e Thomas
-Sim estamos. -digo
-Que bom que arrumou uma namoradinha Thomi. Pensei que eu ia roubar seu coração de novo.
Olho para ele com raiva espantada em meu rosto, ele não tem recai nenhuma. O sinal toca e saio dali na frente deles.
-Lindsey espera...-ele segura meu braço
-Depois a gente conversa.
A aula passou rápido e sem conversas, depois fomos caminhando sem dizer nenhuma palavra. Assim que almoço vou para meu quarto em direção a varanda.
Sinto que conheci aquela garota, fico mal só de olhar para ela, ela me causa arrepios, um sensação estranha de medo.
-Lindsey...-ele diz em sua sacada
-Oi. Porque não me contou?
-Sobre a Amber?
-É.
-Ela não é nada.
-Como não? Parece que ela era sua namorada.
-Eu  nunca tive nada com ela. Ela sempre foi doida por mim...
-Entao porque ela disse aquilo?
-Eu não sei. Ela é  o tipo de pessoa que quer ter tudo.
-Porque devo acreditar?
Ele olha em meus olhos e com o olhar desapontado diz:
-Porque sabe da minha história.

Estou caminhando...A rua era deserta. Tenho um sensação ruim de que algo vai acontecer. Olho para trás me certificando se não há ninguém me seguindo mas, quando volto a olhar a para frente segundos depois, vejo...uma figura horrenda, ensanguentada com uma faça na mão.
Dou passos para trás, ela vem em minha direção, é mais rápida, não há para onde correr, ela me alcança e segura em meu braço me levando para um casa abandonada, escura e completamente aterrorizante. Ela me joga no chão deixando a marca de seus dedos em meu braço, que segurava com tanta força.
Olho para o lado em vejo alguém caído, morto. Só então percebo ser ele_o meu amado.
-Eu vou te matar! -ela grita vindo em minha direção.

Por impulso me sentei na cama, abro os olhos e o pesadelo se repete em minha cabeça.
Olho em volta, estou em meu quarto, em minha cama, esta de noite.
Vou até a cozinha, bebo um copo de água e volto para meu quarto. Está tudo tão quieto. A luz da noite penetra em meu quarto me convidando a ir até a sacada. Estou com medo, as cenas ainda se repetem, meu corpo treme e não consigo me acalmar quando ouço a voz da garota e me lembro de Amber. É ela.Ela é a garota que me matava.
Meu coração dispara, não consigo segurar as lágrimas que agora escorrem na minha face. Sinto uma tontura, meu corpo treme, minhas pernas estão banbas.
Me encosto na sacada e sento no chão tentando ficar forte.
-Lind! -ele diz com os olhos assustados pulando para minha sacada.
Ele  me abraça, segura minha mão enquanto diz: 
-Suas mãos estão tremendo...O que aconteceu?
-Eu tive um pesadelo. -digo com a voz falando.
-Calma...Quer contar? -ele pergunta colocando meu cabelo atrás da orelha.
-Foi tão real...Você estava morto. -digo caindo em lágrimas.
Estou arorizada.
O aperto deitando a cabeça em seu peito. Ele acaricia meus cabelos enquanto diz:
-Eu estou aqui, esta tudo bem. Nunca vou te deixar.
-Promete? -encontro seu olhar
-Prometo.
Dormi em seis braços. Quando acordei estava na cama, Thomas dormia ao meu lado e não queria acorda -lo.

Conforme a agirá caia o sonho revive na  minha mente inundando os meus pensamentos. Foi tão real, tão estranho. Posso sentir as mãos dela segurando meu braço.
Acordo Thomas que vai se arrumar e vou para a aula abraçada a ele mas, não estou aqui. Estou revivendo o sonho.
O dia passou rápido e, eu ainda me sentia mal. Depois de jantar me sentei no sofá com meus tios.
-Lindsey  amanhã é o aniversário da Camilla. -diz tia
-Sério? -Abro um sorriso esquecendo por alguns segundos o terrível pesadelo.
-Sim. Nos poderíamos fazer algo, é feriado.
-É. -fico formulando o plano -Poderíamos leva - la ao Shopping, só nos três enquanto o pessoal arruma a festa no quintal de casa.
-É, pode ser. -ela disse alegre
Passamos um tempo juntas combinado tudo, avisei Thomas que ficou contente com a iniciativa.

Na manhã seguinte, antes do almoço eu, tia e Camilla saímos para um dia divertido no Shopping. Fizemos compras, almoçamos, enfim nos divertimos.
Deixamos Camilla em casa e fomos nos arrumar. Coloquei um vestido branco soltando e salto. Fui ao quintal e me deparei com meus amigos e os de Camilla sentados no local todos decorado. Alguns minutos depois tia e tio se juntaram enquanto, Thomas se aproxima trazendo Camilla de olhos vendados.
E então...

Camilla é o tipo de mulher que levanta todos os dias no mesmo horário e chega no mesmo. Ela não tenta ser outra pessoas, apenas ela mesma agradando a todos e os ajudando sem pedir nada em troca.
Ela está sempre sorrindo até mesmo diante de dificuldades. Acredita no potencial de todos, e faz o seu melhor para cuidar da casa e do filho.
Sua felicidade dependia de ver sorrisos.
Acho que a única coisa de que se arrepende é de: não poder ter o amor da sua vida. E, mesmo depois da mágoa que partiu seu coração e a fez sofrer durante um tempo. Agora, ela segue seu coração em busca de alegria.
É guerreira diante de tudo o que passou. Apesar, não ter realizado todos os seus sonhos, ela não se queixa apenas, vive cada dia com alegria
E hoje assim como todos os dias ela estava sorrindo ao ouvir os "Parabéns" e podia ver o brilho em seu olhar, um brilho que ilumina tudo.
A festa durou quase a noite toda assim que acabou fomos dormir.
Quando acordei estava claro, mas sentia um aperto no peito como se algo fosse acontecer.
Terminei de me arrumar e Desci. Eram 7 horas da manhã, fui para casa de Thomas que estava demorando e vi o carro de Camilla na porta. Estranho, ela sempre sai cedo.
Abro a porta, ele está descendo as escadas.
-Vamos? -ele pergunta
-Sua mãe ainda está em casa?
-Não sei, porque?
-O carro dela esta lá fora.
Ele subiu as escadas correndo e fui atrás.
Ao entrar no quarto, ela estava deitada sorrindo. Ele a chamou e chamou...chamou e nada dela acordar. Tentou ouvir sua respiração só pra contestar o fato de que: ela se foi.
Meus olhos não podiam acreditar. Eu, ele estávamos em choque.
Desci as escadas correndo e encontrei tia entrando no carro.
-Tia! Vem aqui rápido!
-O que foi Lindsey?
-A Camilla...
Antes que eu continuasse, ela já estava subindo as escadas. A chamou outra vez e não...Não...Ela se foi.
-Ela se foi. -diz tia em lágrimas
-Não! -gritou Thomas caindo de joelhos no chão.
Eu sinto sua dor. O Abraço. Ele derrama suas lágrimas com dor. O aperto e mesmo que eu tente não consigo dizer nada, não estou acreditando. Tenho que me manter forte pois, apesar de sentir a dor eu tenho que limpar as suas lágrimas e consumir a sua dor e a minha.
No enterro, havia muitas pessoas pois, ela era amiga de todos, mas hoje estavam chorando  pelo anjo que partirá. Eu não podia. Lágrimas as vezes são boas, mas quando se trata de morte é melhor deixar que o espírito siga em paz.
Fiquei ao lado de Thomas o tempo todo e tia foi dizer algumas palavras:
-Hoje, perdi minha melhor amiga. Éramos como irmãs e nunca irei esquecer dos nossos dias juntas, das brigas, das risadas. Elas era especial e estará sempre em meu coração. 
Todos estavam tristes alguém precisa dizer palavras que reconforta, eu não sou a melhor pessoas mas, deveria tentar:
-Dizem que quando terminamos a nossa jornada, nos despedimos dos entes amados e partimos. Eu, de certa forma acredito nisso...Acho que Camilla era uma grande mulher, mãe, amiga. Ela sempre estava lá mesmo que não merecessemos. Acho que seu espírito estava contente e quando se deitou já era hora de partir. Camilla sempre será lembrada por sua bravura e por nos ensinar que apesar dos problemas nunca podemos deixar de ser quem somos de verdade e assim nunca parar de sorrir. -quando terminei todos estavam sorrindo e pareciam entender a extensão de minhas palavras enquanto segurava as lágrimas.

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