Capítulo 17

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Depois da aula, eu ia no consultório e todos os dias Anna estava lá comigo.
É estranho, a gente não conversa muito ainda mas, eu preciso que ela esteja presente e ela está. Isso me faz sentir segura e faz lembrar porque nós tornamos amigas.
Depois de tanto preparo, chegou o dia de fazer a regressão. Cheguei cedo ao consultório e Anna já me esperava.
Durante o período de preparação eu  mal vi o Thomas pois, da escola eu já vinha ao consultório.
Ao adentrar no mesmo, o doutor pediu que eu deitasse, me explicou que vou ver só o que precisar. E começou o procedimento, não é uma máquina, ou um raio X ou, qualquer coisa do tipo.
Você precisa exercitar os chacras, 7 pra ser exata. Limpar a mente,  deixar fluir e adormecer para entrar no plano espiritual.
[...]
Meu corpo dorme.
Eu vejo tudo, até que não vejo nada.
Me levanto e depois de conversar com o doutor que perguntou se eu achei as respostas que precisava, eu respondo:
-Muito mais que isso.
Saio, chamo Anna para irmos embora.
-Como foi ? -ela pergunta
-Ligue para as meninas e peça para que vão a minha casa.
Assim que chegamos em casa, elas estavam nos esperando na porta.
Entramos e fomos para meu quarto.
Pedi que se sentassem na minha cama, me sentei junto, respirei fundo, olhei para elas que esperavam ansiosas para que falasse algo.
E então...
-Meninas hoje eu descobri muitas coisas sobre meu passado, sobre uma de minhas vidas e tudo o que possibilitou entender o porquê de estarmos aqui, de nos conhecermos.
Nessa vida passada....Eu, vocês éramos irmãs. -Elas sorriem - Tínhamos uma banda e uma escola de música onde ensinavamos tudo o que sabíamos. Eu, vocês e Deborah comandavamos a escola com todo o nosso espírito e coração. Éramos amigas unidas por um propósito . Quando a situação se intensificou, mais alunos... Precisávamos de mais um professor para nos ajudar, depois de muito procurar, foi então que chegou a nossa escola um homem chamado Eric, seus olhos eram azuis como o oceano e sua beleza me encantava. Nós nos apaixonamos e depois de alguns encontros, começamos a namorar. Estava tudo indo muito bem até, Deborah deixar a escola e desaparecer. Ninguém sabia o seu paradeiro.
Anos depois, no nosso casamento eu a vi, ela estava com o rosto vermelho de lágrimas e sumiu outra vez.
Um dia depois do trabalho, eu estava indo para casa caminhando por uma rua deserta, não se ouvia barulhos e havia pouca luz. De repente uma figura horrenda, ensanguentada, segurando uma faça apareceu na minha frente e alcançou os meus passos abertando meu braço e me levando para uma casa abandonada. Ela me jogou no chão e disse que eu havia tirado sua vida, o seu amado. Me arrastei tentando me afastar dela e acabei encostando em alguém jogado no chão, morto e só então percebi ser o meu amado Eric. E ela era a Déborah.
Ela me matou e no dia seguinte foi a casa de seus pais, estava no quintal perto da casinha de bonecas onde brincávamos quando criança. Eu estava em espírito a observando enquanto espíritos obsessores a faziam enchegar aquela casinha como algo ruim e a fez quebrar  tudo. Após destruir tudo,  ela encontrou uma carta e se pôs a ler...
"Amiga, hoje eu tive um sonho no qual éramos adultas e cheias de vida e alegria. Um dia porém a tristeza reinou em seu coração e espíritos malignos se a posaram de seu ser colocando raiva em seu coração. Raiva de mim. E por isso uma disputa começou sem que eu soubesse  até que você me matou. Se você está lendo esta carta é porque pode ter acontecido. E, eu te perdôo do fundo do meu coração, eu a amo. Espero encontrar você em outra vida.
                       Verão de 1841, Lind. "
Ela estava desolada, uma culpa a dominou e mesmo que eu tentasse em espírito,  não consiguia fazê -la se sentir bem. E agora, nessa vida eu a encontrei de novo com outro nome mas, que guardava dentro de mim um profundo mistério, ela se chama Amber. -elas ficam chocadas - e ele é o meu Thomas.
-Nossa Lindsey...-diz Anna.
-Agora, eu sei qual a minha missão, é fazê -la perdoar a si mesma porque eu já a perdoei. -sorrio - Ela confia em mim e podemos ser amigas de novo sem uma disputa boba.
-É. Não é  a toa que se conheceram. -diz jessy.
-E  o mais incrível é que éramos irmãs. -todas sorrimos
-Somos amigas pra toda vida, pela eternidade. -diz Lílian e lágrimas escorrem de nossos rostos enquanto dizemos:
-E, a nossa amizade aconteceu assim...de repente em poucos minutos éramos grandes amigas como se nos  conhecêssemos de muitas vidas atrás. Seven life's.
Nos abraçamos e depois uma pequena guerra de travesseiros.
Entre sorrisos e mágoas, crescemos juntas, aprendemos juntas, vivemos juntas pela eternidade até que seja a hora de partir para o plano espiritual onde ainda estaremos unidas por um laço de amizade simples e forte.

SEVEN LIFE'SOnde histórias criam vida. Descubra agora