3° Capitulo

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Karol

Hoje era a primeira sexta do mês, dia de racha com a galera e depois festa em uma casa abandonada que encontramos próxima de onde fazíamos a corrida. Era um local bem afastado dá cidade, que dava pra zoar e bagunçar o tanto que quiséssemos sem que fossemos interrompidos por vizinhos chatos, policiais ou algo do tipo.

Hoje eu não iria competir, pois uma das regras é não correr duas vezes seguidas, então, era a minha vez de ficar de vigia junto com a Ana Clara, Tamires e a Dani, caso algum policial resolvesse aparecer. Já havia quase cinco meses que vinham acontecendo esses rachas com a mesma galera, assim que cheguei à cidade fiquei sabendo e então comecei a freqüentar. Nunca ouve casos policiais, mas tudo pode acontecer.

Eu e Ana estávamos em uma pedra altas a uns dez quilômetros de onde os competidores estavam. Essa distância era o suficiente pra que se precisasse, haveria tempo de avisar para Tamires e Dani, que estavam a dois quilômetros dá gente, para que colocassem pregos na estrada, furando os pneus dos carros dos policiais se fossem preciso, pra que os outros dá corrida desse tempo de chegar até o esconderijo, retirar todas as bebidas e fossem para casa do Jonh e dá Ana, para de lá, todos nós se separarmos. Não esperávamos passar por isso algum dia, mas como eu disse, tudo pode acontecer, e deveríamos estar sempre preparados.

Já era quase dez horas, o que significa que a corrida estava se aproximando. Todos já estavam postos em seus lugares, e como sempre, o celular já ficava ativo com a mensagem prestes a ser enviada para todos dá corrida e os que estavam em alerta junto com nós.

De onde estávamos era possíveis ver muita coisa, a estrada, as meninas e as luzes dá cidade, mas ninguém poderia nos ver. Aquilo estava ficando entediante, é horrível quando você não compete e tem que ficar de guarda.

A Ana estava mais concentrada na estrada do que eu, além dela sempre ter mais medo de que fossemos pegas, minha cabeça vagava em fleches do cara dá academia, iam e vinham na minha cabeça o sorriso dele, e isso estava me atormentando.
 
                               ~~~

A corrida já rolava á quase duas horas, e ainda estávamos caladas  observando a paisagem e na alerta. Resolvi corta o silêncio e puxar assunto em alguma conversa a fim de acabar com o tédio e espantar aqueles malditos pensamentos dá minha cabeça.

-E ai, como anda o namoro com John?

-Aah! Por enquanto estamos indo bem, umas discussões de vez em quando, mas está indo...

-Faz parte, dizem que fortalece o relacionamento.

Falo sem saber ao certo.

-Verdade.

Ela solta um sorrisinho de canto e depois me olha por um momento me analisando até se pronunciar.

-E você, Karol?

-O que tem?

-Não é de hoje que nos conhecemos... Ela para um pouco, talvez pensando se realmente deve ou não continuar - e eu nunca te vi se relacionar com ninguém.

-Aah! Esse negócio de se prender a alguém não faz o meu tipo, eu prefiro levar uma vida só.

-Você já amou?

Esse pergunta me pegou de surpresa, uma pergunta simples que eu já havia me feito várias vezes, mas nunca tinha uma resposta concreta, eu não gosto de conversas relativas ao amor, mas iria responder essa pergunta, não a ela, mas a mim mesma.

-Não, amor, amor... Não. Acho que se eu estivesse amado de verdade, hoje eu estaria namorando, ou noiva talvez.

-Qual o seu medo no amor?

Até O Fim ( Em Revisão) Onde histórias criam vida. Descubra agora