Paixão

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Filiphe

Já passavam das 19 horas e ela tava bebendo descontroladamente, pelo que eu percebi não era seu costume beber, e com certeza ela passaria muito mal se continuasse.

Pude perceber que o Dj não tirava o olho de cima dela e ela retribuia o olhar, tava sendo demais pra mim, apenas vê e ficar quieto no meu lugar, enquanto ela bebia por minha causa e um Dj ficava jogando charminho para ela.

Ela se aproximou do Dj tropeçando nos seus próprios pés, ele apenas riu e entregou um fone pra ela, que colocou e lhe retribuiu com um beijo no rosto.

Assim que ela sai de perto do Dj, vejo meus amigos se aproximando dela, e sei que eles vão aprontar, me aproximo um pouco mais afim de ouvir a conversa.

-Oopa! Acho que a gatinha já bebeu de mais.

-Eu tu bem.

Ela falava coisa com coisa, tropeçando nas próprias palavras. Eu não podia tirar ela daqui, mas Tamires sim.

-A gatinha aceita sair comigo amanhã?

-Claro.

-E comigo também gatinha.

Panacas, aposto que se ela tivesse lúcida nem um oi ela responderia.

-Iremos toooodos.

Ela fez uns gestos com as mãos para se referir que seriam muitos, pronto já deu pra mim, caminhei até Tamires que também bebia.

-Tamires, acho bom a sua prima parar de beber.

-Deixa ela ser feliz, aproveitar a primeira vez.

-Justamente, para uma primeira vez, ela não deveria beber tanto.

-Para de ser chato.

Se ela não ia resolver aquela situação, eu iria. Teria que da um jeito de tirá- lá daqui sem que alguém notasse que fui eu.

E para minha salvação, acho que os anjos me ouviu e nesse momento ela foi em direção a casa e eu fui atrás.

Ela tinha entrado no banheiro, e como sei que está bêbada não trancou a porta. Entrei logo em seguida, e seus olhos se arregalaram.

-Sai daqui, seu maníaco.

-Eu não vou sair, e você vai parar de beber agora.

Ela começou a rir descontroladamente, e a peguei no colo pra levar até o meu quarto.

-Me solta seu energúmeno.

Ela dava socos em minhas costas, e pra uma bêbada ela tinha muita força.

Assim que entro no meu quarto, a jogo em cima da cama e vou trancar a porta.

-Quanto vai valer a nossa transa de hoje?

-Eu nunca tranzaria com você nesse estado.

-Mentira.

-Eu não vou discutir com você nesse estado. Vem.

-Eu não vou pra...

Antes que ela termina eu a pego no colo novamente, e lhe levo até o banheiro.

-Entra.

-Na...

Eu sabia que era difícil lutar com bêbado, mas não tanto. Empurrei- a para debaixo do chuveiro gelado, na qual ela soltou um gritinho.

-Daria tudo pra esse gritinho ser de prazer.

-Então entra aqui debaixo e me fode.

Calma Filiphe, calma.

Tirei o seu biquíni e, meu Deus que visão do paraíso. Se controla Filiphe, conquiste-a e ela será para sempre sua.

-O que é? Você já me viu pelada.

-Cala a porra da boca.

***

Depois de todo o banho tomado, lhe coloco uma camisa minha e a deito na cama que dorme em dois minutos, a festa lá em baixo continua. E como sei que todos estão bêbados, não irão sentir a nossa falta.

Eu fui o único que não bebi, eu precisava cuidar dela, seu estado é culpa minha.

Porque eu fui me apaixonar de novo? Porque Deus? A primeira não foi castigo suficiente?

E foi nesse exato momento que eu percebi. Que não adiantou passar três anos da minha vida, de bar em bar, de motel em motel para não me apaixonar. Bastou apenas a garota certa aparecer e fazer tudo mudar.

Dizem que o pior covarde é aquele que tem medo do amor. E se o amor já te feriu de diversas formas porque não ter medo dele? Eu tenho, sou um covarde e adimito isso em voz alta.

Se paixão for o que realmente estou sentido, irei lutar por ela. Ela se entregou para mim de corpo e alma, e eu farei o mesmo.

Até O Fim ( Em Revisão) Onde histórias criam vida. Descubra agora