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Filiphe

Eu via ela deitada ao meu lado, tão pura, tão marrenta, mas no fundo tão sensível quanto uma flor.

Tínhamos chegado no Rio, e depois disso seriam mais três dias aqui pra curtir uma das mais maravilhosas cidades que o Brasil proporciona, e cinco para voltar. Não queria imaginar muito o que aconteceria por lá, pode ser melhor do que esperamos, ou pior.

-Amor, acorda já chegamos.

-Han... que horas são?

-9 horas.

o sol estava incrível, deveria esta fazendo uns 27 ° graus.

Durante os três dias, no Rio De Janeiro mais a volta...

Todos os nossos amigos já teriam descobrido sobre a gente, ligaram um ponto a outro, e desvendaram.

Já recebemos infinitas mensagens com os piores chingamentos que existe.

Minha mãe já teria marcado um almoço pra depois do noivado da Bia.

E assim que chegássemos em Feira eu iria até a sua cidade para conhecer os seus pais.

Vocês devem esta se perguntando, "e o pedido oficial de namoro? " pois bem, ainda não rolou, mas comprei um par de alianças incríveis e irei lhe dar assim que chegássemos em Feira.

No primeiro dia fomos visitar o cristo redentor e depois fomos a um museu, no segundo passamos o dia em Copacabana e no terceiro fomos apenas no pão de açúcar, não daria para ir em muitos lugares, pois tínhamos que descansar para volta.

Desde que cheguei aqui, um número desconhecido me liga insistentemente, tentei atender algumas vezes, mas a ligação sempre cai, ou depois de um oi começa a corta e torna a cair, mas isso não importa.

Esses cinco dias no navio mais os três aqui no Rio, e a nossa volta agora, me fez perceber o quanto eu a amo.

Desde a nossa conversa sobre aborto no navio ela mudou um pouco, e sempre que vamos falar algo, percebo ela ficar com o pé atrás.

Foi a melhor viagem da minha vida, com a garota mais perfeita que pode existir. Ela é cheia de sonhos, e com um pouco de conversa da pra saber o quanto é determinada e firme no que pensa, mais sincera do que ela? Tá para nascer.

Assim que chegamos no aeroporto de Feira, vimos os nossos amigos de longe. Pareci que tínhamos ido para outro planeta e que havia mais de 100 anos que tinham nos visto.

Agora parem e somem.

Três amigos meus, minha mãe, meu irmão, minha irmã, Tamires, e duas colegas da Karol e Bia.

Pois bem, estão todos aqui.

-Isso tudo é saudades?

-É só para ter certeza que vocês não teriam a cara de pau de mentir mais uma vez.

-Não mentimos, vocês é que não descobriram a verdade.

- Só a minha mãezinha que é super inteligente, seus bocos.

-Estão os três na minha listra negra.

-Nossa listra.

(Todos nós rimos)

Demos um abraço em todos eles e fomos até um barzinho que tinha perto do aeroporto.

Passamos horas conversando sobre a viagem que fizemos e o início de como começamos todo o romance.

O número desconhecido do Rio tornou a me ligar, e dessa vez eu ouvir meu nome. Era alguém que queria falar comigo, mas quem?

Aos poucos nossos amigos foram indo embora, sobrando só eu, Karol, minha irmã e minha mãe.

Fomos para casa, e Karol disse que ainda não se sentia preparada pra dormir na casa do namorado, deixei-a em frente ao seu prédio e fui para minha casa.

***

A água do chuveiro estava uma delícia, melhor do que viajar é voltar para casa. Eu ainda não tinha acreditado que teria dado certo a nossa viagem. Tava tudo indo tão bem, que eu poderia jurar esta vivendo um sonho.

Desligo a água do chuveiro e me enrolo na toalha, e assim que entro no meu quarto, sou surpreendido com uma pessoa que nunca pensei que viria na minha frente outra vez. Anos... anos... e mais anos... e agora ela está na minha frente como num passe de mágica.

-Jessica!

-Oi meu amor, eu tentei te ligar mais não tava conseguindo.

Nesse momento ela vem até mim e me surpreende com um beijo na boca, mas isso não seria o pior, e sim o que estava atrás dela.

-Eu pensei que você me amava.

-Calma, me escuta não é nada disso que você está pensando.

Ela não me deixa explicar e apenas desce as escadas correndo.

-Tá vendo o que você fez?
Não bastou arruinar a minha vida a três anos atrás, agora vem acabar com ela de novo.

-Eu não tenho culpa de nada, nos se amamos. Ela é a intrusa nessa história.

-Não, nós não se amamos. Eu sim te amava, mas acabou. Você? Você não ama ninguém, uma pessoa que é capaz de tirar a vida de uma criança não pode ser capaz de amar ninguém. Alias, eu achava que te amava, mas não. Eu descobri o que era o amor quando conheci ela, Karol ela foi a garota que em três meses me mostrou o que é o amor, você? Só me mostrou o contrário dele.

Quando eu percebi meu rosto já estava banhado em lágrimas, e tinha como plateia, meus irmãos, Tamires e minha mãe.

-Vai embora daqui.

Ela desceu as escadas sem olhar para trás e fiz o mesmo, só que iria atrás de Karol, mas fui interrompida por um braço. Era Tamires.

-Seja lá o que você tenha feito, calma. Ela não vai te ouvir.

Sentei nas escadas, e fiz o que não tive coragem a três anos atrás, chorar.

Eles me levaram até o meu quarto e contei toda história, quando estava quase pegando no sono o telefone de Tamires toca.

-É ela.

Não seria uma coisa boa pra ela tá ligando as duas da manhã.

-É o que ? você não pode fazer isso.

O que ela iria fazer?
Estava começando a ficar nervoso.

-Calma, eu estou indo para ir, não sai sem mim, por favor.

Ela desliga o telefone e rapidamente vai saindo. Eu a puxo pela braço.

-Me conta, por favor?

-Ela tá indo embora pra São Paulo.

Até O Fim ( Em Revisão) Onde histórias criam vida. Descubra agora