Melhor. Dia. De. Todos.

89 9 5
                                    

*Leo POV
Dia. Ueba. Sono. Saco.

Caramba, eu tento, juro. Mas acordar cedo não é um dos meus dons.

Quando abri os olhos, eram 11:30, significa que eu já tinha perdido o café e algumas coisas não muito importantes do meu treinamento de sobrevivência, mas o que me deu nervoso é que o menino estava no acampamento, o que significa que eu não tenho absolutamente N-A-D-A para fazer. eu estava esticado em um canto qualquer do bunker, pensando se valeria a pena fingir uma gripe ou uma pneumonia, sei lá, até que levantei num salto, lembrando de algo que eu poderia fazer, mas para isso, precisaria da ajuda do galã do acampamento, o cara que é provavelmente o melhor semideus da historia, e que me humilhava sem precisar fazer nada.

eu precisava de Percy Jackson.

-Valdez, pelo amor do brownie, o que a gente ta fazendo aqui?

-ow, calma, daqui a pouco você vai ver que é algo bem legal

-isso é frase de psicopata, você sabe, né?

-relaxa, só olha isso

afastei algumas folhas de uma árvore gigantesca que bloqueava a entrada da caverna. guiei o cara por alguns corredores e surgimos atrás de uma cachoeira. Fomos pela lateral e mostrei o que eu vi outro dia. quando olhei para ele. a cara dele era de perplexidade total.

-isso definitivamente não é o acampamento.

Do outro lado da gigantesca, descomunal e desproporcional cachoeira havia um lugar gigantesco, uma planície com árvores cheia de flores. montanhas atrás da paisagem completava a vista surreal, e no centro da planície de grama verde havia o rio que se originava da cachoeira, e ele passava por baixo de uma árvore que era... descomunal. Cara, eu já vi dragões de bronze, cintos mágicos, mesas inteligentes e tudo que seje de mais estranho nesse e em quaisquer mundos que possam existir, mas aquela árvore era sem comparação. Seu tronco era de madeira vermelha, e suas raízes eram em espirais. suas folhas brilhavam em cores que refletiam a luz, parecendo uma gigantesca galáxia de longe. Ao seu fundo, percebi frutos prateados que refletiam  diversas cores, e diversas tonalidades de azul, roxo e vermelho saíam dessa árvore.

-É por isso que eu te chamei.

-Mas...-Percy olhava quase babando para aquela árvore - de onde veio essa... árvore? Coisa?

-sei lá, você é o semideus experiente, o que você normalmente faz quando encontra algo assim?

uma hora depois, estávamos de volta ao lugar estranho, com uma Annabeth e um Harry extremamente embasbacados.

-Gente, eu definitivamente não sei o que é isso.

-Certo, estamos perdidos - falei - se Annabeth não sabe, vamos falar com a Atena própria. Ô, Harry, não é? Isso veio com você?

-nunca vi isso na minha vida. 

o garoto parecia outro ser humano. Tinha tomado um banho e tinha sido tratado pelas meninas de Afrodite, e agora vestia uma camiseta do acampamento, com um casaco fino cinza e jeans, com os tênis roubados de um dos Stoll. Seu cabelo estava cortado e de barba feita e monocelha depilada, ele realmente se mostrava um ser bonito até. Ele havia ganho de presente de Clarisse uma pequena adaga de bronze celestial (tenta não ser morto, mané). Com a varinha na mão e a adaga em outra, ele chegou a me lembrar um daqueles personagens de desenhos e filmes de aventura.

-Vamos até lá? - perguntou Percy

-Não. Já li sobre árvores que tem seiva que torturam e folhas que cegam. Harry, você consegue ver ou sentir algo mágico...?

-Não é exatamente assim que as coisas funcionam... mas sim, tem com certeza algo místico. Mas... algo bom vem de lá. Uma sensação de... "casa"

-Casa é algo bom. Vamos lá. -falei

-LEO

Pisei em falso e acabei despencando da cachoeira. Antes de chegar no lago, mergulhei em pé como nos treinamentos do acampamento e mergulhei. Pelo jeito, o rio não era rasinho, porque eu afundei como se estivesse no meio do oceano. O mais incrível é que quando você mergulha, você não te noção de onde é em cima ou embaixo, e dessa vez, eu sabia exatamente aonde estava cada coisinha. Mas eu não subi. Pelo contrário, eu continuei caindo, e caindo, e caindo...

Até que eu vi uma luz. 

Percebi que as correntes de água ficavam mais frias. Mais leves. Eu comecei a afundar com mais velocidade. Até que eu percebi que chegou um ponto em que eu não afundava mais, eu caía. A luz que eu vi passou por mim, assim como outra e outra, e parecia que eu estava caindo em um globo de neve.

Olhei para o que eu acreditava ser embaixo: ou seja, meus pés. Vi algo diferente... enquanto eu caía, era como se eu caísse numa galáxia. Agora vi algo preto. Pensei no chão, mas tinha algo diferente... tipo quando você mergulha na piscina e acaba indo muito fundo, e vc tem a sensação de pressão? Era como se fosse isso...

Buraco Negro.

Entrei em pânico imediatamente e tentei pegar algo do cinto, mas estava tudo tão confuso que eu só pegava coisas aleatórias. Até que uma mão me pegou pela perna. Submergimos.

-VALDEZ

-PERCE! AH JACKSON, EU TE AMO CARA

 A velocidade repentina e a violência na hora de me puxar acabaram me machucando, mas eu nem ligava. Quando eu vi a luz do sol quase chorei de alegria.  percebi que Annabeth e Harry vinham correndo em minha direcão. eles pararam na beira do precipício e Harry olhou lá dentro. quando Annabeth ia encarar, Harry a afastou na hora em que um feixe de luz passou como uma bala perto de sua orelha.

-MASOQUE

-Feiticos. um crucio, pra ser exato. sorte que não pegou em voce, ou vc estaria agonizando e caindo... caindo aonde? Valdez?

-é... meio que como... aah eu não sei - abracei meus joelhos e curvei a cabeca para trás - isso está ficando cada vez mais confuso...

-pera, pera - falou Harry e apontou a varinha para o lago (rio do mal n sei) e murmurou algo. o rio borbulhou intensamente e comecou a avancar, engolindo tudo que via pela frente.

-agora corremos.


Srta. Calipso ValdezOnde histórias criam vida. Descubra agora