23 - Sem esperança

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 São quase 5:00p.m, estou acompanhando por um relógio grande e antigo que está na parede, estou num sofá transversal ao da minha mãe e irmã. O sangue já secou em meu rosto e sinto ele todo dolorido, não comemos e nem bebemos nada porque eles não trouxeram, ainda não vi a Julie e eles tentaram ligar para Davi, Robert, Scott e Jhef do meu celular e ninguém atendeu. A TV confirma a morte dos dois dizendo que os corpos foram encontrados, mesmo assim não consigo acreditar.

Já não estamos cercados de tantas pessoas encapuzadas, eles se espalharam pelo castelo, porém os pais de Rafael e Paula não saem de perto em nenhum momento.

De repente começa uma movimentação e Carl surge na nossa frente.

Ele franze o centelho ao olhar no meu rosto e olha rapidamente para minha mãe e Line.

C – O que houve com a Lana?

De – Quis dar uma de espertinha e dei uma pequena lição nela!

Ele me encara de novo.

E – Como você teve coragem de trair assim quem tanto te amou?

Denise bate novamente no meu rosto com força e o corta com o seu anel.

De – Respeite o príncipe, só fale com ele com permissão.

Sou a única que não está amordaçada.

C – Não bata nela sem que eu ordene! Talvez me case com ela, dessa forma o povo aceitará melhor o meu reinado. Meu pai está pensando em fazer o mesmo com a Fernanda!

Eu o fuzilo com o olhar.

Os homens em nossa volta caem na risada.

De – Não! Nem pensar, vocês prometeram a cabeça dela para nós. Quero vingança pela morte dos nossos filhos!

C – Ok, já entendi. O que deram para elas comerem?

Rafa pai – Nada! Vão morrem mesmo. Podemos começar?

C – Precisamos primeiro falar com o meu pai, dizer que vocês fazem questão da morte delas.

De – Eu ligo!

Carl vem até a mim e me levanta, me puxando pelo braço. Ele me coloca de frente para os quatro e de costa para minha mãe e Line.

C – Seja sincera, ela ficaria linda ao meu lado! Vestida assim está irresistível!

Denise reforça que eu tenho que morrer e o idiotas dos homens voltam a rir, a mãe da Paula diz que quer minha cabeça na sala da casa dela.

Enquanto eles estão discutido sinto que as cordas do meu braço ficam mais folgadas e Carl põe algo gelado na minha mão, uma faca. Depois ele me joga com força no sofá ao lado de Line, sei que elas viram o que ele fez.

C – Fique aí e não se mexam sem minha ordem! Liguem para o meu pai então.

Entrego a faca para Line e solto o resto da corda, mas finjo estar amarrada ainda. Percebo que Line faz o mesmo e passa a faca para minha mãe.

Ainda estamos com os pés amarrados. Carl afasta eles de nós, porém continuam na sala.

E – Eu tenho um plano para fuga, finjam que ainda estão presas e quando eu der o sinal vamos correr para a cozinha, ok?

Eu sussurro e logo eles voltam.

C – Não corremos perigo do castelo ser invadido pela polícia ou o exército de Gales?

Pai da Paula – Não, invadimos a cidade. O povo está preso em suas casas.

De – Já foi divulgado nos jornais que dominamos tanto a cidade quanto o castelo. Esse foi um dos motivo de mantê-las vivas, eles farão de tudo para salvá-las.

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