30 - De volta para casa

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Todo o trajeto de volta ao centro de Gales foi tranquilo.

Desconsiderando que Davi e eu não nos desgrudamos em nenhum momento dentro do carro.

Seguimos direto sem parar para nada, assim como fizemos no dia, ou melhor, na noite em que fugimos.

Realmente estávamos bem longe, mas Davi está me distraindo tanto que não consigo ver a paisagem e se tivesse que voltar para o refúgio, sem dúvidas eu precisaria de um mapa novamente.

Estar de volta aos braços dele é ótimo, seu cheiro, seu toque, seu beijo, enfim, aqui é o meu lugar e pretendo não sair nunca mais.

Chegamos no palácio e eu nem havia percebido, mas olha-lo me fez ter um flash back de tudo o que passei aqui, os corpos caídos no chão, armas apontadas para mim e minha família. Eu amava esse lugar, ainda amo, porém, não sei se vou conseguir apagar as horas de terror que vivi aqui.

Assim que entramos no hall Julie vem correndo ao nosso encontro, eu a abraço feliz por vê-la bem e logo em seguida vejo Robert, Scott e Jhef no topo da escada. Eles descem com a nítida expressão de que não nos esperavam.

Nos abraçamos, Robert solta e pelo jeito foi sem pensar:

- Sinto informar, Fernanda! Mas você nunca mais terá permissão de se afastar de mim.

Ele está com a mão na cintura dela que sorri feliz, mas não diz nada.

D – Pode ficar tranquilo, pai! Carl já a fez desistir de ir embora.

Damos risada e Robert olha para o Carl sem entender o comentário do Davi.

C – Line e eu estamos namorando!

Eles comemoram e parabenizam o casal.

R – Não pensei que viveria para ver David e Carl amarrados a uma mulher, muito menos imaginaria que elas seriam irmãs. Estou muito feliz pelos dois.

D – Olha só quem fala! Tá caidinho pela sra Fernanda e quer implicar conosco.

Rimos de novo.

R – Não nego! – Ele olha nos olhos da minha mãe. – Eu te amo cada dia mais.

Um Ohhhhhhhhh sonoro é feito por Line e eu, enquanto os homens estão se acabando de rir e pela primeira vez vejo minha mãe e Robert se beijando. Até que enfim!

Vamos almoçar e Davi conta tudo sobre o nosso esconderijo.

O assunto dura todo o almoço, mas só é comentado sobre como era a sua localização, que era bem camuflado, seguro, etc.

R – Carl, você sabe que tanto a Lana como Line são como filhas para mim e espero que você não esteja namorando só por causa do isolamento. Quero saber quais são as suas reais intenções com ela.

Ele falou do nada e pegou todos de surpresa.

Line ficou vermelha, porém Carl e Davi trocaram um olhar de cúmplices.

C – Eu a amo, majestade! Nós vamos nos casar!

Robert abre um grande sorriso.

R – Sou seu tio, você sabe muito bem que não precisa me tratar com tanta formalidade! Mas vocês têm uma ideia de quando ou vão ficar enrolando?

Mais direto não existe!

C – Pensamos em fazer isso até o final desse ano ou no máximo até o meio do ano que vem.

R – Perfeito! Por que não casamos no mesmo dia?

Minha mãe engasga e ele a socorre, mas eu estou tão feliz que a minha única reação foi comemorar.

D – Adorei a ideia!

C – O que você acha, amor? Quer ter uma festa só sua?

L – Vou amar casar junto com a minha mãe.

R – Porque eu pensei em fazer algo simples para Fernanda e eu, mas se fizermos juntos será bem mais interessante.

Minha mãe está encarando ele e já percebi que é a primeira vez que eles falam sobre casamento.

Robert é esperto, do jeito em que abordou o assunto, ela não vai poder recusar e acho que Line está aceitando a ideia porque conhece a nossa mãe tão bem quanto eu.

C – Que ótimo! Então as mulheres resolvem a data!

E – Mas o correto não é em dois meses?

D – No nosso costume sim!

E – Então é só decidir o melhor dia.

L – Último sábado, para dar tempo de organizarmos tudo. Por ser duas noivas será mais fácil, pode ser, mãe?

Até agora ninguém havia deixado ela responder nada, não sabemos nem se ela vai aceitar o pedido e todos a olha tensos.

M – , agora vocês querem a minha opinião? – Ihhhhh! – Daqui a pouco vão querer escolher até o vestido.

E – Escolher não, mas vou opinar com certeza!

Ela sorri para mim.

M – O que vocês estão esperando que eu diga? Já sou voto vencido mesmo!

R – Amor, não quero te obrigar a nada. Desculpe se fui tão direto, se você ...

E – Se, nada! Já está decidido. Minha mãe é muito parecida com alguém que eu conheço e que ela costumava dizer que tinha medo de ser feliz.

D – Verdade, a sra que deu incentivo para que Lana e eu ficássemos juntos e agora é a nossa vez.

L – Vamos casar juntas, vai ser lindo!

M – Não sou medrosa e a prova disso é que aceito o pedido.

Todos comemoram e Robert a beija novamente.

Sempre soube que eles terminariam juntos e estou muito feliz, pelas duas.

O ReinadoOnde histórias criam vida. Descubra agora