28 - Saudades

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 Narrado por Elana

 Me apresso e pego o telefone.

Chamada on

E – Alô?

R – Lana, minha filha, como você está?

E – Estou bem, todos estamos! E vocês?

R – Pelo que soube, sofremos muito menos nessa guerra que você! Estamos bem, já estamos no castelo.

E – É seguro?

R – Espere mais um pouco para voltar! Queremos ter a certeza de que tudo foi resolvido.

E – Podemos ficar tanto tempo assim no telefone?

R – A linha está segura, me certifiquei disso.

E – E como está toda a situação no momento?

R – A África está segura e a guerra terminou, prendemos os líderes do motim e infelizmente o pai do Carl está morto!

Fico triste, como falarei isso para o Carl?

E – Tem certeza disso?

R – Sinto muito, mas sim. Mandei trazer o corpo dele para enterrar ao lado da mãe do David.

E – Entendi! Falando nele, onde o Davi está?

R – Se juntou aos líderes das nossas forças armadas aqui, ele quer acabar com isso de uma vez por todas. Filha, todos estão chocados com a sua atitude diante de tudo o que aconteceu, conversaremos depois, mas meu filho está todo bobo repetindo para quem quiser ouvir que você foi crucial para a nossa vitória. Obrigado por tudo!

E – Não fiz nada sozinha, Julie foi incrível e o Carl, não tenho palavras para descrever!

R – Nós sabemos, cada um será recompensado como merece. Ainda não sei aonde fica o seu esconderijo, mas a Julie não irá mais aí, agora que voltamos poderia chamar a atenção.

E – Ok, sem problema!

R – Ela afirmou que vocês tem mantimentos para um mês e fico tranquilo sabendo disso. Assim que o David puder entrará em contato, continue cuidando de todos. Beijos.

E – Tchau Robert! Até mais.

Chamada off

L – Então? Podemos voltar para o castelo?

E – Robert não acha seguro ainda! Vamos esperar até que eles nos dê o OK.

C – Tudo bem, bom saber que eles estão perto!

E – Julie não virá mais para cá.

Todos concordam com a cabeça.

E – Carl, posso falar com você a sós?

Ele diz que sim com a cabeça e minha família se despede nos deixando sozinhos.

Arrumo o cabelo e esfrego o rosto, detesto ser portadora de má notícia.

C – Pois não, rainha!

Faço sinal para ele sentar.

E – Olha, não sei como dizer isso de forma branda, então, seu pai realmente está morto!

C – Sim, eu sei! – o olho sem entender – Soube um pouco antes de te ajudar a fugir.

E – E por que não compartilhou a sua dor conosco?

C – Numa guerra não há tempo para lamentarmos as mortes! Se eu tivesse feito isso vocês não estariam vivas.

Vou até ele e o abraço, ficamos assim por um tempo e sei que ele está lutando para manter a postura, então eu me afasto.

O ReinadoOnde histórias criam vida. Descubra agora