29 - Juntos para sempre

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 Ele me aperta com força e eu me agarro em seu pescoço. Davi me levanta e me beija.

Correspondo ao beijo que é acelerado e desesperado, demostrando exatamente como nos sentimos.

Percebo que ele está andando e depois de um tempo nos afastamos e ele me coloca no chão. Já estamos dentro de casa e em frente a cozinha, minha mãe e Line correm para abraça-lo.

Davi está vestido uma farda azul, os punhos são vermelhos e um quepe também azul com dourado, ele abraça elas e depois vai até o Carl.

A reação do Carl é bem diferente das outras vezes que eles se viam, ele reverência o Davi e fica de cabeça baixa.

A casa está cheia de soldados e vejo pela porta aberta que há mais do lado de fora.

 A casa está cheia de soldados e vejo pela porta aberta que há mais do lado de fora

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Meu amor abre um sorriso e abraça o Carl levantando-o com um só braço.

D – Para de bobeira, mano! Desde quando você tem que me reverenciar?

C – Desde o momento em que o meu pai armou contra vocês!

Vejo que os soldados estão olhando para o Carl como se ele fosse um criminoso que devesse ser detido, eu até entendo, depois de tudo o que aconteceu. Porém, eu sei que ele nunca ficou do lado do Joseph, mas só eu sei disso!

D – Eu quem deveria me ajoelhar aos seus pés! Se não fosse você a Lana ...

C – E se não fosse o meu pai ela nunca teria corrido risco nenhum!

D – Você não pode se culpar pelos erros do seu pai.

Carl fica em silêncio e parece pensar sobre o assunto.

M – Cadê o Robert?

- Está no palácio! – Um homem mais velho que o Davi e com a farda bem semelhante a dele responde.

Minha mãe agradece com a cabeça.

D – Ele não sabe que viemos até aqui. Mas eu não aguentava mais ficar longe do meu anjo. – Ele fala me puxando pela cintura para perto dele. - Então vim assim que percebemos que já é seguro leva-las para casa.

L – Então não precisamos mais ficar escondidas aqui? Graças a Deus!

D – Não precisa, porém, acho que para você e o Carl não foi tanto sacrifício assim.

Dou risada.

L – Lana já foi te contar?

D – Me contar o quê? Não nos falamos a quase um mês.

E – Ele já tinha percebido sobre vocês antes da guerra ser realmente declarada! Amor, eles estão namorando!

D – O quê? Carl namorando?

Ele cai na risada e Carl fica vermelho.

C – Para com isso ou eu vou esquecer que você é o meu rei!

Davi ri ainda mais alto.

D – Quer dizer que você vai continuar com essa palhaçada de me tratar friamente? Então, agora mesmo que eu vou te sacanear! Aline deixa eu te contar de uma vez que o Carl viu uma menina ...

C – Mas que merda é essa? Cala essa boca seu imbecil! Ou eu vou contar todos os seus podres para a Lana também.

Davi está gargalhando.

D – Agora sim, esse é o Carl que eu conheço.

E – Mas eu não ligo de saber o que você tem para me dizer, Carl!

L – Nem eu, David!

Na mesma hora Davi para de rir.

D – Meninas, passado é passado! O que importa é daqui para frente.

E – É muito cara de pau!

M – Bom, vocês podem discutir isso no carro, quero ir para casa!

D – Casa? Ótimo! A sra resolveu morar conosco então?

M – Bem, agora que Line está namorando com o Carl, não faz sentido voltar ao Brasil!

C – Uhhhh, meu tio vai me amar por isso.

Todos damos risada e a minha mãe fica vermelha.

D – Vai mesmo, é capaz de até bancar o seu casamento!

M – Vocês dois parem com isso ou vou puxar a orelha de vocês.

Eles continuam rindo e põem as mãos nas orelhas para esconde-las.

M – Olha os genros que vocês foram me arranjar!

E – Foi a senhora que escolheu o Davi e praticamente me jogou para cima dele!

D – E eu sou muito grato por isso, caso contrário essa cabeça dura aqui nunca teria me dado atenção!

L – Minha mãe reclama, mas ama vocês.

M – Amo mesmo, são meus filhos e me dão menos dor de cabeça que vocês duas!

E – Que absurdo! Eu não gero preocupação a ninguém!

Todos caem na risada e Davi me dá um beijo no rosto ainda rindo.

D – Vamos embora?

L – Por favor!

M – Arrumaremos as malas em menos de meia hora!

D – O quê? Não é necessário! Depois levarão as suas coisas, vamos agora mesmo.

L – Preciso trocar de roupa!

D – Tudo bem, só não demorem, por favor!

E – Também vou!

D – Não vai não!

Ele me olha com um sorriso malandro.

E – Por que não?

D – Porque quero você com esse vestido no banco de trás do carro!

Ele falou no meu ouvido e eu o encaro incrédula.

E – Você está muito assanhado!

D – Não nos vemos a quase um mês! Eu quero muito você e esse vestido está me provocando ainda mais!

C – Lana, come alguma coisa antes de sairmos! A viagem é longa e você quase não comeu nada.

Ele grita da escada interrompendo minha conversa com o Davi.

D – Sim, amor! Você vai comer alguma coisa sim.

Ele dá aquele sorriso lindo de novo que me faz arrepiar.

Davi está demais! Não vou mentir, também estou morrendo de saudades dele e estou achando graça de suas investidas.

Já estamos na cozinha comendo com ele falando besteiras ao meu ouvido quando todos descem prontos.

Nos levantamos e nos dirigimos aos carros.

D – Vocês vão no carro da frente e nós vamos no de trás.

Olho para ele rindo, ele está levando a sério suas propostas?

Depois de todos acomodados, o motorista que está com uma farda camuflado sobe um vidro preto que nos separa dele e pega a estrada.

D – Enfim sós.

 Gargalhamos juntos.

O ReinadoOnde histórias criam vida. Descubra agora