2 - Um possível aliado

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 Ainda estou andando com dificuldades e o Carl me estende o braço para que eu tenha apoio. O olhar do David para mim é indecifrável.

Parece ser só ciúmes mesmo, pelo jeito o primo dele não é uma ameaça contra a minha vida, mas eu não confio mais em ninguém!

Somos acompanhados por mais seguranças que o normal, porém, eles mantém a distância.

C – Para começar me chame de Carl, ok?

E – Ok!

C – Posso te chamar de Lana? Ou é exclusividade do David?

E – Fique à vontade!

C – Você está séria! Se continuar assim eu não vou ajuda-la! Quero falar em português, pode ser? Quero praticar!

E – Primeiramente, eu estou séria porque eu não o conheço, segundo, podemos falar em português, eu até prefiro! Terceiro, me ajudar em quê?

C – Lana, eu acompanhei junto com o meu pai tudo o que houve no Brasil, essa ideia de invasão também nos atinge. Observei muito você, através de informações e sei que você é extremamente inteligente! E eu que também não sou burro, não vou subestimar você.

E – E por que você iria me subestimar?

Ele ri!

C – Para começar, tenho certeza de que você desconfia de mim e do meu pai!

Agora sou eu quem ri.

E – Imagina, por que eu desconfiaria que o sucessor do trono, no caso de morte do Robert e David estaria envolvido nos ataques?

C – Sabia! Você é muito esperta.

E – Isso é uma confissão?

Ele ri.

C – Linda ...

E – Lana já é muito!

Ele ri ainda mais.

C – Lana, eu sou muito parecido com o meu primo, quero curtir a vida! Não estou nenhum pouco interessado em ser rei, sou um cara boa pinta e rico. O que mais eu quero? Tenho a mulher que eu quiser, só não tenho mais o meu parceiro de balada, por sua culpa!

Dou risada.

E – Seria um argumento até aceitável, mas você pode ter planejado isso para me enganar!

Ele gargalha alto.

C – Sim poderia! E seria o maior idiota se quisesse de fato roubar o trono do meu primo. Seja sincera, desde que ele resolveu assumir o lugar dele, quando foi que ele se divertiu? Eu fico com a parte boa e ele com as responsabilidades.

E – Certo, então vamos dizer que você estivesse sendo sincero. Qual a sua intenção nessa conversa?

C – Ajudar o meu primo! Ele precisa ficar no trono para que eu possa continuar curtindo a vida. Não estou sendo egoísta, eu e o David somos muito amigos desde a infância, ele conheceu você e está apaixonado. Sendo assim, ele casará com você, terá uma bela rainha, um povo que o ama, eu continuo a minha vida de solteiro e todos seremos felizes para sempre.

E – E como seria essa ajuda sua?

C – Você precisa me escutar com atenção! Como falei, sei que você é muito inteligente e isso é perfeito para mim. Tudo o que eu falar, você precisa investigar se é verdade.

Eu o olho com deboche.

C – Sim eu sei que você já iria, mas eu vou te ajudar com as pesquisas. O principal e que ninguém pode saber que eu estou te ajudando, por isso estamos conversando em português, Lana, ninguém é 100% confiável. A não ser sua família, Robert e David. Ah, aqueles dois armários que os seguem também.

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