Capítulo 2

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- Eu e o Luiz estávamos indo até a loja de games, que fica ali no final da rua para comprar o lançamento do jogo "Ataque do Zumbi Assassino 4", que o Luiz amava. Então quando avistamos a loja, lá estava com um pôster enorme do jogo e estava escrito que durante aquele dia na compra do jogo ganhava um pôster e 40% de desconto. O Luiz ficou doido e queria logo comprar o jogo. Então ele correu. Eu tentei impedir mas ele não me ouviu. Quando ele foi atravessar a rua ele não olhou para os lados e eu gritei "cuidado", mas o carro já tinha atingido ele. - Eu disse em meio a muitas lágrimas. Meus pais logo me abracaram.

- Shh... Tudo bem, já passou. - Disse meu pai me aconchegando no colo dele. Minha tia estava chorando também, meu tio estava se segurando para não chorar. - É tudo minha culpa eu devia ter impedido ele. Eu devia...

- Não Heiley, a culpa não foi sua. O Luiz era um teimoso, nunca olhou para os lados antes de atravessar a rua, mesmo depois de falarmos mais de 1000 vezes pra ele olhar antes de atravessar e o que podia acontecer. - Meu tio estava bravo.

- Você esta bravo comigo? - Eu perguntei com medo da resposta.

- Não, estou bravo com o Luiz e comigo mesmo. Eu devia ter mostrado pra ele o que é que acontece quando não se olha pra rua antes de atravessar, pois só assim que ele aprendia as coisas, vendo com os próprios olhos ou sentindo na própria pele.

- Tenho certeza de que agora ele aprendeu. - Ela estava com ironia na voz. - Heiley, você não tem culpa de nada, não precisa ficar assim. Eu não quero ouvir mais você dizendo que a culpa foi sua. Eu não quero ver mais você chorando por causa disso. Foi triste? Foi. Foi horrível presenciar isso? Foi. Ele não vai mais esta aqui? Não, não vai. Mas já passou, a vida continua e daqui a algum tempo isso só sera uma lembrança ruim. - Agora minha tia estava séria. E ela tinha razão, eu não deveria me culpar, mas eu sinto que tenho culpa nisso. Um pouco, mas tenho.

- Bem, já que sabemos o que realmente aconteceu, nós vamos embora, daqui a pouco pegamos a estrada de volta para Relato.

- E você vá tomar um banho que nós três vamos sair. - Disse minha mãe.

- Sair?! Para onde?

- Surpresaa! - Ela cantarolou.

- Agora fiquei curiosa

- E vai ficar. Agora vá tomar seu banho, sairmos em uma hora.

Eles sabem mesmo como me distrair. Uma coisa que me faz esquecer de tudo é a curiosidade. Me despedir dos meus tios e fui me arrumar.

Quando finalmente descubro o que ara a tal surpresa. Eu dou um grito de alegria. Minha mãe me repreende estávamos no meio da rua, mas não liguei. Eles me deram a coisa que eu mais gosto no mundo "LIVROS", mas só tive direito a sete poucos, mas o suficiente para um mês ou menos.

Chegando em casa eu estava exausta. Minha mãe reclamou, pois de acordo com ela eu não fiz nada hoje, mas fazer nada cansa e muito. Então decidir comer alguma fruta e cair na cama. E além do mais já eram 22:00h eu tinha que dormir, pois amanhã eu teria que ir pra escola. Esse é o único lado ruim de estudar no período da manhã.

Acordei com minha mãe gritando comigo, que se em cinco minutos eu ainda estivesse na cama, ela iria da um jeito de eu me arrumar na minha cama mesmo e não é no bom sentido. Tentei convencer ela a me deixar ficar em casa essa semana inteira, mas obvio que ela não deixou. Eu não queria ir a escola. Todos já sabem do acidente, vão ficar me olhando com cara de pena ou de dó. E eu não estava a fim de aturar isso. Mas mesmo assim ela não deixou.

Depois de quinze minutos desci, já estava quase saindo mas minha mãe como toda manhã perguntou se eu não iria tomar café da manhã e eu respondi como toda manhã que não. Não satisfeita ela começou a me da sermão (de novo) que se eu não me alimentasse direito eu teria que ir pro hospital tomar soro. Em outras palavras (que me apavoram) enfiariam uma agulha no meu braço. Então para acabar logo com aquele assunto, peguei uma maçã e sair. Meu pai saiu logo atrás de mim.

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