Visita - Part 2

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Uma hora depois, estávamos no estacionamento do café, minhas mãos estavam tremendo e eu apertei minhas mãos juntas, tentando fazer com que parassem de tremer. Mas agora, eu estava muito nervosa, bem mais do que quando ela foi até a casa dos Maddox. Forcei-me a sair do carro, e arrumei minha bolsa em meu ombro, apertando as alças da mesma como se minha vida dependesse daquilo. Eu precisava me acalmar, mas não sei se isso seria possível. Thomas apareceu ao meu lado rapidamente.

- Está tudo bem? Olha, se você não estiver pronta podemos esperar mais um pouco, baby. – Disse suavemente.

- Promete não sair do meu lado? – Olhei para ele esperando confirmação.

Ele pegou meu rosto em suas mãos, e beijou minha testa.

- Eu prometo. Sem chance no inferno de eu te deixar, gata. – Confirmou, e eu assenti.

Bom, ao menos não estaria sozinha. Thomas encaixou seus dedos aos meus e entramos no café. Rapidamente o cheiro de cafeína e pão invadiu minhas narinas, fazendo-me suspirar. Olhei ao redor, e logo a avistei em uma mesa que ficava afastada da porta. Ela olhou para Thomas e sua boca se abriu em surpresa. Estranho. Conforme nos aproximávamos de Jasmine, Thomas parecia tenso ao meu lado. Dei uma olhada para ele, porém ele estava impassível. Eu me sentei no banco em forma de "U", que rodeava a mesa, e Thomas se sentou ao meu lado.

- Jasmine, esse é Thomas meu... – Meu o que? Meu amigo colorido? Que diabos.

- Sou o namorado dela, mas nós já nos conhecemos. – Disse Thomas.

Eu não sabia com o que fiquei mais surpresa, com ele dizendo que era meu namorado ou o fato de que eles já se conheciam. Mas de uma coisa eu tinha certeza, meu coração perdeu uma maldita batida ao ouvi-lo. Era bom saber disso.

- É um prazer revê-lo detetive Maddox. – Disse Jasmine, e sorriu para ele.

- O prazer é meu. Como está seu marido? Longe de problemas, eu espero.

Ok, eu não estava entendendo nada.

- Ah, ele está sossegado no momento, está lutando para conseguir a condicional.

Espere, era possível que esse cara que estavam falando fosse meu pai? Ele estava preso? Porra.

- Se ele ficar na dele, e fazer tudo certo, eu acredito que ele consiga.

- Vocês podem me explicar que diabos está acontecendo? – Eu realmente queria entender o que estava acontecendo.

- Hã, acho melhor irmos com calma... Querem comer alguma coisa? – Disse Jasmine.

Eu tirei minha bolsa do ombro, e Thomas me puxou para perto com seu braço envolta de minha cintura e beijou meus cabelos.

- O que você vai querer, baby? – Perguntou baixinho em meu ouvido.

Eu queria que minha vida fosse normal, apenas, porém não acho que isso teria no cardápio. Eu dei de ombros.

- Qualquer coisa. – Respondi.

Ele chamou a garçonete, e pediu por mim e por ele. Jasmine disse que queria um café e algo a mais, porém, nem me preocupei em prestar atenção em que diabos estavam pedindo. Eu estava com meu olhar fixo na mulher a minha frente, que tinha respostas que eu queria muito, e teria sido muito eficiente anos atrás.

- Como vocês se conhecem? – Eu quis saber quando a garçonete saiu.

Jasmine se mexeu no assento parecendo um pouco desconfortável, e respondeu:

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