Capítulo 24

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(...)
 
    A mulher usava uma máscara, não nós permitindo de ver mais do que seus lábios, o resto estava coberto por uma máscara preta. Ela nos olha com presunção, entretanto não há um pingo de surpresa em seu olhar, parecia que ela já nos esperava. Eu esperava que de prontidão eles nos atacassem, mas isso não ocorreu, Voldemort continuou sentado e ela apenas se levantou. Percy e eu estávamos em posição de combate, prontos pra atacar a qualquer hora.

-Olá, querida.-Diz, sua voz era cortante e fria.-Quanto tempo não nós vemos, Maia.-Ela sorri, um sorriso ruim, carregado de magoa.

-Nós vimos a última vez que você me torturou.-Eu digo de maneira irônica.

-Não me refiro a essa encarnação, é incrível que não importa qual encarnação você esteja, ainda vai dar um jeito de conseguir tudo o que você quer.-Ela diz. Eu não entendo o que essa mulher quer de mim, parece ter tanta angústia, ódio e rancor.

-Não sei quem você é e não sei o que quer.-Digo, é possível ver o cinto preso em sua cintura.-Mas eu sei o que eu quero e eu sei o que vim buscar.

-Está se referindo a isso.-Ela diz e aponta para o cinto.-Isso nunca mais vai voltar para as mãos de Afrodite.

      Cansada de conversar, empunho minha varinha e me preparo para lhe lançar um dos feitiços que aprendi com Hermione.

-Petrificus totalum!-Digo movimentando a varinha e apontando para a mulher, entretanto Lord Voldemort movimenta sua varinha e repele meu feitiço.

-Isso é um feitiço de crianças inexperientes.-Diz com um ar de arrogância.

-Os coloque pra dormir.-Ela diz. Percy pega estica sua espada e vai para cima dela, porém Voldemort lhe lança um feitiço que o faz cair desacordado no chão e então ele aponta sua varinha pra mim, a única coisa que vejo é o chão chegando mais próximo.

(...)

   Consigo ouvir as coisas ao meu redor, sentir o frio do chão e o descompassar da minha respiração, aos poucos vou abrindo os olhos.
   Quando finalmente abro os olhos vejo todo o grupo preso com correntes na parede, em nossa frente está o Lord, a mulher desconhecida e Bellatrix Lestrange.
   Olho para Voldemort, esperando ele demonstrar um pingo de compaixão ou um sentimento diferente, não é possível que meu saquinho não tenha surtido efeito.

-Vocês ousaram invadir a mansão e ainda querem nos roubar.-Diz a mulher.

-Só queremos que você devolva o que roubou.-Diz Piper. Ela chega perto da Piper e segura no seu rosto.

-Tão irritante quanto sua mãe.-Ela diz com desprezo.-Vocês nunca mais irão sair daqui e se saírem, não será com vida.

    (...)

   Alguns dias se passaram, estamos presos e mal comemos, confiscaram nossas varinhas e espadas.
   É impossível ainda não terem percebido nossa falta, afinal não somos um grupo pequeno.
  Mas nós dias que estamos aqui, não paramos um minuto sequer de bolar um plano, anotamos a maneira que os guardas trocam de turno, em um desses momentos fica apenas um guarda vigiando a cela e ele fica sozinho por dez minutos, nós cremos que isso é tempo o suficiente para escaparmos, o dia que iríamos fazer esse plano, tinha chegado.

   Infelizmente, esse é o plano B, o plano A era eu os tirar daqui, com meus poderes, mas eu simplesmente não consigo, eu travei.
    
O plano se iniciou, Piper tinha fingido um desmaio e Will gritou chamando por ajuda, um guarda veio, ele olhou a garota desmaiada e entrou, assim que ele entra na cela, Percy bate na sua cabeça com o meu sapato, um coturno militar, muito pesado, ele desmaia e então colocamos o corpo dele no canto da parede da cela em que estávamos.
      Com as chaves em mãos, saímos de lá, indo a procura de nossas coisas e é claro do cinto também.
   Eu estava conseguindo sentir a energia da minha varinha, era estranho mas eu sabia onde ela estava. Chegamos a um quarto, no caminho e nem no quarto tinham guardas ou comensais, Hermione abriu a porta, ela se vira para nós feliz, em seguida nos entrega nossas coisas, fico mais aliviada.

-Precisamos muito achar o cinto, mas agora estamos em péssimas condições, famintos, sujos e fracos, vamos voltar para Hogwarts, armar um novo plano e depois voltaremos.-Diz, Annabeth.

-Você tem razão.-Digo.

    Os bruxos nós levam pra casa, Nico está muito fraco para viajem das sombras e eu não consigo aparatar.

(...)

  Ao chegarmos em Hogwarts fomos diretamente para a sala do Dumbledore, que ficou imensamente surpreso de todos estarmos lá.

-Eu e Nicolau, estamos procurando vocês há dias, onde estavam?-Ele questiona. Nicolau?

-Fomos na mansão Malfoy, lá estavam você sabe quem e uma mulher que torturou a Maia, nosso objetivo era pegar o cinto perdido e fazer um refém, para termos informações.-Explica Hermione.

-Mas eles acabam nós prendendo, passamos esses dias presos, sem comida, sem água, sem nada, e felizmente hoje conseguimos fugir.-Conclui Annabeth.

   Dumbledore faz uma cara pensativa, então ele olha para nós e diz.

-Espero que estejam todos bem, vão a seus dormitórios, se limpem, comam algo. Irei conversar com Nicolau sobre isso.

  (...)

  Após finalmente tomar um banho e colocar roupas limpas, caminho até o salão comunal, necessito comer algo.

   Malfoy vem afoito até mim e me abraça do nada, as pessoas ao redor estavam perplexas.

-Eu fiquei tão preocupado, quando soube que estava presa quase fui lá pra te salvar.-Diz rapidamente.-Como você está?

-Calma, Malfoy, primeiramente você tem certeza que colocou o saquinho nas coisas do Voldemort? Quando eu estava lá, ele não demonstrou um pingo de sentimento.-Digo brava.

-O saquinho era pra ele sentir algo por você?-Ele questiona.

-Sim.

-Isso é impossível, Maia, mesmo com poção, mesmo com feitiço, Voldemort é incapaz de amar.-Ele diz.

-Não tinha pensado direito nisso, mas obrigada mesmo assim.-Digo e como algo com saber do morango, nunca sei o nome dessas comidas, apenas que são boas.

-Podemos conversar na torre?-Pergunta Malfoy.

   Ainda estava muito magoada com ele, por mais que eu tenha suspeitado, quando você sabe das suas suspeitas aquilo fica pior, mas eu gosto dele, ele é legal, é divertido e absurdamente lindo. Vamos depois de amanhã tentar  recuperar o cinto, assim que conseguimos iremos ir embora e provavelmente eu não vá ver ele tão cedo, então eu quero aproveitar.

-Vá na frente.-Digo.

   Agora eu precisava comer, muito, estava faminta.

(...)


Semideusa: A Filha de HécateOnde histórias criam vida. Descubra agora