Filha, eu e seu pai estamos indo, se cuide, a Anne vai ficar de olho em você, juízo! - minha mãe dizia pegando suas malas e meu pai pegando outras.
- Ok, ok mãe, você já disse isso nove vezes! - eu ri, ela ia protestar - E sim, eu contei, juro que tento não fazer a casa pegar fogo.
- Filha, não jure isso, por favor - ela riu, ri ironicamente.
- Você não está atrasada, senhora (sobrenome da família)? - ela fez uma careta. Me levantei do sofá, coloquei a caneca de chocolate quente na mesa de centro e fui até ela. Dei um beijo em sua bochecha e a abracei.
- Vou sentir sua falta, me liga, não esquece, dá notícias!
- Mãe, é você quem vai viajar! E além do mais, é só uma semana! - sorri.
[...]
Estava deitada no sofá de um jeito... Estranho! Assistindo alguns filmes.
Ding Dong
Me levantei totalmente sonolenta e fui até a porta, abrindo-a devagar. Ali estava parado Harry, meu vizinho desde sempre, irritante.
- Vim ver se está tudo bem? - ele disse falsamente doce.
- Já viu, né? Tchau - comecei a fechar a porta, mas ele a parou com o pé e entrou. Bufei.
- Ainda não, vou ficar aqui um pouquinho com você, eu sei o quanto você adora minha presença!
- Dispenso - revirei os olhos, fechando a porta. Ele riu irônico.
- Eu sei que não, ok! - ele virou e me olhou - Nós estamos sozinhos, já pode para de encenar.
Revirei os olhos e fui até o meu quarto, peguei uma toalha qualquer e sai. Me direcionei até o banheiro, entrei e o tranquei. Virei a chave duas vezes, me deixando muito bem trancada.
[...]
Me enrolei na toalha e sai. Fui até meu quarto, entrei e empurrei a porta, sem olhá-la. Fui até o guarda-roupa e peguei um sutiã de oncinha.
- Oncinha? - uma voz perguntou, me assustei, pulando e gritando, virei meu corpo e Harry sorria debochado.
- VOCÊ É LOUCO? - gritei segurando a toalha na altura dos seios para a mesma não cair.
- Você é mais bonita do que imaginei! - ele sorriu malicioso.
- Cale a boca, moleque! - ele avançou alguns paços e eu, quase que automaticamente, recuei, encostando no meu guarda-roupa aberto. Ele parou.
- Com medo, gracinha? - sorriu falso.
- Sai daqui - mandei, foi apenas o que consegui dizer antes de sair dali, passando longe de Harry, que me seguiu com os olhos. Abri a porta, dando as costas a ele. Errado. Aproveitando a minha brecha, ele veio até mim e me abraçou por trás.
- Não tão cedo... - sussurrou no meu ouvido. Estremeci. Ele mordeu o lóbulo e cheirou meus cabelos secos, já que não havia lavado os mesmos - Antes, você vai ver o moleque que eu sou!
- Harry, para - pedi. Ele negou com a cabeça antes de e virar bruscamente. Ele abraçou minha cintura, me tirando do chão contra a minha vontade, empurrou a porta e a mesma em segundos fez um barulho alto. Ele andou até a cama, hesitei, tentei me soltar de todas as maneiras possíveis.
- Para quieta, você quer isso tanto quanto eu... - ele disse um tanto quanto bravo - Ou até mais! - continuou.
- Me solta - dei um soco em seu peito.
- Mulheres difíceis me excitam - ele cantarolou irônico, bufei. Ele me empurrou na cama com violência. Sem delongas, sentou-se em cima da minha cintura, jogando seu peso em seus joelhos, que se encontravam cada um de um lado do meu corpo, ele rapidamente se abaixou, tentando me dar um beijo, virei o rosto, ele riu baixo. Com falsa delicadeza, uma de suas mãos foi até meu rosto, virando-o forçadamente. Ele roçou nossos lábios um pouco, e depois me beijou. Sua língua buscou pela minha, que relutava intacta. Sua mão soltou meu rosto e contornou a lateral de meu corpo. Minhas mãos, que já não respondiam por mim, paradas em seu peito, desceram até a barra de sua camisa, e puxou-a para cima, ele sorriu e partiu o beijo, levantando e me deixando tirar a camisa. Ele voltou a me beijar, sua mão foi até meu seio, ele o apertou por cima do pano e o puxou, descobrindo meu corpo, ele levantou um pouquinho e puxou mais a toalha, fazendo-a sair completamente. Corei.
