Sr. Alemberg

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Rick
Cheguei da Austrália no domingo a noite o vôo atrasou foi um inferno, fui direto para meu apartamento descansar um pouco, amanhã seria um dia longo, passaria o dia no escritório conheceria a nova diretora que meu pai contratou e faria a mudança do meu escritório pessoalmente.

A noite foi um inferno mal consegui dormir, passei a noite me revirando na cama, só fui dormir de madrugada.
Quando acordei era 8 da manhã, puta que pariu! Chegar tarde no primeiro dia no meu novo cargo. A que se lasque! Quem irá me chamar atenção, agora mando naquela porra mesmo.
Cheguei fui direito para minha sala e não falei com ninguém, entrei fechei a porta e passei a chave não queria que ninguém me incomodasse, iria organizar meus documentos e minhas coisas com calma. Não tinha nada marcado, essa manhã seria perfeita.

Entrei e fechei a porta, quando me virei tinha uma pessoa sentada na minha cadeira de costa para a porta observando uns dos meus quadros favoritos.
- Uau que mulher sortuda! Deve ter sido feliz - disse ela ainda olhando para o quadro, sorriu e continuou - Se o resto do material for da mesma qualidade da bunda! - disse sorrindo, com certeza estava imaginando como seria o meu pau - Realmente deve ser uma sortuda. Falou suspirando.

- Se ela é sortuda não posso dizer. Mas em relação ao resto do material com toda certeza é da melhor qualidade - disse firme e arrogantemente, desafiando - à responder.
Ela se virou ainda sentada, ergueu uma sobrancelha aceitando o desafio.

- E você pode dizer tudo isso apenas com esse quadro? Ou o modelo é um amigo íntimo seu?
Falou ela provocando, com um sorrisinho no canto dos lábios.

- Digamos que o conheço muito bem.

- Ooh!! Se você esta dizendo. Mas realmente é uma pena...
Disse abrindo um sorriso perfeito com covinhas, um sorriso que eu sabia que era cheio de malicia.

- Por que se interessou? Posso lhe apresentar ele!

- Não obrigada sou muito possessiva... E também não sou tão moderna assim. Como posso dizer? É prefiro os hetero convicto.

- A então irá adorar conhece lo. Prazer Henrique Alemberg, pintor, modelo do quadro que tanto admirou e para deixar hem claro sou totalmente hetero e muito, muito possessivo. E aliás sou dono da sala que você invadiu. Srta.???
Adorei ver a confusão que passou pelo seu rosto e amei ainda mais ver aquela boca linda meio aberta assustada, como se pedisse para ser beijada, mas estava longe demais e aqueles olhos de um azul acinzentado que poderia mergulhar durante horas. Ela se levantou, eu pude ver que era ainda mais linda, alta, magra, estava em um vestido preto colado nas curvas sensuais, um blazer branco impecável e os cabelos de um ruivo vivo maravilhoso soltos, que dava vontade de pegar los e puxa los bem forte enquanto eu a devorava aquela boca com força. Droga já tava duro.

- Anabelle Ferraz. Porém sinto lhe dizer que essa sala não é mais sua. Ela agora é minha. - disse no mesmo tom arrogante que eu, se inclinando sobre a mesa me dando uma visão perfeita do seu decote e me analisando dos pés a cabeça, deu um sorriso de aprovação e continuou estendendo a mão - Serei a nova diretora. Sr. Presidente.
Pego sua mão e à aperto firme, ela puxa rapidamente como se estivesse levando um choque.
- Você disse corretamente, será a nova diretora e eu o novo presidente. Mas ainda não sou e você ainda não é. - disse me aproximando da mesa e colocando as mãos da mesma forma que as delas, ficamos com os rostos a centímetro um do outro - Com isso tudo que tem aqui nesta sala me pertence.
Disse baixinho, olhando em seus olhos e desci o olhar para seu decote. Ela olhou para o próprio decote, ficou um pouco corada ainda mais linda dando um tom rosado aqueles seios redondos e delicados, já estava imaginando que eles encaixariam perfeitamente na minhas mãos, ou em minha boca... Eu ainda a olhava, com vontade de dar a volta em torno da mesa, segura-la pela cintura e foder ela ali mesmo.
Mesmo a minha cara fechada e meu olhar duro cheio de desejos lascivo, mas ela não se retraiu nem um instante, ajeitou a blusa me dando uma vista ainda melhor de seu decote, falou passando as pontas dos dedos pelo seios.

- Sinto muito Sr presidente, nem tudo que queremos podemos ter e muitas coisas que pensamos que é nossa muitas vezes não é.

- Sinto se você não ter tudo que quer, mas eu sempre consigo o que eu quero.
Finalmente fica desconcertada e vira se aproximando do quadro, analiso minuciosamente seu corpo suas curvas suaves nos lugares certo, alta e magra na medida certa e que belo traseiro.
Ela passeia pela sala como se estivesse em casa muito à vontade. 
Tinha alguns quadros meus espalhados pelo escritório, alguns de momentos de raivas que era umas pinturas abstratas, tinhas dois que eu tinha pintado a um ano atrás, em um eu estava com o cabelo mais comprido e uma ruiva o puxava, ela estava em meu colo eu a beijava no pescoço, ela estava com a cabeça virada para trás com os cachos brilhando.
Mas o que ela olhava era o que eu estava nu em cima da mesma ruiva que aliás era a garota do acidente, ela estava com as mãos cravadas em minhas costas como se as quisesse rasgar, as pernas entorno da minha bunda enquanto eu a penetrava, eu estava com o rosto enterrado em seu pescoço, não dava para ver direito seu rosto em nenhum dos quadros só os cabelos acobreados que se destacava e os lábios semi abertos, a cena era sensual e erótica.
Vocês devem estar se perguntando como posso ter pintado esse quadro, sem nunca ter transado com ela. Mas com o passar dos tempos meus sonhos se intensificaram que aquelas imagens ficarão impregnadas na minha mente, no começo era apenas pesadelos com a cena do acidente, depois mudaram tanto se tornaram mais sensuais, mais eróticos. As vezes parecia tão real que acordava excitado só pra ficar puto da vida. Quando estava acompanhado num era nada mau, mas quando estava só era um inferno. Aquela mulher tinha entrado na minha vida sem eu permitir e tomado de conta.

- Gosta do que estar vendo? - perguntei.
- Sim, é um lindo quadro.

- Se você quiser posso pintar um de nós dois. - disse sarcástico, ela não respondeu, continuava olhando para o quadro.

- E ela? O que aconteceu? - perguntou baixo, depois tomou um ar brincalhão - É... Dá pra ver que ainda faz parte da sua vida, não me diga que você é um casado safado? Ou ela te deu um belo pé na bunda?
Disse sorrindo, não sei se pela minha expressão ela ficou séria no mesmo instante.

- Ela morreu.
Falei com a voz grave e com os olhos sérios. Não expliquei mais nada, ela não precisava saber que nunca conheci aquela garota e muito menos do acidente.

- Oh sinto muito... Eu... Eu não imaginava. Sei o quanto é difícil.

- Não precisa falar nada já faz mais de dois anos.

- Mesmo assim, pode passar o tempo que for, mas um amor assim a gente nunca esquece -
Senti tristeza em sua voz, em seu olhar, parecia que sabia muito bem o que estava falando . Mas quis logo mudar de assunto não estava querendo compartilhar histórias tristes. Nem eu.

- Então seja bem vinda Srta Ferraz. Espero que nós nos der bem, pois trabalharemos diariamente muito próximo. Conte comigo para o que precisar.
Dei bastante ênfase na última frase e sorrir para ela.

- Obrigado foi um prazer conhece-lo Sr. Alemberg. Espero estar a altura das suas expectativas e poder ajudar no que for preciso para o bem da empresa.

- Henrique por favor. Fico feliz em saber. Preciso só pegar alguns documentos e pertences pessoais e logo essa sala sera totalmente sua.- digo encarando-a descaradamente.
- Licença Sr. Alemberg.
Fala pegando sua bolsa e seguindo em direção a porta.
- Até mais Anabelle.
Falo para a porta que se fecha. Com isso volto aos meus pensamentos e trabalho.

Difícil Te EsquecerOnde histórias criam vida. Descubra agora