1.O Aviso de Dobby

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Harry se encontrava na sala. Suas férias estavam bem entediantes. Férias, aquelas férias, já se fazia três semanas e meia desde que saiu de Hogwarts, que seus amigos não lhe mandaram nenhuma carta, ele havia mandado quadro, duas para cada, mas não obtivera resposta de nenhum dos dois. "Será que aconteceu alguma coisa?" eram estes os pensamentos que lhe viam a cabeça.

Ele subiu para seu quarto. E quase gritou quando viu uma criatura pulando em cima da sua cama. A criaturinha tinha grandes orelhas iguais a de um morcego, olhos verdes esbugalhados to tamanho de bolas de tênis. No momento em que eles trocavam olhares a criatura escorregou da cama e fez uma reverência tão exagerada que seu nariz fino e comprido encostou no chão.
Harry percebeu que a criatura vestia uma fronha suja com buracos para os membros e a cabeça.

-Ah... Olá! - disse Harry Nervoso.

-Harry Potter - a criatura disse com uma voz esganiçada - quanto tempo Dobby queria conhece-lo!

-Obrigado, mas Quem é você?

-Dobby meu senhor, apenas Dobby. O elfo doméstico.

-Ah bem... É mesmo? É... Eu não quero ser grosseiro, mas o que você faz aqui? Não que eu não esteja honrado em te conhecer!

-Dobby veio... É difícil falar, não sei por onde começar...

-Sente aqui! E comece do começo.

-Sen-sentar? - Dobby caiu em choro esganiçado - Nunca... Nunca na vida...

-Eu não quis te ofender! Me desculpe! - Harry se aproximou tentando acalmar o elfo.

-Ofender Dobby? Dobby nunca foi convidado a se sentar por um bruxo... Como um igual!

-Acho que não conheceu bruxos legais então! - Harry arrependera de dizer estas palavras porque o elfo começou a bater a cabeça na lateral da cama - Pare! Pare por favor!

-Dobby tinha que se castigar, Dobby quase falou mal de sua família!

-Sua família?

-A família que Dobby serve, meu senhor! A família que Dobby tem que servir para sempre! Até Dobby morrer!

-Eles sabem que você está aqui?

-Não, e por causa disso Dobby terá que por suas orelhas no Forno.

-Por que você não foge?

-Dobby não pode, ele tem que ser libertado. Dobby tem que receber uma peça de Roupa de uma pessoa da família para ser libertado!

-Eu não posso ajuda você?

Dobby começou a chorar e soltar grunhidos esquisitos.

-HARRY QUERIDO!? VOCÊ ESTA BEM?

-SIM ESTOU BEM MÃE. SÓ ESTOU ORGANIZANDO MEU QUARTO!

-Por favor pare! Minha mãe não pode te ver!

-Harry Potter pergunta se pode ajudar a Dobby... Dobby já ouviu falar de sua grandeza, mas de sua bondade nunca! - ele chorou mas não fez nenhum barulho e depois de um tempo disse secando as lágrimas em sua fronha suja - Harry Potter é valente, audacioso, mas não pode perder, Dobby veio proteger Harry Potter!

-Proteger do quê?

-Oh, meu senhor já enfrentou tantos perigos, mais como o que está na Escola de Hogwarts, não.

-Como assim? Eu tenho que voltar quero ficar junto dos meus amigos!

-Amigos que não escrevem para Harry Potter?

-Bem eles devem estar... Espera ai, você interceptou minhas cartas?

A criatura saiu de perto de Harry e tirou um bolo de cartas que Harry via as caprichosas letras de Hermione, uns garranchos de Rony e umas letras deformadas de Hagrid.

-Harry Potter não deve ficar bravo com Dobby. O senhor achando que seus amigos não se importavam com ele, não iria mais voltar para Hogwarts! Dobby só quis ajudar. Dobby quis proteger Harry Potter,

-Dobby, me dê estas cartas!

-Só se Harry Potter prometer que não vai para Hogwarts neste ano!

-Dobby não posso, o que eu diria a meus pais? Eles me levariam para lá de qualquer forma!

A criatura pensou, e assentiu:

-Eu dou um jeito! Meu senhor tem que prometer que não vai!

-Eu não vou prometer! Me dê as cartas.

-Se Harry Potter não vai prometer vai sofrer, só um pouquinho mas será para o seu bem!

Harry deu uma investida mas o elfo havia sumido como poeira entre os dedos. Ele sentou na cama e ficou pensando que perigo poderia haver em Hogwarts!?

-Harry, vamos jantar? - Lílian apareceu na porta - Mocinho! Porque ainda não se aprontou? Já pro banheiro!

No jantar Harry e seus pais se sentaram na mesa redonda, antes de todos se servirem Harry pediu a palavra:

-Eu queria falar uma coisa antes do jantar.

-Diga Filhão!

-Telefone! Televisão! Camisa e Calção! Obrigado!

O casal que ouvia atentamente o filho caíram na gargalhada.

-Aprendiz de Maroto...

-Para de chamar ele assim James!

-Ta bom meu lírio! Harry eu e sua mãe vamos ter que viajar para uma missão especial.

-Por Merlin, que bom! Aonde vai ser? De quanto tempo?

-Querido - chamou Lílian a atenção para si - vai ser no Brasil, e se tudo correr com o planejado, daqui quatro meses já estaremos de volta.

-Que ótimo quando vocês vão?

-Depois de amanhã! - James disse depressa e Harry quase cuspiu o suco que bebia.

-Mas... Mas eu vou ficar aonde? Como vou comprar meu material?

-Pensamos na casa de seu amigo Rony, mas Sr. Weasley não nos respondeu. Então...

-Eu não vou ficar com os Dursley! - Harry se exaltou - Da última vez que eu fiquei lá eles me trancaram em um quartinho em baixo da escada. Enquanto aquele leitão que eles chamam de filho tinha dois quartos!

-Eu sei querido, acalme e lembra que eles também sofreram com sua presença, involuntariamente você queimou toda instalação da casa por causa disto?

-Eu não vou para lá. Papai converse com Arthur no Ministério por favor, o senhor me entende!

-OK filho, eu converso com ele!

Harry estava suspeitando que aquela missão tinha alguma coisa haver com Dobby e ele ficar com os Tios Trouxas também, ele falara que Harry sofreria, mas só um pouquinho.
Todos subiram e foram dormir, Harry demorou mais do que o normal, mas não deixou de cair em sono demasiadamente profundo.

E assim terminou o dia dos Potter's.

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