Capítulo 14

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 " _ Dylan.

_ Isso aqui é perfeito!

_ Não não é , na verdade você torna isso perfeito.  "

                                                                     Dylan

    Faziam quatro dias em que eu havia retornado a Londres e estava tudo uma bagunça... desde que Jennevivi se foi mais uma vez, eu estava perdido em min mesmo mergulhando cada vez mais em um lago de obscuridade nesses últimos meses, não conseguia  lembrar nenhum dos  nomes  das mulheres com quem sai e meu apartamento era só um ambiente  bem decorado em que eu passava  algumas horas do meu dia já que a minha  casa mesmo eram os quartos de hotéis e seus bares o novo departamento não chegava nem perto do antigo, as pessoas eram bastante impessoais e o trabalho era totalmente robotizado mas eu até que  passei bem meus primeiros dias sem ela no entanto após aquela noite... meu coração estava vivendo uma tormenta desde aquela festa em que eu estive com ela pela última vez, depois disso eu não consegui deitar uma noite sem que sonhasse com seu rosto em diversas situações diferentes , haviam borrões da vez que  nos encontramos naquele avião a seis anos atrás , da vez que nos beijamos  naquele elevador; e aquilo com certeza estava mexendo comigo.

       Não me senti a vontade de conversar com minha mãe sobre isso, ela adorava a Jenn e talvez não  fosse a melhor pessoa pra me aconselhar, talvez eu devesse falar com meu pai mas nossos horários nunca  batiam e talvez eu  pensasse  também que ele me acharia um covarde por ter aceitado as coisas tão fáceis assim, por ter desistido tão rápido... foi só no fim de semana do aniversário de  casamento dos meus pais que eu descobri o quanto eu a queria e que eu não estava disposto a continuar sofrendo assim, quando eu vi meu irmão Finn e sua mulher, meu pai e minha mãe eu queria aquilo e eu tinha aquilo com ela , eu só estava deixando ir.

- A seis anos atrás  por algum motivo eu perdi a Jennevivi  mas por algum motivo eu também a encontrei então estava decidido, os  negócios  do apartamento poderiam ser feitos por  telefone ou por representantes mais por ela eu iria fazer isso bem de perto pra tentar agarrar o que estava indo, sem avisar eu peguei aquele avião pensando que ela teria que me escutar mesmo que não quisesse, eu sabia que ela me amava e que devia estar sofrendo tanto quanto eu, mas quando eu cheguei lá a pessoa surpreendida fui eu.

- Ela estava com alguém? ou está? perguntou meu pai olhando em meus olhos com o sua expressão cautelosa de sempre.

- Sim pai ela está. Respirei fundo colocando a mão entre meus cabelos e quando abaixei a cabeça meu pai tentou me interromper. - ela está com alguém que pertence a nós dois. Ele  me olhou agora confuso.

- Como assim? e então ele parou e me olhou atestando que finalmente  tinha entendido. - ela está grávida?

- Sim.Suspirei mais uma vez.

- E o que você está fazendo aqui?

- Eu fugi, como o covarde que eu sou!

- Espera, algo está errado...você e essa moça não se vêem desde antes do natal, então quer dizer que...

- Sim pai, ela já está com três meses.

- E ela  não  te contou?

- Não, disse que estava com medo da minha reação, na hora em que ela me disse isso eu joguei muita coisa na cara dela mas pensando com calma ela estava certa em ter medo.

- Porque você diz isso filho?

- Da última vez em que estivemos juntos eu deixei bem claro pra ela em uma  conversa paralela a minha posição sobre filhos. - e ela então já sabia o que estaria por vir. Meu pai completou.

Destinos Cruzados (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora