Marco
O dia amanhecia diante da grande janela de vidro a minha frente, os saltos das enfermeiras e os bips de chamadas dos médicos estavam deixando meu coração acelerado. Eu estava pensando no último mês desde que Jenn havia me pedido um tempo....Quando cheguei em casa estava devastado, podia jurar que daria tudo certo e ao final do fim de semana eu e ela seríamos oficialmente namorados... o que eu menos queria desde que comecei tudo aquilo era uma relação séria, mas desde que agente começou a se ver meu dia parecia que fazia sentido, e eu não me sentia só uma máquina de trabalho, ansiava pelo momento em que agente ia se encontrar e de repente não era mas sexo, eu a queria pra min, já não me importava com as investidas de outras mulheres nos lugares que eu ia mas me importava intensamente com os olhares direcionados a ela quando nós saíamos, pela primeira vez em anos eu não queria uma coisa de um dia, e... e quando eu estava com Jenn não era assombrado por nenhuma lembrança dela...Durante todo esse tempo eu me considerava em um coma, dormindo sempre pra o amor e vivendo em uma engrenagem de trabalho , festas e bebidas até que a conheci e notei que cada dia a seu lado, nem que fosse um jantar ou um breve encontro matinal valiam sempre a pena; mas ai tudo desmoronou, e eu voltei a me afogar nas coisas que tiravam a lembrança dela do meu subconsciente, me sentindo sempre vazio no fim do dia...
- EI! EI MARCO NÃO É?
Kolin me arrancou de minhas reflexões rápido demais , no entanto eu podia enxergar o pavor em seus olhos.
- Por favor, o que aconteceu? como ela está? como foi acontecer isso? ele estava uma bagunça e eu não sabia o que fazer pra ajudar.
- Calma por favor...eu também não sei direito, parece que alguém antigo do trabalho protagonizando uma vingança, eu não pude ouvir muito estávamos concentrados em encontrá-la e sobre o estado dela estou tão por fora quanto você a única coisa que sei foi o que eles falavam na ambulância quando estávamos a caminho , parece que ela foi exposta a uma grande quantidade de um gás toxico; mas depois que eles entraram pela aquela porta até agora não vieram aqui.
- Quanto tempo? Quanto tempo cara?
- Mais ou menos cinco horas..
- Eu vou até la ...
Quando ele voltou havia me dito que eles estavam fazendo o possível para desintoxicá-la, mas que infelizmente ela não estava respondendo e nem conseguindo respirar sozinha, os pulmões haviam sido comprometidos e pra que ela ficasse instável eles estavam usando oxido nítrico.
- Eu acabei de vê- la , você pode entrar se quiser eu autorizei...
Era uma sala branca onde mais bips me assombravam, haviam tantos aparelhos conectados a ela e ela continuava tão imóvel quanto quando eu a tirei daquele lugar, parecia estar dormindo não parecia estar sofrendo mas eu era muito egoísta e aquilo não bastava pra min, precisava do toque dela... de suas frases curtas , seu humor contido e eu não estava disposto a esperar ,queria ela pra min e agora.
Durante uma semana o quadro era o mesmo , os médicos não nos davam perspectiva nenhuma de mudança e eu Kolin estávamos nos dividindo no horário de visita, a minha paciência já estava se esgotando e meu desespero só aumentava, consultei alguns especialistas indicados pela minha mãe mais nenhum deles disse novidade alguma, no entanto naquela noite o médico havia dito a seu irmão que do jeito que estava o próximo passo seria que ela passasse para o estado vegetativo e se isso acontecesse ai sim a coisa ficaria pior...peguei um copo de café e caminhei mais uma noite em silêncio até seu quarto.
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Destinos Cruzados (Concluído)
RomansaEla uma estudante de publicidade que mais parecia de moda , e ele um estudante de direito que aparentava ser o gostosão do futebol. Jennevivi e Dylan se conheceram em uma conversa informal em um voo para Londres e nunca imaginavam o que viria após...