CAPÍTULO 1- You were my clarity, I swear... Alone in a daydream.

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(Você era minha clareza, eu juro... Sozinho em um devaneio.)
Owl City -Up all night.

Saindo de todos aqueles flashs, correria da premiação e com o Globo de Ouro de melhor atriz coadjuvante nas mãos junto com uma pequena bolsa, entrei em um carro e segui até os fundos do tapete vermelho. Aquela tinha sido uma noite incrível, ganhei um prêmio o qual eu não esperava e fiquei muito grata, mas agora queria me divertir um pouco fora de toda a aquela rotina de atriz, esposa e mãe. Precisava de alguém que pudesse me destrair, foi quando ouvi uma voz suave, porém, firme:

-Kate, vamos sair um pouco? Depois eu posso te levar em casa, se quiser é claro- era ele, meu melhor amigo há 19 anos, a pessoa a qual eu só queria ver feliz e que pudesse ganhar tudo o que há nesse mundo para ser ganho, com quem sempre dividia tudo: minhas angústias e medos, minhas risadas e alegrias e por quem eu sentia um amor que eu mesma não sabia como ainda podia existir depois de tanto tempo, de fato era o Leo.

-Claro que eu quero! Vamos dançar um pouco - respondi espanjando um sorriso tímido, um sorriso que eu só conseguia dar a ele -Só vou verificar onde está o meu carro e vamos com mais alguns amigos para uma festa aqui perto, tudo bem? Então respondi: -Ok, te espero aqui.

Enquanto eu o via parado esperando o carro, lembrei-me de quando conheci o Leo: Estávamos nos sets de filmagens de "Titanic", eu estava acompanhada de James Cameron que fez questão de nos apresentar pessoalmente. Sabia o quanto eu tinha dado duro para estar ali, uma vez que, Kate Winslet era uma atriz praticamente desconhecida a qual só havia feitos papéis pequenos e agora estrearia um filme de grande porte como esse com tantos investimentos e desafios. Até que eu o vi com aquele cabelo loiro, uma estatura média, no entanto mais alto do que eu, com um sorriso pequeno, simples, mas verdadeiro. James nos apresentou e então nos abraçamos. Senti uma segurança imensa nesse abraço. Leo não parecia ser muito forte, mas certamente tinha segurança em seus braços quando eu o abracei. Pensei naquele momento: "então, ele será o meu Jack?"Até que nos afastamos e somente sorrimos um para o outro. Todo abraço que eu dava nele, durante todo esse tempo, nunca havia mudado. Eu sempre me sentia segura, forte. Procurava seus cabelos soltos e loirinhos e eu sabia que ele procurava meus cabelos ruivos, compridos e encaracolados, pois sempre ia com as mãos até mais abaixo das minhas costas de uma maneira como se procurasse por eles. Antes eles estavam lá como no primeiro abraço, hoje na premiação, eu senti novamente a sua procura só que dessa vez eles estavam presos e ele parece ter percebido isso quando voltou sua mão ao meu pescoço. Em todo momento em que Leonardo me tocava eu voltava no tempo, sentia como se fosse o primeiro toque, o primeiro abraço, o primeiro sorriso e eu sempre gostava disso. Amava como nós tinhámos mudado, evoluído na carreira e na vida pesoal e ao mesmo tempo continuavamos como dois jovens de 21 e 22 anos: com esperança, fé e principalmente carinho um pelo outro. Nós nos amavámos com ternura desde o primeiro estante em que conversamos e rimos juntos.

De repente, acordei dos meus desvaneios com sua voz me chamando: - Venha, Kate! O carro acaba de chegar. Entrei no carro e fomos até uma boate cheia de pessoas conhecidas. A música era alta e várias luzes invadiam o local como se fossem milhares de vagalumes. Sentei-me em uma mesa com o Leo e conversamos durante todo o resto da noite. Certas vezes, alguns amigos vinham nos parabenizar e nos comprimentar. Simplesmente, adorava dialogar com ele. Também rimos muito, bebemos um pouco até que uma música:" a thousand years "(já haviam me falado dessa música em algum momento, mas não conseguia lembrar) começou e DiCaprio me chamou para dançar, dei um sorriso e assenti com a cabeça e fomos para a pista de dança.

Encostei meu rosto em seu ombro, nos demos as mãos, ele encostou a outra em minhas costas e minha outra mão livre deixei apoiada em seu ombro também. Nós dançamos como sempre dançavamos, da mesma maneira por todo esse tempo. Não sabia o que ele pensava disso, mas deveria gostar também porque nunca chegou a reclamar. Deixei-me levar pela melodia e fechei os olhos como se tudo não passasse de um sonho, um sonho que nunca teria fim, pois eu sabia que sempre podia contar com ele, sempre o teria perto de mim quando eu precisasse ou apenas quisesse. Ao fim da dança, dei uma pequena risada e disse: - Podemos ir? Ele respondeu com um sorriso -Claro.

KLEO WINSLAPRIO: YOU ARE MY EVERYTHINGOnde histórias criam vida. Descubra agora