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Narração de Japa:

Encarei meus pais com um tanto de ódio, já que eles me abandonaram no momento que eu mais precisei de apoio.
Japa: Vocês não responderam.
Josi: Filha... - disse chorosa enquanto me olhava dos pés à cabeça - Eu queria tanto ver você.
Japa: Pronto, me viu. Agora pode ir embora.
Celso: Eu posso ver minha netinha?
Japa: Netinha? - solto um riso sem humor - Agora ela é sua netinha? Eu achava que eu não era mais a sua filha.
Celso: Não faz isso comigo. Eu me arrependi no segundo seguinte que você saiu de casa.
Japa: PARA DE MENTIR! - me exalto, mas me lembro que a Vitória está no andar de cima dormindo - Eu quase perdi a minha filha e quase morri também, mas vocês nem se importaram. Você nem para se preocupar comigo. Agora eu e ela não precisamos de vocês.
Celso: Maria, poe favor...
Japa: Não me chama de Maria, droga! - digo
Josi: Veja bem, eu sempre te ensinei que apenas os fortes tem o dom de perdoar, então pensa nisso.
Japa: Falar é fácil. Agora quem não quer ter pais como vocês sou eu. - digo e ia fechar a porta, quando minha mãe me chamou.
Josi: Eu procurei a Analua, ela não te contou? - eu continuo a olhando muda - Eu queria acompanhar a sua gravidez de perto, só que não recebi nada que mostrasse que você me deixaria te acompanhar. Por isso me mantive afastada, eu contei para o seu pai a minha ideia e ele me apoiou. Eu tentei, juro que tentei.
Quando ia responder, escuto o chorinho da minha bebê.
Japa: Acho melhor vocês irem embora, ok? - digo e fecho a porta. Engulo o bolo que se formou em minha garganta. Subo a escada quando o chorinho se torna mais forte e entro no quarto dela. A pego no colo e a fico ninando, mas nada dela dormir.

Narração de Caíque:

Assim que coloquei meu pé em casa, ouvi o choro da Vitória. Eu estava exausto, mas não deixaria de passar em seu quartinho. Subo a escada e entro no meu quarto, entro no closet e pego uma roupa confortável de ficar em casa. Saio do closet e entro no banheiro, coloco as coisas em cima da tampa da privada e me dispo. Entro no box e tomo um banho longo e gelado. Assim que saio, me enxugo e visto a roupa. Passo a toalha pelo meus cabelos molhados e penduro a mesma na porta do box. Sou organizado, viu? A Japa não tem do que reclamar. Saio do banheiro e do quarto, entrando no quarto da Vitória em seguida. A Japa estava sentada na poltrona com a nossa filha. Me aproximo dela, seguro seu rosto com as duas mãos e dou um beijo casto nela.
Caíque: Demorei?
Japa: Não...
Caíque: Ela ficou tranquila hoje?
Japa: Acho que você já sabe a resposta. - diz rindo e e eu a acompanho - Estou cansadérrima.
Caíque: Quer que eu fique um pouco com ela? - ela assente e se levanta, me entrega ela com cuidado e começa a guardar algumas coisas que estão jogadas por ali.
Aconchego a Vitória em meus braços e fico a ninando por um longo tempo.
Japa: Tirei uma foto de vocês. - diz virando o meu celular para eu ver a foto - Vou tomar um banho, qualquer coisa chama. - ela diz, me da um selinho e sai do quarto.
Fico mais um tempo com a Vitória, que já estava querendo fechar os olhinhos. Ela é realmente bastante hiperativa e quando cisma de ficar acordada, não há nada que a faça dormir. Ela tem suas próprias vontades, apesar de ser apenas um neném de nem um mês ainda. Já sei que ela puxou o gênio da mãe.
Assim que ela adormece, dou um beijo em sua testa e a coloco no berço. Apago a luz e acendo o abajur. Ativo a babá eletrônica e saio do quarto, encostando a porta. Acendo a tela do celular e coloco a senha, procuro a foto que a Bia tirou e a posto no Instagram.

@caio.oficial: E por você eu largo tudo, vou mendigar, roubar, matar e até as coisas mais banais... #amormaior #Vitoria

 #amormaior #Vitoria

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