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Narração de Lua:

Logo chegamos em um restaurante mexicano. Eu poderia ter vindo mais à vontade, mas tenho que estar a altura da minha sogra que está super linda e super chic. Sai do carro junto com a dona Lauren e esperamos o Guto estacionar, assim que foi feito entramos e todos ali reconheceram o Guto de cara. Nos encaminhamos para uma mesa que ele havia reservado, ele puxou a cadeira para mim e para a mãe. Me sento e cruzo as pernas. Logo vem um garçom, distribui o cardápio e pergunta o que queremos beber. Ele pede um vinho que eu não faço ideia de qual seja. Olho o cardápio e minha boca enche d'água ao ver enchilhadas. São panquecas enroladas fritas e recheadas, cobertas por um molho, podem ter uma variedade de recheios, como queijo, cebolas ou frango.
Lua: Quero enchilhadas de frango. - digo fechando o cardápio.
Lauren: Quero o mesmo.
Guto: Eu quero tacos de carne. - diz e o garçom anota, e se retira em seguida.
Lauren: Esse garoto só come porcaria, poderia comer um prato completo que te deixe de pé, prefere essas besteiras.
Guto: Relaxa, dona Laura.
Laura: Minha filha, agora que você vai casar com ele, controle a alimentação desse garoto. As mulheres que mandam na relação.
Guto: Não coloca coisas na cabeça dela, mamãe.
Lauren: Cala a boca! Lua, você vai me dar netos, certo?
Lua: Só quando eu completar mais de um ano de casado, pelo menos.
Lauren: Não seja tão careta, Lua. Eu não vou viver para sempre e preciso de uma casa cheia de netos.
Lua: Eu nem me formei ainda, não pretendo ter filho tão cedo.
Lauren: Você faz faculdade de moda, certo?
Lua: Sim, estou no penúltimo período.
Lauren: Que ótimo. Quero ver suas peças.
Lua: Claro, me sentirei lisonjeada. Irei mandar algumas peças para a senhora.
Lauren: Não poderia ter arrumado uma nora melhor. - sorri animada - Não sei o que você viu no meu filho.
Guto: Mãe! - grunhi.
Lua: Eu também não sei. - seguro a risada
Lauren: Você é lindo, meu amor. Mas é muito bagunceiro, joga tudo no chão. Uma dor de cabeça... - ela é interrompida pelo garçom com os nossos pratos e o vinho.
Comemos em meio de conversas, e tenho cada vez mais certeza que não tem sogra melhor que a minha. Assim que terminamos de comer, ninguém quis sobremesa então decidimos ir embora. O Guto para a conta e saímos do restaurante. Demos de cara com vários fotógrafos, ele segura em minha mão e na mão da sua mãe e saímos apressados. Entramos no carro e ele da partida rapidamente. Ele me deixa primeiro em casa, me despeço com um selinho e um aceno para a Lauren. Entro em casa e está tudo escuro.

Narração de Japa:

Acordo com a Vitória chorando. Juro que queria nesse momento que o Caíque tivesse leite e pudesse fazê-la parar de chorar. Me levanto, prendo o cabelo em um coque e saio do quarto. Entro em seu quarto bocejando, acendo a luz do quarto e me aproximo do berço. Pego ela no colo, abaixo minha camisola e dou de mamá à ela, que nesse momento parece que não se alimenta há dias. Assim que ela percebe que seu estômago não irá aguentar tanto leite de uma só vez e larga me peito, coloco ela no trocador. Abro seu macacãozinho vermelho que a deixa parecendo um morango ambulante, e verifico sua fralda que está limpa. Pelo menos isso!
Coloco ela novamente no berço, pego uns brinquedinhos e fico apertando para distraí-la e fazer ela ficar com sono. Fico 1 hora assim, até ela pegar no sono. Ligo o ar-condicionado no mais fraco e a cubro. Dou um beijinho em sua testa e apago a luz, saindo do quarto em seguida. Entro no meu quarto e o Caíque está acordado. Me deito na cama e ele me aconchega em seus braços.
Caíque: Eu acho que é melhor eu tirar umas férias do time para te ajudar com ela.
Japa: Não precisa. Eu dou conta. - digo sinceramente - O que me incomoda é o gesso.
Caíque: Sexta está marcado a retirada do gesso.
Japa: Que bom, porque eu não aguento mais esse peso.
Ele fuca fazendo carinho em meus cabelos e eu logo volto a dormir.

Narração de Caíque:

Faço cafuné nela, enquanto a admiro. Ela está mais linda do que nunca e meu amor parece que aumentou três vezes mais depois que ela teve nossa filha. Eu não me canso de dizer o quanto eu a amo e admiro. Eu largaria tudo sem prensar duas vezes por ela e pela Vitória. Não vejo a hora de ter meu sobrenome em seu nome. De fazê-la minha esposa. E quero ter mais quatro filhos com ela, com certeza ela me mataria se me ouvisse falando isso.
Ela se mexe, ficando de costas para mim e eu sorrio. Meu coração parece que vai explodir de tanta alegria em ter ela comigo. Nunca pensei que poderia amar alguém mais do que eu me amo. Pego meu celular e tiro uma foto nossa.

Simplesmente Lua ❄Onde histórias criam vida. Descubra agora