Confio em você, Mãe 2

Capítulo 40

Fico meio cabisbaixa porque Caio nem se quer ao menos sente ciúmes de mim. Nossa realmente ele está dando mais atenção ao filho do que a mim. Tudo bem que ele quer impressionar o garoto, mais eu não quero saber. Eu preciso de atenção e vim antes.

Chegamos lá e vejo Jéssica com o Fábio e Michel lanchando. Droga, não estava afim de encontrar com ela, oque ela quis aconteceu, e ela vai ficar toda feliz que meu pai morreu.

-Ora, ora, quem eu encontro por aqui Ela diz se aproximando.

-Quem é vivo sempre aparece não é? digo debochada.

-O mesmo deboche, a mesma infantilidade, a mesma ingênua, a mesma mulher de rua. Ela diz e eu Interrompo-a.

-Jéssica, me poupe de seus elogios. Eu estou aqui e não quero brigar. Já basta a dor da perda que eu estou sentindo. digo.

-Dor de que? Do parto? Ela diz rindo.

-Meu pai morreu! Satisfeita? Agora viva sua vida em paz Jéssica, me deixa. digo.

-Sophia, você está sofrendo por um cretino! Jéssica diz e eu a Interrompo-a.

-Jéssica já chega! Fala oque quiser, mais quando eu precisei de ajuda quem veio me ajudar foi ele! Quer saber? Ele fez em menos de dez anos oque você levaria mais de vinte anos pra fazer. digo me levantando e todos olham.

-Cala a boca garota! Você não sabe oque fala. Ela tenta falar.

-Quem não sabe oque fala aqui é você, vê se pode? Ficar feliz com a morte de alguém. Você não tem coração seu bicho. digo botando o dedo na sua cara.

-Fica quieta garota, olha aqui. Ela diz mais novamente não a deixo falar.

-Olha aqui você! Espero que não se meta na minha vida! Eu posso ser filha de estupro, mas o Guilherme era bom pai, não vou permitir você falar assim dele. digo e a dou um empurrão.

-Você não sabe oque fala garota, e eu desejo o pior pra você. Infelicidade e tudo de ruim que existe. Jéssica diz se levantando.

-Cada um deseja oque tem no coração. digo a olhando doida pra bater nela.

-Você ainda vai se arrepender disso tudo. Jéssica diz.

-Ou não, talvez você se arrependa. parto pra cima dela e Caio e Gus me seguram.

Me sento e me acalmo.

-Ela me irrita de uma forma que nunca vi. digo com a mão na cabeça.

-Deixa linda, ela vai ter oque merece. Caio diz me conformando.

-Vou sentar ali em frente na praia. digo e saio.

Sento-me em frente a lanchonete e fico olhando para o céu. Vejo uma estrela brilhar mais forte, tenho ela como se fosse Guilherme. Ai, Guilherme como eu queria ele aqui do meu lado, que situação difícil pra mim, eu sei que preciso de ajuda mais não quero, que raiva de Jéssica, vontade de ir lá na casa dela e arrebentar ela, como ela pode ficar feliz com a morte do Guilherme? Tudo bem que o cara estuprou ela mais ele deixou ela em paz, e ele quisesse tinha matado ela e o Fábio, metido a polícia, é outro também, não sei oque ele estava olhando pra minha cara. Nossa, nunca pensei que a vida seria difícil assim, é claro e evidente que eu sabia que a vida não era mar de rosas, porém também não imaginaria que seria essa coisa toda, e pior quando eu achei que poderia contar com Caio ele vem com a bomba de que ele tem filho, pocha cara. Não podia ser um pouco mais fácil? Podia sim! Mais o mundo com sua crueldade não permite. Tenho que pensar positivo, achar que tem pessoas que passam coisa pior do que eu. É vou pensar assim, pra ver se pelo menos essa dor passa. Olho para o céu e peço a deus paciência para aguentar tudo. Mando um beijo para a estrela que mais brilhava, respiro fundo e seco as lágrimas que rolavam em meu rosto, me levanto e volto a lanchonete.

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-Melhorou linda? Caio diz sorrindo.

-Sim, estou melhor amor. digo e dou um beijinho em Caio.

Gus me olhava com ciúmes, oque fazia com que eu me sentisse importante.

-Oque vamos comer, decidiram? Digo olhando fixamente para Gustavo.

-Eu quero pizza, e o baixinho quer pizza também. Gustavo diz me olhando e sorrindo.

-A tia agora vai deixar você beber refrigerante tá bom meu lindo? digo olhando para Daniel.

-Você não deixou ele beber refrigerante no hospital não? Caio diz me encarando.

-Não, ele só tem quatro anos e refrigerante de mais faz mal, ainda mais na idade dele. digo sorrindo.

-Era pra ter deixado o garoto! Não proibe ele a nada entendeu bem? Caio diz segurando meu braço.

-Caio, a mãe dele já não gosta de mim, e se eu liberar tudo ele vai chegar passando mal, pra ela falar que eu envenenei pouco custa. E me solta que você está me machucando. Digo tentando me soltar e ele me aperta agressivamente.

-Larga o braço da Sophia agora Caio. Gustavo diz e eu dou um sorriso feliz por ser defendida.

-Vai fazer oque se eu não largar? Me erra Gustavo, a Sophia estava destratando meu filho. Caio diz me apertando.

-Me larga, eu só estava cuidando do garoto Caio. Me solta. digo fazendo força pra ele me soltar.

-Larga ela! Você erra feio de trair a garota, faz ela cuidar do seu filho, e quando ela vai cuidar você quer brigar. Larga ou vai ter briga por aqui mesmo. Gus diz e Caio me solta.

A pizza chega e eu havia perdido a vontade de comer, Caio comia e olhava para o filho. Eles acabam de comer.

-Vamos andar na praia? Vou levar o Daniel para correr. Caio diz.

-Vamos. digo sabendo que irei ficar sozinha.

Caio me larga lá para pagar a conta.

-Eu amo o Caio, mais tem hora que ele não passa de um imbecil. digo para Gus.

-Eu ia bater nele se ele te machucasse. Ele diz encostando no meu braço.

-Aí, Gus cuidado, está doendo um tanto. digo olhando para o meu braço que estava inchando.

-Moça, você tem gelo? Eu queria uma pedrinha. Gus diz e pega o gelo.

Caio some pela praia. E eu me sento perto ao mar olhando as ondas que vinham uma atrás da outra.

-Eu preciso beber. digo

-Vou buscar um vinho pra bebermos. Gus diz e vai comprar o vinho.

Ele se chega e começamos a beber.

-Hoje não vou te enganar não, meu dia tá difícil. digo virando o copo com o vinho.

-Calma, se beber assim vai acabar ficando doidona. Gus diz rindo.

-As vezes tenho vontade de ir embora dessa cidade, desse lugar sabe Gus. digo fazendo carinho em seu cabelo, já estava meio sem noção das coisas. E acabo dando um beijo na boca de Gustavo.

-Que merda é essa Sophia? Me viro e vejo Caio.