Capítulo 04

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N.A.: Oi gente, desculpe a demora para postar estou resolvendo umas coisas da faculdade e estou ficando sem tempo, vou tentar postar com mais frequência, lá vai mais um capítulo... espero que gostem. Bjos.


 Faz uma semana que fomos aquela boate, e o cheiro, a voz daquele homem não sai da minha cabeça. Quem era aquele homem que com algumas palavras e uma dança conseguiu entrar assim na minha mente?. Depois que ele saiu eu simplesmente quis ir embora, não tinha mais cabeça para ficar ali.

 Hoje já era sexta-feria novamente e estava esperando a ligação ainda, estou muito nervosa e já estou desistindo, essa semana inteira sai a procura de outros empregos mas nada aparecia para mim.

 Levanto da cama e vou fazer minhas higienes, quando saio do quarto a Larissa já saiu para trabalhar. Hoje eu resolvi fazer uma faxina no nosso apartamento, tomo um café da manhã rápido e começo. 

 Coloquei uma música e estava envolvida fazendo a faxina, quando meu celular começa a tocar. Corro ate o meu quarto e vejo que é um número desconhecido, atendo.

- Alô? - digo.

- Oi, é a Katerine? - uma mulher pergunta.

- Sim, é ela.

- Bom Katerine, aqui é a Claudia da empresa Roll, estou te ligando porque você passou na entrevista e estamos precisando que comece urgente. Você teria disponibilidade para começar na segunda-feira?

- Claro que sim Claudia, estava realmente esperando sua ligação. - Digo feliz, finalmente vou conseguir melhorar um pouco nossa condição. Graças a Deus.

- Então tudo bem Katerine, segunda-feira te espero. Beijos.

-Tchau Claudia, beijo. - Ela desliga o telefone e eu comero, essa ligação me deu mais animo ainda. Acabo a faxina e peço uma pizza de almoço, sim eu amo pizza. Estava comendo quando meu celular apitada com a chegada de uma mensagem. Pego ele para ver e é um número desconhecido.

" Oi linda, não paro de pensar em você. Espero te encontrar em breve novamente."

 Eu fico encarando o celular, sem entender. Quem seria o louco que mandaria uma mensagem para alguém sem se identificar, pera! Sera possível que poderia ser aquele homem da balada? Meu Deus!

 Respondo a mensagem. "Quem é você?" 

 Meu celular apita em menos de um minuto com a resposta dele. "Você ira descobrir na hora certa minha linda, e pode ter certeza que vai ser bem prazeroso esse momento."

 Largo meu celular com raiva e curiosa, quem é esse cara que pensa que pode simplesmente entrar na minha vida e ficar falando essas coisas comigo. Que raiva!

 No sábado o Gabriel chegou no apartamento já arrumado, dizendo que iriamos sair pra a balada do amigo dele. Estava animada, pois aquele homem poderia estar lá e eu poderia encontra-lo novamente e finalmente descobrir quem é ele. Vesti uma saia dourada de paetê, um body preto e salto preto. Fiz uma maquiagem preta e passei um batom vermelho.

 Quando chegamos a balada já estava movimentada, tinha um dj muio bom na cabine. Fomos para o bar fazer nosso ritual da tequila, durante todo o trajeto fui procurando com o olhar e não encontrei o homem secreto.

 Já tinha bebido muito além do normal e estava dançando na pista quando de repente senti um enjoo enorme, corri para o banheiro. Na hora que estava lavando meu rosto meu celular apitou indicando que havia chegado uma mensagem, peguei o celular e no visor apareceu o número do homem desconhecido.

"Vai beber ate desmaiar? Vá para casa Katerine."

Quem ele pensa que é? Ta achando que manda em mim, resolvo responder.

"Você não manda em mim e o que bebo ou deixo de beber não é da sua conta." Aperto em enviar, estava com tanta raiva, como uma pessoa se recusa a dizer quem é e ainda acha que tem direito de mandar em você. Uma nova mensagem dele chega na mesma hora.

"Não vou falar de novo, vai para casa AGORA."

 Eu fiquei com medo, realmente fiquei. Mas não vou deixar esse cara mandar em mim, vá a merda ele não me conhece. Odeio homens que se impõem para cima das mulheres.

 Volto para a pista de dança com raiva e ainda pensando nesse filho da mãe que quis mandar em mim. Encontro a Larissa e o Gabriel dançando e vou ate eles, dançamos juntos e eu larguei meu celular na bolsa. Dois seguranças chegaram atras de mim e um homem forte, cabelo curto estilo militar com cara de poucos amigos, ele me  olhou e disse.

- Senhorita Katerine, me desculpe mas tenho ordens de levar você em casa.

- disse o homem forte.

- Eu não conheço você, deve ter errado a pessoa. -  disse me virando para os meus amigos que já tinham parado de dançar e estavam parados olhando aquilo tudo.

- Senhorita, por favor não complique as coisas. Meu patrão me mandou aqui disse que já tinha avisado a senhorita.

 Então me lembro das mensagens, aquele homem teve a coragem de fazer isso? que filho da puta, eu vou mata-lo.

- Pois então diga para seu patrão ir a merda, ele não manda em mim. - Disse com uma raiva fora do comum. Vi que a Larissa e o Gabriel se assustaram um pouco, eu não costumo falar assim com ninguém.

Um dos seguranças disse. - Você terá que se retirar senhorita.- Olhei com raivas para aqueles homens, virei para os meus amigos e avisei.

- Pessoal tenho que ir, não se preocupem, é só um problema que depois conto para vocês. - Eu disse.

- Vamos com você Kat. - A Larissa disse e os dois já estavam prontos para irem embora comigo. não quero estragar a noite dos meus amigos e vou aproveitar para saber mais um pouco sobre esse homem que esta me tirando do sério.

- Não precisam, eu vou ficar bem. Aproveitem e não insistam. Beijos - Disse já saindo de perto deles e seguindo aqueles três homens fortes, recebi alguns olhares esquento estava passando mas nem me importei só estava querendo encontrar logo aquele cara.

 Cheguei na porta da balada e um carro enorme preto, com os vidros escuros já estava estacionado. O homem de cabelo com corte militar abriu a porta para mim entrar. Entrei no carro esperando encontrar aquele homem, mas não tinha ninguém lá.

 O homem deu a volta e sentou no banco de motorista. Eu olhei para ele e já fui perguntando.

- Quem é você e quem é o seu patrão?

Ele me olhou pelo retrovisor já saindo da entrada da boate e indo em direção a rua. Depois de alguns minutos finalmente me respondeu.

- Eu me chamo Lucas senhorita, me desculpe mas não posso te falar sobre meu patrão. - Me olhou dando de ombros e virou-se para a rua.

 Depois disso nenhuma palavra foi dita e eu fui pensando em quem era aquele cara e o que ele queria comigo. Uma lembrança me veio a mente.

 Eu estava em um pequeno quarto trancada, já tinha gritado pelo papai durante muito tempo agora estava só com aquele choro silencioso e morrendo de medo. A porta se abriu e o Caio entrou me olhando.

- A partir de hoje seu nome será angel, vá tomar um banho e colocar o vestido que esta no armário.

- Onde vamos? - Eu perguntei assustada para aquele homem. E ele simplesmente me respondeu:

- Não vamos em lugar nenhum, vou ver se fiz um bom negocio angel. - Ele disse me olhando de um jeito estranho e simplesmente saiu pela porta.

Dou um sobressalto assustada e percebo que estava cochilando, respiro fundo tentando acalmar a tremedeira que tomou conta do meu corpo, fecho os olhos esperando apagar os vestígios dessa lembrança de minha mente.

 Olho pela janela e vejo que já chegamos, não espero o Lucas abrir a porta simplesmente saio correndo daquele carro. Ele também sai, olha para mim com uma certa preocupação e diz:

- Ele é uma boa pessoa senhorita, só tenha paciência. - Olho para ele sem saber o que responder, não conheço a pessoa que ele diz. Ele me olha por mais um minuto, entra no carro e vai embora. Respiro fundo com a cabeça cheia. Com certeza essa noite não vou conseguir dormir.

Vida duplaOnde histórias criam vida. Descubra agora