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#Narradora#

Desde a primeira vez que Harry viu Hellen, aquela criatura frágil e cheia de mágoas ele sentiu algo estranho, diferente, com o passar das dias isso foi ficando cada vez mais forte e finalmente ele descobrira o que sentia. Amor. Mas isso era tão novo para ele, Harry nunca pensara que algum dia pudesse amar, mas ele estava errado, o amor que este sente por Hellen é tão forte, que é capaz de enfrentar tudo, agora Harry estava disposto a conquistar o coração de Hellen, custe o que custar, por bem ou por mal, ele não descansaria enquanto ela não o amasse assim como ele à ama, mas depois que Hellen fugiu foi como se seu coração tivesse sido arrancado dele, a mágoa e a rejeição o afetam de uma maneira incrivelmente estranha já que ele nunca ligou para o que achavam ou falavam ao seu respeito, mas quando se trata do seu amor, qualquer palavra ou atitude de rejeição o afetam, o magoam, por mais que ele mantenha sua postura dura e fria seu coração chora a rejeição.
Agora, como forma de desculpas pelo ocorrido (o beijo forçado para quem não se lembra)
ele fez com suas próprias mãos um belo café-da-manhã para sua amada, a mesa estava repleta de vários tipos de comida, frutas e etc...
Hellen ficou maravilhada com o que viu, nunca antes em sua vida vira tanta comida assim, mas logo depois de perceber sua figura parva perante aquilo recompõe-se e volta a sua figura séria.
Mas o que mais a deixou espantada não foi o fato da quantidade de comida que havia a sua frente ou o quão belo aquilo estava mas o fato de quem fez tudo aquilo foi Harry, por breves segundo ela cogitou a idéia de que ele havia envenenado a comida pois não acreditava na hipótese de ele ter feito isso para ela, era tão surreal para ela pensar que alguem fizesse algo para a agradar, tão estranho e incomum pois nem seus próprios pais faziam tal coisa.
Hellen olhou para Harry a espera de alguma resposta ou palavra e este pronunciou-se.

Harry - Pode comer, eu fiz para você - Diz enquanto sorria.

Apesar de tudo o que Harry já lhe havia feito, ela sentiu felicidade, pela primeira vez em muitos anos, seu simples mas tão importante ato fez acender-se algo em seu coração, pois ele apesar de tudo à fez sentir feliz.
Hellen manteu sua postura séria mas por dentro estava pulando de alegria com a idéia de alguem se importar com ela, se ela ao menos soubesse o quanto ele a ama, talvez cedesse, mas seu ódio por ele ainda predominava pois ele tirou dela a única coisa que ainda lhe restara, a liberdade.

Com delicadeza Harry pousou a em frente a mesa repleta de comida, Hellen como já não comia a algum tempo devorou entre frutas, bolos, e pães, estava realmente com muita fome, Harry apenas a observava com um sorriso nos lábios, estava satisfeito por sua amada ter gostado da surpresa.

De momento em momento Hellen olhava para sua frente onde Harry estava sentado à observando, seu olhar nela a incomodava, mas Harry parecia nem perceber-se ou apenas ignorava esse fato, todas as noites, enquanto Hellen dormia, ele a observava, observava sua amada enquanto esta dormia e se perguntava se um dia ele seria o dono do seu amor, imaginava uma vida com ela todas as noites e todas as noites a mesma pergunta o assombrava, será que um dia seria dono do seu amor?

(POV'S HELLEN)

Depois de comer quase tudo que havia naquela mesa me sentia quase explodindo, olhei mais uma vez para o Harry e este continua a olhar para mim.

Eu - Uh, eu vou para o quarto - Falei já pronta para levantar-me.

Harry - Eu te levo.

Eu - Não precisa - Falei e comecei a subir as escadas.

Em segundos já estava no ombro de Harry, sério, to parecendo um saco de batatas assim.

Harry - Eu falei que te levava.

Eu - Urrrgh!!

Chegamos ao quarto e fui pousada na cama, Harry ainda não havia saído o que me deixou um pouco confusa.
Ele me olhava tão fixamente, não desviava o olhar um segundo sequer.

Eu - O que foi? - Perguntei mas o mesmo continuou do mesmo jeito, nem se mexeu.

Harry - O que você acha de um passeio?

Eu - Err, pode ser. - Respondi, já faz algum tempo que não saio daqui para pegar um ar.

Harry - Ótimo, mas... Nem tente fugir, eu vou sempre te encontrar, não importa onde você estiver, e acredite, se o fizer, seus pais é que vão sofrer - Diz frio e sem nenhuma emoção no rosto.
Ele não pode fazer isso, tudo bem que meus pais nunca ligaram pra mim e sempre fizeram questão de jogar na minha cara que eu fui um erro e não duvido que estejam até festejando meu sumiço, mas são meus pais e não quero que sofram por algo que eu fiz.

Harry - Entendeu?

Eu - Sim. - Respondo cabisbaixa.




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