476 30 2
                                    

Assim que me solto dele dou dois passos para trás, ele esboça uma feição de...desilusão? Mas que? Por que raios ele estaria desiludido?!
Sou afastada de meus pensamentos assim que ouço uma voz rouca.

Senhor - Não era para veres isto - Murmurou.

Não consigo mais me conter e faço a pergunta que tanto tinha medo da resposta.

Eu - Foi você que os mataste? - Não sei porque mas minha voz sai fraca, deve ser pelo o que vi alguns minutos atrás.

Ele apenas abaixa a cabeça como que arrependido, não posso acreditar que ele matou aquelas pessoas, a maioria inocentes que certamente nem tiveram uma chance, tudo o que eu consigo sentir é aflição, pânico, medo, raiva... desilusão.

Eu - Ho - É tudo o que consigo dizer com tamanho espanto.

Ele vem na minha direção e como que por estinto dou alguns passos para trás e assim que ele percebe a minha reação à sua aproximação ele para e me olha intensamente, e como sempre aquela sensação de desconforto volta ao meu corpo.
Mas poque raios ele me olha assim?

Senhor - Desculpa - Ele diz quase que inaldivel. Pera aí ele pediu desculpas?! Isso é um milagre, mas, desculpa porque?

Eu - Porquê me está a pedir desculpas?

Senhor - Por... ser como sou contigo, sei que pra você eu sou um completo idiota e que me odeias, e me desculpa por teres visto isto.

Eu - É, você é um completo idiota - Não me aguento e deixo escapar, mas assim que me dou conta do que falei tapo minha boca com as mãos. Ai, e se ele se irritar e fazer o mesmo que fez com aquelas pessoas comigo? Merda.

Ele apenas da uma pequena risada sem humor e me olha e ameaça se aproximar novamente e eu novamente recuo.

Senhor - Você está com medo?
- Fico em silêncio. - Você esta com medo... de mim? - Volta a perguntar e assim como antes me mantendo em silêncio de cabeça baixa.
Sinto ele se aproximar, mas desta vez não recuo, contínuo parada como uma estátua, não consigo me mexer, é como se meus pés estivessem colados ao chão. Ele para à minha frente e lentamente leva uma de suas mãos ao meu rosto o acariciando, logo em seguida levantando meu rosto para poder encara-lo.

Senhor - Ouve bem Hellen, eu nunca te vou machucar, não precisa de ter medo de mim, comigo você está segura, eu sempre vou te proteger, contanto que me ame assim como eu te amo . - Estou paralisada, isso foi uma declaração? Sim, foi. Ele me ama? Impossivel, ninguem nunca iria amar alguem assim como eu, eu sou horrivel. Ele esta pedindo para eu o amar? Deus, no que eu fui me meter.
Minha vida é tão fodida.

Ele aproxima seu rosto do meu lentamente, eu sei o que vem a seguir e eu não quero isso, consigo sentir sua respiração se é que le respira e o vejo a fechar os olhos, ele quer me beija? Não, eu não quero. Quando ele estava prestes a me beijar parece que eu ganho consciência novamente e coloco minha mão no seu peito o afastando, ele abre os olhos e neles eu consigo ver tristeza. Me sinto mal por ser eu a o deixar triste, mas de certa forma ele merece, quer dizer, ele matou varias pessoas inocentes e me prende aqui a ele.

Senhor - Hamm, vamos caminhar - Finalmente, aquele silêncio era constrangedor.

Estávamos caminhando até que o som de sua voz se faz ouvir.

Senhor - Podes me chamar de Harry... Se quiser - Fala nervoso.

Ainda estou envergonhada pelo o que quase aconteceu se eu não tivesse interrompido, mas vamos lá, calma Hellen, tente agir naturalmente como se nada tivesse acontecido, fale normalmente.

Eu - Harry?

Harry - Sim, é o meu nome.

Eu - Hm, está bem...Harry. - Falo e vejo de canto de olho que ele sorri, cristo pai amado, ele tem covinhas, eu amo covinhas *-*
Mas neste caso vou ter que ignorar meu amor por covinhas.
Mas elas são tão fofas *-*
Pare com esses pensamentos sua tarada por covinhas. Eu não sou tarada por covinhas!
Sim, pois, claro que é. Não sou.
É sim. Não sou. É sim. Não sou. É sim. Não sou. É sim, sim e sim, não adianta negar, eu sou seu subcomciente lembra? Ok, eu sou, mas só um bocadinho. Um bocadinho bem grande . Arrrg.
Cala-te já subconsciente. Uii, ta irritadinha é? Te mato. Não pode, assim mataria você também. Qualquer dia desses me jogo de uma ponte. Também não pode, se esqueceu que agora com o senhor covinhas? CALA-TE.
Ok, calei-me. Finalmente!!
Por fim acabei ganhando essa discussão entre mim e o meu subcomciente.

Estava caminhando ao lado do Harry e um vento frio faz contato com minha pele me causando arrepios por todo o corpo, com meus braços tento aquecer-me numa tentativa falha, Harry parece notar e para de andar.

Harry - Está com frio?

Eu - Não. - Minto.

Harry - Não me mintas.

Eu - É eu to com frio - Suspiro derrotada.

Harry - Vamos, lá dentro está mais quentinho, se continuares aqui vai acabar ficando doente.


Eu sinceramente não queria entrar, sabe-se lá quando que eu volto a sair de lá, mas Harry tem razão, se eu continuar aqui vou ficar doente.Entramos e eu vou direto para o "meu" quarto, tomo um banho e troco de roupa.
Estou exausta e preciso imediatamente de descansar, não penso duas vezes antes de me jogar na cama e me aninhar em meio as cobertas.
Acordo bem mais disposta mas a imagem daquelas pessoas ainda estão na minha mente. A declaração. Eu não o amo, como eu posso amar alguem que me prende e que quase me matou?
Bem, é melhor deixar estes pensamentos de lado e ir fazer a janta para o Harry, não quero me atrasar e me meter em problemas.

Estava de pé entretida a brincar com meus dedos enquanto o Harry comia sua comida.

Harry - Tocas piano? - Por essa eu não esperava.

Eu - Sei algumas músicas. - Falo simplesmente.

Harry - Poderias tocar? Adoraria ouvir. - Este sorri.

Eu - Hamm..eu.. - Sou interrompida.

Harry - Por favor - Chama um médico que eu acho que to ficando louca, eu ouvi bem? Ele pediu "por favor"? Devo estar olhando pra ele como se ele fosse um ET.

Eu - Esta bem. - Ando até o piano e me sento no banco que à a sua frente e começo a tocar uma das minhas músicas favoritas. A thousand years. Esta música é simplesmente linda.
Tocava quando vi Harry levantar- se da grande mesa e vir na minha direção. Será que ele não gostou da música e me vai fazer alguma coisa? Estou tremendo de medo, ele disse que nunca me iria magoar mas isso ele já fez uma vez.
Ele senta se ao meu lado e fica ali parado me observando, fico esperando qualquer reação vinda dele mas para minha surpresa ele apenas me observa.
Ele aproxima seu rosto do meu e aí eu começo a ficar assustada com o que possa vir a acontecer mas continuo tocando, ele retira meu cabelo que estava caido sobre meus ombros cobrindo meu pescoço e se aproxima ainda mais, senta-se mais próximo de mim e começa a acariciar meu braço com movimentos de vai e vem, ( não maliciem suas taradas) nunca me tocaram desta forma e não Seibo que vem a seguir, e quando eu penso que já à contato de mais entre nossos corpos ele começa a beijar meu pescoço,beijos demorados e molhados, estou quase tendo um ataque cardíaco, meu coração parece que vai saltar do meu peito, estou com a respiração acelerada e em completo pânico. Paro de tocar e me levanto terminando com o contato que existia entre nós.

Harry - Sai - Notei algo diferente em sua voz.... Dor. Ele esta magoado e fui eu que o magoei, odeio isso porque sei o quanto isto dói e por mais que ele mereça não quero que ele sinta essa dor, a qual já estou tão acostumada. Me odeio por ter um coração tão mole. Mas, ele estava a aproveitar-se de mim, é ele estava, o melhor que eu tenho de fazer é sair daqui imediatamente, por mais que um lado meu grite para eu ficar.

Eu - Boa noite - Digo e saio dali.



△▼△▼△▼△▼△▼△▼△▼△▼△

Genteeee, o que vocês estão achando? Será que o Harry tem alguma chanse com Hellen?
Ou será que o que ela sente por ele é apenas pena? Comentem!



A Floresta Negra || H.S ||Onde histórias criam vida. Descubra agora