Capítulo 13 - Suicídio

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(EMA)

Senti uma força em meu quadriu e cai no chão.

Permaneci com meus olhos fechados e começei a chorar mais alto.

-VOCÊ ESTÁ LOUCA?- ouvi uma voz conhecida gritar e abri meus olhos para olhar- Eu poderia ter a matado!

Ryan se abaixou e ao notar que não respondi, me pôs sentada.

- Você se machucou? - perguntou um pouco mais calmo

Olhei em seu rosto e chorei ainda mais, o mesmo cara que me afunda, é o que estraga meus planos suicidas.

- Fala comigo- pediu tirando meu cabelo do rosto

- Não- sussurrei e ele me pegou no colo. Ele abriu a porta do passageiro e me colocou dentro do seu carro.

Eu não tinha forças para nada, eu só chorava. Ryan entrou no carro, dando partida e me escorei na porta.

Eu queria morrer, principalmente agora, eu não aguentava mais sofrer, o fardo era muito grande para eu carregar.

-Porque atravessou aquela rua?- ouvi Ryan perguntar

-Não quero falar sobre isso- falei baixo e soluçei

Ele suspirou profundamente e percebi que eu não carregava nada, havia deixado minha bolsa e meus pertences no meu carro, mas isso pouco me importava.

Ele estacionou na garagem do meu prédio e despertei do transe.

Ryan me pegou no colo e subiu para o meu apartamento. Quando entramos, ele me colocou no sofá e foi para a cozinha.

(RYAN)

Ela iria se matar, eu sabia disso. Eu estava me sentindo muito culpado, a mulher que amo havia tentado suicídio.

Peguei o primeiro sachê de chá que achei e começei a prepara-lo.
Ema estava com depressão e eu sabia disso desde o momento em que a conheci melhor, eu não poderia ter a tratado tão mal.

Eu tinha apenas que dar um gelo nela, mas acabei a humilhando.

Quando o chá ficou pronto, coloquei em duas xícaras e levei para a sala.

Ela ainda estava da mesma posição em que a deixei, meu coração apertou por isso.

- Tome- falei dando a xícara em sua mão e me sentando na mesa de centro que havia em sua frente.

Tomei um gole longo de chá e tentei controlar ao máximo a minha respiração antes de confirmar minhas suspeitas.

- Você tentou se suicidar?-perguntei e ela me olhou tristemente enquanto tomava seu chá

-Que diferença faz agora? - perguntou

- Só responde, por favor- pedi tentando manter a calma

- Sim- ela sussurrou

- Você não pode...Você ia deixar todos para trás- falei com o coração acelerado

-Que diferença iria fazer, nada está fazendo sentido. Ninguém sentiria minha falta- disse chorosa

EU SENTIRIA A SUA FALTA, EU, EMA!

- E se não fosse eu naquele carro? E se meu carro não tivesse parado a tempo?

-Eu acabaria com o meu sofrimento- disse e se levantou- vou tomar um banho.

Quando ela saiu da sala, me joguei no sofá e respirei profundamente. Ema estava depressiva ao nível máximo e eu piorei tudo.

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