Capítulo 39 - Velho Ryan

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Ema chorava compulsivamente enquanto Anthony repousava em seu colo.

-A mamãe te ama tanto- disse e deixei uma lágrima escorrer

Em abaixou a alça do pijama e Anthony grudou em seu seio com voracidade.

-O Ryan que conheci jamais faria algo tão ruim comigo- ela disse me olhando -Diz que ele ainda está aí!

Engoli seco com as lembranças que vieram em minha cabeça.

Me mexi no sofá e senti meu corpo inteiro doer, quanto tempo eu não dormia em um sofá.

Me sentei nele e ouvi meu pescoço estralar. Olhei para minha perna e notei que ela estava inchada e dolorida.

Fui praticamente pulando até o quarto de Ema, já que não aguentava colocar meu pé no chão.

Bati três vezes na porta do quarto mas não tive resposta, fiquei preocupado e entrei no mesmo, me deparando com uma cena linda: Ema estava jogada na cama com seus cabelos todos jogados em seu travesseiro branco, Naná estava ao seu lado dormindo profundamente.

Sai do seu quarto me vestindo com a roupa de ontem e lavando meu rosto.

Quando estava pronto voltei em seu quarto e ela continuava da mesma posição.

Me sentei ao seu lado e acaricei seus cabelos.

- Em, acorda- sussurrei em seu ouvido e vi sua nunca arrepiar

-Hum- disse abrindo os olhos e me olhando

- Eu já estou de saída, você está bem? - perguntei preocupado

-Sim- disse rouca - e você? Como está sua perna?

- Dolorida, mas está melhor- falei e beijei seu rosto - Tchau anjo, depois eu te ligo.

-Anjo?- perguntou sorrindo e assenti - to mais para capeta!

-Pra mim você é anjo- falei e ela sorriu mais

- Obrigada por tudo- beijou minha mão

- Eu que agradeço- falei beijando perto dos seus lábios-Tchau!

- Tchau- sussurrou e me levantei

Eu tinha me tornado um monstro! Eu deixei o ódio da fulga de Em me cegar.

Eu me tornei um ser frio, capaz de tomar um filho de uma mãe por puro remorso.

Me sentei ao seu lado e me permiti chorar.

-Eu não sei o que está acontecendo comigo- confessei a olhando

Ela segurou minha mão e a acariciou.

Anthony dormiu em seus braços e chorei mais. Meu filho só estava esperando a mãe para se acalmar.

Ema o colocou no berço e acariciou seu rosto.

-Obrigado por me deixar ve-lo - disse quase chorando e abriu a porta da varanda

-Em- a chamei e ela olhou - fica aqui comigo!

Ela fungou e ficamos nos olhando. Eu amava aquela mulher.

Corri e a abraçei forte. Choravamos iguais a crianças! Como me deixei me tornar uma pessoa tão ruim?

Limpei suas lágrimas e senti sua respiração perto da minha boca. Fechei meus olhos e grudei nossos lábios.

Ema envolveu seus dedos em meu cabelo e se entregou aos meus lábios. Era maravilhoso beijar sua boca novamente, aquilo tinha me libertado.

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