3. Acho que não gosto mais de ser prisioneira

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Nossa viagem durou pelo resto do dia, e já estava começando a adormecer novamente quando ouvi os gritos dos soldados, pisquei assustada e o bárbaro me apertou contra ele.

– Chegamos minha lady.

– Oh, até que enfim, preciso de um banho. – ele riu contra meu ouvido.

– Providenciaremos isso, assim que chegarmos.

– Ótimo, e não se esqueça dos meus vestidos.

– Como poderia. Principalmente o vermelho. – virei para olhá-lo e o vi sorrir.

– Está rindo de mim, meu senhor?

– Nunca minha lady. – assenti voltando a virar para frente.

– Ótimo, seria muito rude se o fizesse. Estou exausta também... – me virei para ele, já pretendendo perguntar se eu iria ficar no calabouço, o que seria extremamente rude, mas havíamos entrado nas terras do bárbaro.

Masen eu acho.

Os portões estavam escancarados e os soldados eram alegremente cumprimentados pelo povo que vivia em volta do castelo eu suponho. O bárbaro ficou sério e acenou para o povo e atiçou o cavalo nos levando para o pátio do castelo.

Assim que entramos um homem baixo acompanhando de duas jovens muito bonitas esperavam ao lado das portas largas.

O homem tinha cabelos negros cumpridos e era magrelo e meio estranho, estava curvado, ele me olhava com curiosidade e evitei seu olhar, as moças eram igualmente lindas e muito diferentes ao mesmo tempo. A que estava ao lado do homem baixo, era morena, cabelos negros compridos, e baixinha de feições miúdas, a outra era alta, loira arruivada, com curvas muito acentuadas.

O bárbaro desceu do cavalo e acenou sério para o trio que se aproximou, a baixinha me olhava com um sorriso e sorri de volta, o bárbaro se virou para mim e sorriu enquanto me ajudava a descer do cavalo.

Suas mãos grandes segurando firmemente na minha cintura enquanto me colocava no chão, suspirei quando ele afastou as mãos do meu corpo, e forcei um sorriso.

– Obrigada meu senhor.

– Meu prazer minha lady. – ele se virou para a baixinha e abaixou a cabeça, pois ela era mesmo muito baixa e cochichou algo em seu ouvido, ela me deu um rápido olhar e assentiu vindo em minha direção.

– Olá sou Marie Alice.

– Oh, Sou Marie Isabella.

– Ambas somos Marie. – ela falou alegremente e sorri.

– Verdade.

– Venha, vou lhe mostrar os aposentos.

Suspirei de alivio ao ouvir que iria para meu próprio aposento e dei uma olhada para o bárbaro que me observava, à loira se aproximou dele segurando seu braço de forma possessiva e fiz uma careta e voltei a olhar para onde Marie Alice ia.

Obvio que ele tinha algum compromisso. Então ele não devia ter me abraçado enquanto dormíamos. Ou talvez só eu vi algo inadequado em seu abraço, talvez fosse comum tratar prisioneiros assim.

Eu esperava que não. Pois não podia me imaginar ser abraçada por ninguém além do meu bárbaro.

Seguia Marie Alice, para dentro do castelo, era muito quente dentro e aconchegante, o salão principal, tinha uma elevação onde ficava uma larga mesa com alguns lugares e mesas menores espalhadas pelo grande espaço. Uma imensa lareira se estendia ao canto norte e o fogo ardia e parecia aquecer todo o ambiente.

Marie Alice me guiou para uma escada perto da lareira, a larga escada se estendeu até o segundo andar, e havia mais, mas Marie Alice, me levou por um longo corredor, haviam varias portas, e fomos até a ultima.

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