Capítulo 1

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Adam Colters apertou mais firme o casaco contra si e puxou seu Stetson mais para baixo, quando saiu na neve. Ele desceu pela sinuosa calçada até o correio, o rosto entorpecido pelo vento.
O inverno mal começara e ele já estava inquieto. O chalé estava silencioso, alojando apenas a ele e seus dois irmãos até a próxima estação de caça quando os clientes encheriam o local. Por dez anos ele viveu para a temporada, quando podia guiar caçadores para as montanhas.
Mas agora se sentia irritado. Insatisfeito, abriu a caixa postal e pegou a pilha de envelopes. Caminhou de volta para casa, separando as cartas para jogar fora, quando um flash colorido chamou sua atenção. Piscou, tentando focalizar. Lá amontoado num fosso, meio coberto pela neve, tinha uma pessoa.
Soltando as cartas se apressou naquela direção e ajoelhou-se na neve. Com medo do que iria encontrar, pegou no ombro pequeno e sacudiu a pessoa. Para sua surpresa era uma mulher. Uma linda mulher.
Ele procurou sua pulsação contendo a respiração, até que sentiu um leve tremor no pescoço. Tirou a neve do rosto e afastou os cabelos loiros da fronte. Como ela teria chegado ali?
Pegou o corpo leve nos braços, levantou-se e caminhou a passos largos pelo caminho. Olhou o lindo rosto pálido sentindo uma pontada na virilha. Uma picada afiada percorria sua espinha e se viu invadido por emoções desconhecidas. Raiva, possessividade, preocupação, simples e pura luxúria.
Seu membro estava inchado na calça jeans que ficava cada vez mais apertada. Foi assaltado pela impressão que era ela, a sua mulher. Nunca tinha reagido tão fortemente a uma mulher, e certamente não a uma de quem nada sabia, mas também sabia que não importava, seus irmãos poderiam não concordar com a presença dela.
De qualquer modo, não poderia deixá-la congelar até a morte. Não pensaria em seus irmãos até ter certeza de que ela não morreria.
Quando entrou em casa, Ethan levantou os olhos do sofá, onde estivera lendo. Soltou o livro quando viu a mulher nos braços de Adam.

- Que diabos esta acontecendo? - exigiu, levantando-se.

- Eu a achei lá fora, no fosso - Adam murmurou examinado seu irmão para ver sua reação. Ethan encurtou a distância entre eles e baixou os olhos para a mulher.

- Está viva?

- O que está acontecendo? - Ryan perguntou, quando entrou na sala de estar. Sua expressão era impenetrável, um olhar que era sua segunda natureza desde que deu baixa do exército. Pela primeira vez em um longo tempo, Adam sentiu uma onda de esperança. Ele daria qualquer coisa para poder tirar Ryan do inferno particular em que ele vivia. Se ela fosse à mulher...
Adam voltou sua atenção para a mulher em seus braços.

- Preciso aquecê-la. Vá preparar um banho quente enquanto eu tiro essas roupas molhadas - pediu a Ryan.
Ethan levantou uma sobrancelha.

- Você vai despi-la aqui?
Adam encolheu os ombros.

- Duvido que a modéstia seja importante quando você está morrendo congelado. - Os olhos de Ethan escureceram e ele se aproximou mais da mulher. Levou a mão até sua face.

- Ela é bonita - ele disse rouco.
Quando olhou novamente para Adam, seus olhos brilhavam com múltiplas emoções: desejo, ternura e possessividade. Adam sentiu uma onda de triunfo. Ethan também sentia.

- O que vocês estão fazendo? - Ryan perguntou quando voltou para sala.

- O banho está pronto? - perguntou Adam.
Ryan concordou com a cabeça e Adam passou rapidamente por ele.

- Ethan explicará - disse vivamente.

Adam caminhou até seu quarto e suavemente a deitou na cama. Ela não tinha sequer um casaco. Fechando a cara ele começou a tirar o suéter molhado. Ela estava gelada.
Quando puxou o suéter por cima da cabeça prendeu a respiração. O pequeno sutiã que vestia não cobria muito de seus seios. A segunda coisa que notou foi uma contusão grande que arruinava a pele de porcelana. Cobria uma área do tamanho de sua mão. E ele tinha mãos grandes.
Ela teria se envolvido em algum tipo de acidente? E o que estava fazendo caída no fosso? Ele continuou seu trabalho, puxando a calça jeans úmida por suas pernas. Quando rolou o tecido para baixo, percebeu os pêlos escuros claramente esboçados em sua roupa íntima. Então, ela não era naturalmente loira.
Sofrendo só um instante de culpa, ele rolou o fragmento de seda por suas pernas abaixo e tirou o sutiã, deixando-a completamente despida e a olhou. Não achava possível ficar mais duro.
Todos os nervos do seu corpo estavam em alerta. Bastaria um toque e ele explodiria, praguejou veementemente e lutou para controlar seus furiosos hormônios. Ela estava inconsciente e ferida, e tudo que ele conseguia pensar era em mergulhar seu membro tão fundo dentro dela que a converteria em sua para sempre.
Apertando as mãos, ele examinou seus membros em busca de qualquer sinal de fratura. A pele estava fria, mas não apresentava nenhum sinal de ulceração. O banho não deveria fazer nenhum mal.
Com grande cuidado levantou o corpo nu e saiu do quarto em direção ao banheiro que compartilhava com os irmãos. Era do tamanho de um quarto, com dois chuveiros e uma jacuzi. Do outro lado, na parede forrada tinham quatro pias. Uma indicação que um dia haveria uma mulher para compartilhar suas vidas. A banheira estava cheia e se debruçou sobre a banheira para colocá-la na água morna. Ela deu um gemido, mas não abriu os olhos. Ele a segurou para que não escorregasse na banheira.
Voltou-se quando ouviu a porta sendo aberta. Ryan estava lá, com os olhos escurecidos.

A Mulher dos ColtersOnde histórias criam vida. Descubra agora