Capítulo 3

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- Você quer conhecer o João, Cris? - A Carina me pergunta, entrando no meu quarto - sem bater na porta, alias.

- Quando? - Pergunto parando o que estava fazendo e me virando pra ela.

- Ele vai me levar na escola amanhã e você poderia ir também, só pra conhecê-lo.

- Não vou te incomodar?

- De jeito nenhum!

- Então, eu vou.

- Boa noite, irmãzinha. - Dito isso, ela sai do meu quarto.

(...)

- Anda, Carina! Ele já está nos esperando! - Grito, apressando minha irmã.

- Já tô indo! - Ela grita descendo às escadas.

Agora entendi porquê ela demorou tanto para se arrumar. Se ela me dissesse que estava indo num desfile de moda, faria mais sentido. Nem a camiseta da escola ela estava usando. Vantagens de ser do 3° ano. 

- Não acha que tá muito exagerada não? - Pergunto enquanto abro a porta.

- Não! - Ela diz  e sai andando na minha frente.

Termino de trancar a porta e - depois de conferir que tudo estava trancado, claro - vou em direção ao quarto do meu mais novo cunhado.

Ele já tinha aberto a porta de trás pra mim entrar. 

- Oi. - Digo.

- Oi. Cris, não é? - Ele diz dando a partida no quarto.

- Sim.

- Sua irmã falou muito de você.

- Espero que tenha falado bem.

- Só coisas boas. - A Carina diz.

O caminho todo fomos conversando. Ele era um cara legal, espero que minha irmã tenha o bom senso de ficar com ele por mais de dois meses - que foi o tempo recorde dos namoros dela que eu já presenciei. 

O nome dele é João, tem 20 anos e está no segundo ano de faculdade de engenharia mecânica. Aparentemente, ele tem cara de ser bom garoto. Eu fui muito com a cara dele e - pelo que parece - ele também foi com a minha.

 Nenhum dos quatrocentos - nem aumentei a quantidade, magina - namorados que a Carina teve eu já fui com a cara. Obvio que eu não fui com a cara de nenhum dos outros namorados dela, sabem aquelas pessoas que tem cara de maconheira? Então, todos os namorados que a Carina já teve tinham cara de maconheiros e eram vagabundos. Esse é o único. 

Não demorou muito e chegamos na escola. Me despedi do João, e deixei eles sozinhos no carro e fui me encontrar com a Larissa. Não perderia a oportunidade de contar pra ela todas as "novidades" já que quase nunca tínhamos um assunto interessante a se tratar. Não que esse fosse importante, mas já é uma coisa. 

Antes que eu achasse minha amiga, sinto uma mão me puxando para si. 

- Oi. - A voz que eu tanto conheço falou no meu ouvido. John.

- Oi, John. 

Ele ergueu meu rosto e me deu um beijo.

Assim que nos separamos, ele colocou a mão na minha cintura e andamos assim até o ponto onde sempre encontramos a Larissa.

- Por que está tanto carinhoso assim? - Pergunto - Pelo que eu saiba, você não tem TPM. 

- Não posso ser carinhoso com a minha namorada? - Ele pergunta me encarando com uma sobrancelha erguida.

- Claro que pode, mas achei que pudesse ter algum motivo em especial. 

- Eu só tenho uma namorada que eu amo muito e quero demonstrar para o mundo todo. Isso conta como um motivo em especial?

- A sua namorada já sabe que você a ama muito.

- Mas eu quero que todo o mundo saiba.

- O mundo eu não sei, mas tenho certeza que a escola inteira sabe.

- Era isso mesmo que eu queria. - Ele diz e dá um beijo na minha bochecha.

Fomos interrompidos pelo nosso momento casal, por uma figura loira brava vindo em nossa direção.

- Que bonito vocês dois! Eu, sozinha e indefesa, pensando que alguma coisa tinha acontecido com vocês e me deparo com essa cena linda! - Larissa diz e se vira pra mim - Poxa Cris, ontem eu te dei casa, comida, conforto e você faz isso comigo! Pensei que eramos amigas, sua falsiane! 

- Calma, Larissa. Eu te amo, nunca te abandonaria. - Eu digo.

- Bom mesmo! 

Depois dela terminar de dizer aquilo, o sinal tocou e nós todos fomos para a nossa sala.

***

Oi pessoas!

Desculpem pelo capitulo não estar tão grande quanto costuma ser, mas é minhas aulas começaram hoje - chorinho :'( - então não tenho mais tanto tempo pra escrever, mas tá aí o capitulo!

Beijos!


O Namorado da minha Irmã - HIATUSOnde histórias criam vida. Descubra agora