Capturado por essa sereia

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Luca

No caminho para casa, eu só conseguia pensar na Amy. Aquela menina tinha algo que mexia comigo. Confesso que não falava com ela por achar que ela seria criança e enjoada, mas nem sei porque pensava desse jeito, ela não parece ser assim. E também nunca tinha reparado no corpo lindo que ela tem. Sério, que corpo! Mas Amy tinha alguma coisa de diferente, acho que o sorriso dela ou o brilho nos olhos. Ela não era nada de "especial", como loira, de olhos claros e coisa assim. Era uma morena linda, de olhos tão escuros e cabelos do mesmo tom.

Depois de passarmos quase dois meses conversando, percebi que tinha algo diferente. Não sabia se ela também se sentia assim, mas resolvi arriscar. Eu demorei a admitir a mim mesmo que estava mudando, e quando conversei com Peter, percebi que era de verdade. Eu sentia por ela mais do que atração física. Amy era meiga e carinhosa, safada e cachorra. Essa mistura me deixava louco, e eu amava cada vez mais conhecer mais dela.

-Oi mãe. -Atendi o celular que não parava de tocar-
-Filho, que horas você vem pra casa? Precisamos sair pra resolver as coisas no banco. Anda logo. Peter já deve estar de saco cheio de você. -Ela brincou. É, pois é, ela não sabia que eu tinha dormido na casa da Talita, amiga da Amy. E não a "minha" Amy. E também não sabia que tínhamos dado um tempo, que muito provavelmente se tornaria um término-
-Já estou chegando, mãe. Desculpa por decidir de última hora, mas eu não queria ter que dirigir demais até em casa de madrugada.
-Tudo bem, querido. Estamos te esperando, beijos. -Me despedi também e desliguei-

Liguei o rádio e a música que tocava era da bandinha que Amy gostava. Ri lembrando da nossa briguinha por ela ser fã deles. Eles tinham um som maneiro, até ouviria, mas não daria a ela esse luxo. Ela tinha bom gosto, também ouvia muito Jeremih, Bieber, The Weeknd, Drake, músicas assim. Era meu estilo de música e quase não acreditei por conhecer uma menina que também gostava. Sem falar dos raps que ela ouve e ainda sabe cantar. A cada detalhe que me lembrava dela, me fazia ficar mais encantado.

Mas eu precisava saber se ela estava como eu. Se ela sentia o coração mudar o batimento quando ouvia minha risada, ou se ela se sentia feliz por me ver sorrindo. Se ela se excitava tanto quanto eu, quando eu falava alguma putaria. Se ansiava por me encontrar no colégio. Eram muitos "se" que eu queria descobrir se eram verdadeiros. E eu não pouparia esforços, por isso decidi chamá-la para almoçar comigo amanhã. Quero mostrar a ela o quanto nos divertimos juntos, e, quem sabe, ter uma chance de ficar com ela.

O caminho que durou quarenta minutos, pareceu apenas dez. Saí do carro e encontrei minha mãe na porta da cozinha, me esperando entrar em casa. A abracei apertado, levantando-a a centímetros do chão e beijei o topo de sua cabeça. Meu pai estava sentado no banco da cozinha vendo o jornal que passava na TV. O cumprimentei com um aperto de mão e abraço de lado. Minha mãe avisou que estavam saindo e que demorariam. Ótimo, ficar sozinho em casa.

Peguei o celular e mandei uma mensagem pra Amy. Eu consegui seu número de celular (finalmente), graças a sua amiga. Achei que ela fosse me passar! De tanto que conversávamos pelo snap.

"Vaca"

"nossa quanto amor". "oi cara de cu"

"kkk você é mt lerda.. 2 anos conv pelo snap"

"ah eu? kkkk com certeza"

"é, vc que manda mais snap kkk"

"eu? vc que começou! sabe disso kkk"

"kkkkk a culpa não foi minha de vc ter respondido"

"e nem minha de vc não ter pedido meu num"

Sorri olhando para a tela do celular. Teríamos uma discussão pela frente, e eu teria que ganhar. Gosto de implicar com ela, mesmo que seja de brincadeira, gosto de vê-la irritadinha. Acaba sendo sexy o jeito que ela serra os olhos e une as sombrancelhas, me da vontade de beijá-la. Quando eu não tenho essa vontade?

Bloqueei o celular, esperando que ela me respondesse, e preparei algo pra comer. Já eram seis horas e me lembrei que em um pouco menos de vinte e quatro horas eu teria um encontro com Amy. Não sou garoto de encontros, e nem sei se deveria chamar isso assim, mas eu gostava de ficar sozinho com ela. E eu ainda estava nervoso, por que? Eu não precisaria conquistá-la, nem agir como o cara certinho dos encontros. Só precisaria ser eu mesmo e fazê-la sorrir, porque era isso que eu queria, ver Amy feliz.

Eu gostava de quem eu era com ela, alguém relaxado, engraçado, implicante, quem eu queria ser. Não precisava fingir nada, como um sorriso ou educação. Eu podia ser um idiota (de brincadeira, claro), e Amy riria e me mandaria tomar no cu, ou só me mostraria o dedo. E eu queria continuar assim, sendo feliz ao lado dessa Amy, a linda morena de temperamento esquentado (de ambos jeitos).

Acho que havia sido capturado por essa sereia. E não podia ser uma melhor.

×××

YES YES YES!!!! olha eleeeee, o menino ta apaixonado gente, não é possível. Fica com a Amy sereia logo, pelo amor!

Gostaram do cap no pensamento dele??? Comentem o que acharam, amores. NÃO TENHAM MEDO, VOCÊS NAO SERÃO PRESOS OU MORTOS POR ISSO! kkkkk

Bjss, meus leitores, amo vocês!! ❤❤❤

amanda

just snap itOnde histórias criam vida. Descubra agora