Capítulo 12

3K 130 9
                                    


Quando amanheceu, Anahí se levantou em silencio, deixando-o sozinho na cama, e retornou ao seu quarto. Robert dormia abraçado a Kristen, ele deitado com a cabeça no colo dela, prendendo-a com seu peso. Christopher e Madison já era ao contrário; pela barriga enorme ela não tinha outra posição a dormir que não fosse de lado, e ele estava abraçando-a pelas costas, o rosto aninhado em seus cabelos.

Edmundo: Hey, acorde. – Disse, cutucando Dulce.

Dulce: Eu vou matar você. – Gemeu, afundando a cabeça no travesseiro. Edmundo continuou cutucando-a. – Pelo amor de Deus.

Edmundo: Acorde e brilhe, estrelinha. – Continuou. Dulce abriu um dos olhos, fuzilando-o – Kristen sumiu. – Avisou.

Dulce: Procure no quarto de Robert. – Disse, dando as costas a ele. Edmundo riu.


Edmundo: Vamos, saia daí. – Disse, descobrindo ela. Dulce usava uma camisola da cor do cabelo. Ela encolheu as pernas quando ele a descobriu – Você tem noção de que 90% das suas coxas estão expostas agora? Mas tudo bem, continue se encolhendo. A visão está ficando ótima. – Comentou, cruzando os braços, satisfeito. Dulce gemeu novamente, dando murros na cama.

Dulce: Eu estou com sono. – Contestou – Edmundo, me largue! – Disse, quando ele a carregou.

Edmundo: Eu tenho certeza de que o vento da noite deixou o reservatório de água frio o suficiente pra espantar o seu sono. – Disse, tranqüilo. Dulce arregalou os olhos, encarando-o.

E começou uma briga corporal ali. Quando Edmundo passou pro banheiro, Dulce se agarrou no portal, rindo, os cabelos caindo pelo rosto, fincando pé no chão. Aquilo durou por minutos. Alfonso acordou com um dos gritos de Dulce, e viu a cama vazia . É, não podia esperar mais mesmo. Anahí, em seu quarto, saía do banho, penteando os cabelos molhados, tranqüila. Robert acordou primeiro, se agarrando mais a Kristen, que tinha o pescoço lotado de mordidas.

Robert: Bom dia. – Disse, sentindo-a alerta.

Kristen: Bom dia. – Ela se espreguiçou, cansada. Então suspirou. Depois de um instante de silencio... – Sabe que isso não muda o fato de que você me traiu, não é?

Robert: Não vai me perdoar nunca? – Perguntou, tirando o cabelo dela de seu rosto.

Kristen: Eu confiava em você.

Robert: Não tenho direito a uma segunda chance? – Insistiu, quieto.

Kristen: Não estrague o momento. – Pediu, acariciando o rosto dele. Robert sorriu – Vamos dormir mais um pouco. – Propôs.

E ele aceitou. A abraçou direito, e logo os dois haviam dormido novamente. A mulher de Christopher acordou antes que ele. Ela o viu dormindo, o rosto tão inocente, tão... Humano. Aquele tipo de beleza não deveria ser classificada, muito menos por humana. Ela se soltou dele com cuidado, selando seus lábios, e se levantou. A torre era enorme, um apartamento por si só, porém apenas a suíte. Ela caminhou, descalça, até a porta, e saiu. Desceu as escadas calmamente, acariciando a barriga de modo distraído. Usava uma camisola de alcinhas, feita de uma seda tão negra que se confundia com seus cabelos. Ao terminar de descer a escadaria da torre, o mordomo estava lá embaixo, aguardando-a.


Mordomo: Bom dia, mi ladie. – Disse, satisfeito, mas encarava o chão. O único dela que chegou a ver foi quando os pés pálidos tocaram o chão do térreo. Ela sorriu de canto.

Madison: Bom dia. – Respondeu, tirando o cabelo do rosto. Ela pegou o longo cabelo pondo-o em cima do ombro. Um erro. Seus ombros já estavam expostos antes, e agora as costas também – Meu marido ainda dorme, então cuidado com o barulho ao levar o café, sim? – Instruiu.

Mordomo: Certamente. Algum pedido em especial? – Perguntou, olhando pra baixo. Ainda assim parecia satisfeito.

Madison: Croissants. Frescos, por favor. E nós vamos sair hoje à tarde, eu tenho médico, faça com que o carro de Christopher esteja pronto. É só. Mande o café daqui há... 20 minutos. – Disse, tranqüila.

O mordomo ia assentir, quando algo ocorreu. A porta principal do chalé se abriu, o sol forte da manhã inundando o hall de entrada. Madison, que estava de costas pra porta, recebeu todo o sol nas costas. O mordomo, na surpresa, até se atreveu a olhar pra ela. Ela estava com os olhos negros arregalados a frente, o sol delineando seu rosto. Madison entreabriu os lábios, como se estivesse refreando um ato da maxilar, e respirou fundo. Ela virou o rosto de leve, pra ver quem tinha se atrevido, e a tonalidade de seu rosto a luz do sol foi estranha. Seus olhos pareciam opacos. Logo ela se virou, protegendo o rosto novamente. Já vira o suficiente. O mordomo já voltara a olhar pro chão.

Madison: Feche a maldita porta. – Rosnou, e seu bom humor se fora absolutamente. O mordomo aquiesceu, e em alguns segundos a porta se fechou, bloqueando o sol. Ela respirou fundo, antes de se virar.

Havia uma mulher parada no portal. Era branca, tinha os cabelos de um louro claro, que caia liso até o meio das costas. Seus olhos eram azuis, assim como o vestido que usava. Tinha traços finos. Principalmente; tinha alguns traços de Christopher.

Madison: Alexandra. – Cumprimentou, se virando pra sogra. Seu rosto ainda não se recuperara do ódio pela afronta com o sol; era ameaçador só de olhar, dispensando a voz, que era um silvo. O mais alarmante: A outra não recuou.

P.S.: Eu Te Amo (Livro 03)Onde histórias criam vida. Descubra agora