A Melhor Coisa Que Me Aconteceu (HIATUS)

Capítulo 1

Justin
Apenas uma garota vagando no escuro da noite, o que será que ela tem? Eu sempre a vejo por aí. Caminhei mais rápido até alcança-la.

-Oi. -A cumprimentei com um sorriso.

-Quem é você? -Ela perguntou, chorando.

-Por que está chorando? -Eu realmente queria saber por que ela estava chorando.

-Eu perguntei primeiro. -Respondeu sendo arrogante.

-Justin, então? -Estava esperando a resposta, mas a arrogância continuou.

-Estou chorando porque estou com vontade, não posso? -Ela me encarou com uma expressão cínica e com um sorriso falso.

-Pode, mas... -Me interrompeu antes de concluir a frase.

-Mas nada, só isso? Ou tem mais pergunta? Vai escrever um livro sobre minha vida? Ou criar uma página no Wikipédia?

-Você poderia parar de grosseria.

-Poderia, mas não vou. Não tenho motivos pra isso.

-Ok, não quer me contar nada? -O que eu tenho na cabeça? A garota não quer falar comigo e eu fico aqui insistindo.

-Porque eu contaria minha vida de merda para alguém que nem conheço que me parou na rua a uma hora dessas? -Ela tinha razão. Porque contaria coisas sobre ela pra mim? Uma pessoa que ela nunca viu. Que a para na rua, que por sinal estava deserta e no meio da noite.

-Você tem razão, mas eu estou sendo educado e olha como me trata?

-Eu não pedi pra você ser legal comigo e muito menos pedi pra você vir falar comigo. Quer que eu te trate como se eu nem te conheço e você me para na rua à noite me enchendo de perguntas, como posso saber se não é um maníaco, tarado, assassino? O que você quer hein?

-Ok, quando precisar de alguma coisa, minha casa é a duas quadras daqui.

-Por que acha que vou precisar de você? Você é maluco.

Ela virou as costas e foi embora, é eu acho que estou maluco mesmo, convidando uma desconhecida pra ir a minha casa e ainda é grossa, eu sendo legal e ela me trata mal desse jeito, mas ela tem razão, como saber o que sou ou quem sou? Posso ser qualquer tipo de pessoa e porque eu ofereci ajuda? Simples, ela parece ser cheia de problemas e parece ser meio sozinha também e uma pessoa assim sempre precisa de ajuda.

Marina
Menino maluco me para na rua mais de onze da noite e começa com um monte de perguntas, vai entender essas pessoas de hoje em dia. Até parece que vou ir atrás de ajuda dele, eu sei bem o que ele quer. Esses mauricinhos só querem sexo e mais sexo, deve ser outro filhinho de mamãe e papai querendo se aproveitar das garotas na calada da noite e isso me irrita profundamente.

-Oi amor. -Meloso. Acabei de chegar à casa de Gustavo, ele é meu namorado, um pé no saco, mas eu preciso dele e também é um amigo, sempre me ajudou muito.

-Oi. -Respondi fria, já estou estressada e ele com todo esse mel, só pioram as coisas, não que eu não goste, é talvez eu não goste, mas é que eu não gosto dele desse jeito, só gosto dele como amigo e o jeito meloso dele me irrita por isso.

-Que foi? -Perguntou se aproximando e me encarando.

-Nada.

-Tem certeza que não é nada?

-Não é nada. Na-da. -Ele me olhou com a sobrancelha erguida e fez um leve bico.

-Já sei, é TPM. -Revirei os olhos.

-Não, eu só estou estressada. -Respondi simples.

-Por quê? -Mas que merda, que insistência.