Capítulo 8

75 4 0
                                    

Nova Jersey     quarta-feira     9 de novembro de 2016    12:46am
Marina
Ele ficou em silêncio por um tempo, pensei que ele não ia dizer nada, mas ele suspirou.

-Obrigado, eu gosto muito de você também. –Depositei um beijo em sua testa.

-Tem horas que eu tenho vontade de pegar você e te apertar bem forte. –Puxei seus fios de leve.

-Pode apertar eu deixo. –Falou rindo e eu ri junto.

-Levanta vai.

-Por quê? –Perguntou todo curioso.

-Porque eu estou mandando. –Ele me olhou desconfiado e levantou, eu levantei e abracei-o bem forte, o derrubando na cama e ele começou rir, eu o apertei mais e mordi o braço dele.

-Ai! Sua canibal. –O soltei e nós rimos.

-Pronto. Agora vamos dormir? –Levantei, peguei um travesseiro e comecei a bater nele com o mesmo. –Anda seu preguiçoso, eu quero dormir. –Falei enquanto batia nele.

-Mas eu não quero. –Disse ficando de pé em cima da cama e eu parei de bater nele.

-Anda Justin. Amanhã eu tenho que ir trabalhar.

-Você trabalha? –Perguntou sem entender.

-Como acha que eu vivi por esse tempo? –Ele ergueu a sobrancelha e não disse nada. –Que foi?

-Nada.

-Como nada?

-Você não vai voltar a estudar, não é mesmo? –Desceu da cama e ficou ao meu lado.

-Eu não disse que ia? Então eu vou. Não precisa se preocupar. –Ele ergueu a sobrancelha e concordou, foi até o banheiro e eu fiquei esperando. –Justin.

-Oi. –Apareceu no quarto enxugando o rosto com uma toalha de rosto.

-Onde estão minhas coisas? Eu quero escovar meus dentes.

-Estão lá embaixo, se quiser pode usar minha escova, eu não tenho nenhuma doença. –Nós rimos ele é tão bobo.

-Então eu uso, saiba que eu também não tenho nenhuma doença. –Rimos novamente e eu fui para o banheiro, ele veio atrás e pendurou a toalha de rosto em um cabide de pressão, saiu me deixando sozinha. Escovei os dentes com as coisas dele, lavei o rosto e usei a mesma toalhinha que ele usou. Saí do banheiro e ele estava sentado na cama com a cabeça abaixada vendo um álbum de fotos que estava em seu colo. Sentei-me ao seu lado e percebi que ele estava sorrindo, tinha uma foto que estava ele, uma garota e mais três meninos. –Quem são?

-Meus amigos.

-Seus amigos? Não sabia que você tinha amigos.

-Eles são mais velhos que eu, já foram pra faculdade. Eu namorei com ela. –Ele apontou o dedo para a garota, ela era muito bonita. –Mas isso já faz tempo, eu deveria ter uns 11 ou 12 anos, namoramos por oito meses, terminamos porque era estranho, não nascemos para ficarmos juntos, nos conhecíamos desde sempre, crescemos juntos praticamente, ela era uma irmã pra mim. Nunca tivemos uma briga durante o relacionamento e agora eu perdi contato com todos eles, menos com Ryan, eu poderia falar com eles por alguma rede social, mas não sei, eles estão vivendo a vida deles, eu não sei se eles mudaram.

-Você deveria tentar, eles não eram seus amigos? –Ele fez que sim com a cabeça. –Então, se eram seus amigos de verdade, vão agir normalmente. Não tem nada de mais em falar com eles.

-Eu sei. –Ele riu e mexeu a cabeça negativamente. –Eu sou muito idiota.

-É eu sei. Vamos dormir agora? Eu estou mesmo com sono.

A Melhor Coisa Que Me Aconteceu (HIATUS)Onde histórias criam vida. Descubra agora