Finalmente chegou o dia dos meus amigos irem embora para sua casa, eu sorria para eles e dizia que tudo ficaria bem porém a verdade é que eu estou apavorada. A ajuda deles foi fundamental no primeiro mês dos gêmeos, mas agora eu precisava fazer isso sozinha afinal eles também tinham uma vida, que no momento eu estava atrapalhando. Gus mudou o berço dos bebes para o meu quarto essa semana, fiquei meio paranoica que eles iriam chorar e eu não iria ouvir.
-Al, você tem certeza? Mesmo? Paola me olha com o cenho um pouco franzindo, a verdade é que tanto ela como Gustavo estavam muito apegados já a Kat e Noah e não queriam ir. Eu sorri com o pensamento.
-Pa, vá pra sua casa. Eu já fiquei traumatizada o suficiente para uma vida ouvindo vocês transarem no fim do corredor. Não quero que meus bebes machuquem seus ouvidos. Brinquei com ela e rimos alto. Gus vem descendo as escadas com uma cara de cachorro que caiu da mudança.
-Fui me despedir dos meus afilhados, e tenho que te dizer Al. Eles estão muito tristes, muito mesmo que eu irei embora. Ele fez beicinho.
-Tenho certeza de que eles vão sobreviver, não é como se vocês nunca mais fossem vir aqui. Até porque, sei que estarão aqui algumas vezes ao dia.
-Não sei não, não Al. Tem certeza?
Eu olho para Paola e sei que ela entende que preciso fazer isso um pouco sozinha.
-Parem de me perguntar se tenho certeza. Eu tenho. Se por acaso algo sair dos trilhos eu ligo para vocês na hora, pode ser?
Tentei tranquiliza-los.
-Tudo bem, se algo acontecer nos ligue. Paola diz solenemente.
-Ok, agora, vão para sua casa e batizem cada superfície plana que ainda não foi batizada.
Nós rimos e dissemos adeus.
Quando fecho a porta atrás de mim, ouço o silencio de minha casa e suspiro. Mais alguns meses e tenho certeza de que não será assim. Subo para o meu quarto para dar uma espiada em Kat e Noah, eles estão dormindo e eu amo observar eles dormirem.
Estão dormindo pacificamente, Noah está com os dois bracinhos esticados acima de sua cabeça e um pequeno sorriso no rosto, quase imperceptível e Kat está com uma mão sobre seu coração e o outro bracinho também esticados acima de sua cabeça.
Eles cresceram tanto nesse um mês que passou que fiquei assustada e liguei para o pediatra deles para perguntar se era normal. O médico riu de mim e disse que era perfeitamente normal, que ambos eram crianças saudáveis.
***
Já faz alguns dias que fiquei sozinha com as crianças, já posso dizer que virei uma especialista nos meus filhos. Não sei se é o chamado instinto materno o sei lá o que, mas eu já posso dizer que sinto as necessidades deles. Noah não gosta muito de banho e chora quase durante o banho inteiro e espero que isso passe conforme ele cresça senão já me vejo em algumas situações difíceis com ele. Kat não gosta da escovinha em seus cabelos que para um bebe de quase dois meses ela tem uma quantidade enorme de cabelo em sua pequena cabecinha e por isso gosto de penteá-los e colocar uma tiara nela, mas ela odeia esse processo e me imaginei daqui uns cinco anos correndo atrás dela pela casa empunhando uma escova de cabelo.
Agora eles estão sentados em suas cadeirinhas na minha frente comendo suas mãos enquanto eu assisto um pouco de televisão e dobro suas roupinhas recém lavadas. Eles fazem uns grunhidos que eu acho tão fofinho que tenho vontade de esmaga-los contra o meu peito.
***
Minha volta ao trabalho foi um pouco difícil, eu não queria deixar meus filhos mesmo sabendo que eles estavam em ótimas mãos. Deus, eles estão tão grandes, com apenas seis meses eles já são muito espertos e querem colocar tudo na boca e fico me perguntando se as babas da creche da empresa estarão prestando atenção suficiente neles com tantas outras crianças ali.
-Relaxe Alicia, eles vão ficar bem. Você não é a primeira mãe a chorar por deixar seus bebes na creche pela primeira vez e não será a última. Eles estão seguros e sempre que você querer ver eles ou saber como estão, apenas nos ligue ou venha aqui.
Encho Noah e Kat de beijos e abraços e eles me retribuem com sorrisos babões, finalmente consigo deixá-los e ir em direção ao meu andar.
Quando chego ao escritório do Sr. Robert e a menina que me substituiu me coloca a par dos últimos acontecimentos e da agenda de Robert. Sim. Tenho essa intimidade com meu chefe porque ele diz que se sente um velho quando alguém o chama de senhor, sentiu a ironia né. Sua esposa Rita também é uma senhora muito amável e fico sabendo que eles estão em seu escritório e decido ir lá e dizer Olá.
Bato na porta duas vezes e espero autorização para entrar.
-Alicia, minha querida que surpresa agradável! Isso foi Rita que já está me puxando para um abraço, porque ela é carinhosa assim com todos. Uma grande mãe e aqui na empresa todos amam ela.
-Olá Rita! É bom estar de volta e poder falar com adultos. Dou a eles uma piscada e eles riem comigo.
-Alicia, ainda que você voltou. Senti sua falta menina. Esse era meu chefe, sempre tão atencioso com todos. Beijou minha bochecha e voltou para sua esposa.
-Também senti falta de você Robert. Sorri para ele.
-E como estão aqueles lindos bebezinhos que você tem? Robert pergunta e Rita acena concordo com a pergunta e seus olhos brilham de animação. Eles foram visitar os bebes quando eles estavam com três meses porque eles não queriam me incomodar com visitas sendo os bebes tão pequenos ainda. Por isso esperaram eles crescerem um pouco.
-Estão grandes, saudáveis, e espertos. Me deixam louca as vezes, mas amo aquelas crianças.
Puxando meu celular, mostro várias fotos de Kat e Noah e eles soltam vários aaahs e Ouns para os meus filhos.
-Alicia querida, preciso ir. Mas foi ótimo vê-la de novo, de meu amor para aquelas fofuras.
- Obrigada Rita, eu darei. Ela sai e me viro para Robert que está sorrindo em sua mesa.
-Sente-se Alicia, precisamos ter uma conversar.
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Imprevisto
RomanceImprevisto. Imprevisto é uma palavra que serve para qualificar um acontecimento não previsto, inesperado ou surpreendente. Quando Alicia Albuquerque conhece Sebastian Black ela não espera nada além de uma noite explosiva. Ela não quer relacionamento...