Capítulo 17

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Quando Sebastian e eu chegamos a minha casa nos tornamos frenéticos, não sabíamos qual peça de roupa tirar primeiro. Ele me tomou ali mesmo, contra a porta da frente arrancando orgasmos de mim e depois me carregou para o quarto e beijou, lambeu, provou cada pedacinho da minha pele, essa, que estava fervendo, necessitada dele. Agora horas depois da última vez que ele me acordou me sinto deliciosamente dolorida em todos os lugares possíveis, inclusive em lugares que eu nem sabia que existia. Eu sei que ele tem uma noiva, e eu realmente me sinto culpada agora porém isso era algo inevitável, o desejo entre nós é palpável.

-Regina não é minha noiva. Sebastian quebra o silêncio e por um momento me assusto com o som de sua voz.

-Acho que ela não recebeu o memorando então... Respondo com cautela, quero que ele fale para mim o que está acontecendo.

-É complicado. Ele diz com um suspiro.

-Porquê?

Sinto quando seu peito se expande quando ele inspira profundamente.

-Nós namoramos desde muito jovens, e-eu realmente amei ela..
-Mas?
- Ela ficou grávida cinco anos atrás, era um menino, ela sofreu uma queda muito brusca da escada de sua casa. Ela estava sozinha e quando a ajuda chegou já era tarde demais.

-Meu Deus! Eu sinto muito Sebastian!

E eu realmente sinto, como mãe, não sei o que faria se algo assim acontecesse comigo.
-Nós iriamos nos casar, mas depois que isso aconteceu com o bebê e o diagnóstico de que ela não poderia mais ter filhos. Simplesmente, mexeu com a cabeça dela.

-Como assim?

-Achamos que com o tempo ela iria melhoras, e até mesmo falei em adoção com ela. Mas não adiantou foi como se ela tivesse ficado louca. Tentei durante dois anos Alícia, dois malditos anos! Coitado, só penso em como isso é muito triste.
-Então, o que aconteceu?

-Ela não quis aceitar a morte do bebê, e não aceitava que falássemos em adoção. Depois de um tempo eu só desisti, o amor acabou, eu não sei... Sinto vergonha por ter desistido dela, mas eu não poderia mais dar o que ela queria.
-Você não teve culpa alguma Sebastian, ficou com ela até onde foi possível ir. Nós só podemos ajudar alguém que quer ser ajudado.

-Ainda me sinto um pouco mal, ainda mais depois...

-Depois que os gêmeos apareceram. Ele não precisava terminar essa frase, eu sabia o que ele iria dizer.

-Isso, mas não pense errado. Jesus, eu achei que depois de Lucca eu nunca iria ser pai novamente. E por Deus, eu amo essas crianças! Não duvide disso nunca Alicia, o que precisar fazer para protegê-los eu vou fazer.

-Eu sei disso.

Sebastian disse isso com tanta certeza que era impossível duvidar do amor dele pelos filhos.

-Mas eu tenho uma dúvida, porque Regina ainda acha que vocês estão noivos? -Honestamente? Eu não sei, já falamos um milhão de vezes e ela simplesmente finge que essas conversas nunca aconteceram. Não sei o que passa na cabeça dela.

-Mas ela não viu algum psicólogo?

-Sim, mas ele disse que ela estava bem.

-Claramente ela não está.

-Eu sei, mas ela e sua família já passaram por muito que o melhor é deixarmos isso assim.

-Sebastian, eu não sei o que está acontecendo entre nós agora. Mas eu não serei a outra! Isso que aconteceu hoje não vai acontecer novamente até você arrumar essa bagunça!

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