Imprevisto

Capítulo 12

Ele é louco.

É a única maneira de explicar isso.

-Não vire isso contra mim, Alicia! Ele quase grita em meu rosto.

-Eu estava agradecendo a um amigo e colega de trabalho por ter feito a gentileza de me poupar ter que descer três andares para buscar os documentos que você pediu.

-Claro, e ele aproveitou para te chamar pra sair. E você estava aceitando facilmente.

Eu olho furiosa para ele.

- E qual é, exatamente, o seu problema com isso?

- Você, é a mãe dos meus filhos e não deveria estar saindo com qualquer um.

Fecho os olhos e conto até dez, depois os abro.

-E é porque sou a mãe que não posso ter mais vida? Ou só porque você não quer me ter outra pessoa não pode? Se toca Sebastian, eu vou sair com quem eu quiser a hora que eu quiser. Não preciso da sua permissão para nada!

-Alicia, eu...

-O quê? Alex é uma ótima pessoa e não vejo motivos para não dar uma chance para ele.

-Isso é por causa de sábado à noite?

-É claro que não. Não se ache tão importante assim.

-Então você quer dizer que se eu tocar você agora, não vai sentir absolutamente nada?

Eu senti quando ele mudou de postura e de repente me senti encurralada igual uma corça por um tigre. Ele deu um passo à frente e eu um para trás, até que senti minha mesa atrás de mim e Sebastian já estava a centímetros do meu rosto; suas mãos subindo por baixo de minha saia, minha calcinha já estava destruída. Brigas eram tipo preliminares para nós desde a primeira vez.

-Sebastian... é melhor você sair.

-Mas eu não estou fazendo nada.

Ele disse com a boca a centímetros da minha e suas mãos errantes nas bordas de minha calcinha. Suspirei quando um dedo espreitou por baixo do tecido fino.

-Você deve parar, Alex está apenas na sala ao lado. Ele vai nos ouvir.

-Então é melhor você calar a boca e fazer silencio. Um de seus dedos estava fazendo rápidos movimentos circulares no meu clitóris enquanto o outro entrou profundamente em mim.

Engasguei com um grito silencioso quando ele movimentou os dois dedos ao mesmo tempo e sua boca cobriu a minha. Sua outra mão apertando meu quadril enquanto ele fazia sua mágica em mim. Minhas mãos estavam em sua lapela do paletó agarrando como se minha vida dependesse disso. Eu estava lutando contra ele.

-Deixe vir princesa. Então seus dedos bombearam mais duro e eu vim gloriosamente. Quando abri meus olhos ele estava olhando fixamente para mim.

-Acho que isso encerra a questão anterior. Preciso daqueles documentos o quanto antes.

Ele sai e me deixa ali, tremendo e ofegante sem saber direito que diabos aconteceu.

E, principalmente, furiosa como nunca.

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