The Old Darkness

Um amigo atravessa o Drakon da Lídia com sua espada de brinquedo

Não sei se ver o Deus da Morte era tão assustador do que ver a merda do Drakon da Lídia na minha frente. O fato é que, não se deve deixar uma criança de 6 anos, junto com outra criança de 6 anos e um líder ladrão ir em uma missão de resgate. Ainda mais se as crianças forem eu, e o Edward White.

Vou começar a contar essa parte lá atrás. Eu já não sabia mais o que fazer, depois que descobri que Alyce havia desaparecido. Todos agora me tratavam um pouco diferente, por eu ter salvo o acampamento do ataque dos monstros. Embora, tenha sido Zeus que capturou a Fênix. Quíron tentava inutilmente me alegrar ou me distrair ao seu jeito. O resto das pessoas só sabiam falar palavras incentivadoras. O que só piorava a situação. Era noite de jogos. Noite de captura a bandeira. Eu estava no time azul, já que eu não tinha chalé. O time azul era formado pelo C3, C7, C9 e C11. O vermelho, C4, C5, C6, C10 e C13. Era uma certa desvantagem numérica, mas eles me tratavam como um chalé completo. Antes dos jogos começarem, um novato tinha chego no C5. Seu nome, Edward White. Ele tinha a minha idade, e logo quando chegou, havia me desafiado pra uma luta. Eu recusei, devido a última luta com um filho de Ares. Ele apenas acenou em aprovação e disse: "Coragem, é o quê lhe falta.". Por incrível que pareça, eu não fiquei zangado. Não fiquei com rancor. Era verdade. Estava no lado direito do Riacho Zéfiro quando Quíron tocou sua trompa, anunciando o começo dos jogos. Tinhamos apenas um filho de Poseidon. E, não. Ele não se chama Percy Jackson. O nome desse filho de Poseidon era Jonathan Evans. Apareceu bem antes do Percy. Ele concordou em ficar na guarda junto com Yui Mai, filha de Hermes e Louis McLoughlin, filho de Apolo.

Eu corri feito doido pelo bosque em meio a escuridão que ele propagava. A luz da lua nada era em comparação as sombras que as folhas das árvores faziam. Aquilo fazia eu me sentir bem. Bruce Mount estava no ataque comigo. Outro filho de Hermes que eu não lembro o nome também estava. Era quase uma vitória certa. Comecei a ouvir os passos do time adversário, bem próximos. Então, tomei um chute no peito, sendo arrastado alguns centímetros pra trás. A risada de uma criança se propagou de trás de uma árvore. Edward White saiu de trás da mesma árvore, segurando uma espada que era proporcional ao seu corpo "pequeno".

-Ora, ora, ora. Acho que encontrei a minha presa. - Disse, Edward.

-Mas a sua irmã não está no jogo, colega. - Retruquei, sorrindo.

-Ele sabe insultar. Que meigo. - Rebateu ele, atacando-me mo braço direito com uma estocada direta.

Não consegui me defender. Ele era rápido. A lâmina de sua espada fez um corte em meu braço. Senti-o latejar e arder por causa do corte. Dei um passo atrás, girando minha espada e atacando ele no abdômen. Edward simplesmente girou o punho e rebateu meu ataque, vindo pra cima de mim e me dando um gancho de direita. Caí no chão feito maçã caindo da árvore. Ele riu.

-É só isso? Não consegue lutar sem usar seus poderes? Mais que pena. - Disse, Edward, aproximando-se de mim.

Aquilo sim me deixou com raiva. Foi o único comentário que me deixou com raiva. Por muito tempo depois do episódio da Fênix, todos diziam que eu só estava vivo graças ao meu pai. Que eu era o filho único dele, por isso tinha tanto "afeto" da parte dele. Eu não queria ficar conhecido por simplesmente depender do meu pai, ou seja, dos meus poderes, pra sobreviver. Assim que Edward se aproximou, dei-lhe uma rasteira e finquei-lhe minha espada em sua mão direita, prendendo-a no chão. Ele rangeu os dentes e me deu um chute. Retirou minha espada de sua mão e levantou-se, jogando sua espada fora.

-Agora, vamos sem espadas. Eu começo. - Disse ele, dando-me uma joelhada no estômago e um chute no rosto.

Minha visão já não era das melhores. Depois daquele chute, tudo piorou. Consegui rolar pra escapar de um pisão que ele daria na minha cabeça e levantei-me, dando um soco no peito dele. Ele se afastou, sentindo uma falta de ar temporária. Era a minha chance. Enfiei um soco na cara dele, derrubando-o no chão. Por um breve instante, achei que tinha ganho a luta. Mas, Edward se levantou, rindo e limpando a boca.