capítulo 8

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Pov Jackson

Eu estava no hospital a dois dias , não me lembrava de como cheguei ali, mas nesses dias acordei ao lado de Mark.

Bom ele dormia na poltrona ao lado da cama, se remexia quase que toda hora, provavelmente era bem desconfortável. O via conversar com o enfermeiro que parecia gostar dele. Aquilo me deixava irritado e com ciumes, não que eu tivesse algum direito sobre o hyung, mas ele era meu amigo, e eu era o único que ele precisava.

Talvez meu pensamento fosse egoísta, mas depois de tudo que vi o garoto passar, acho que eu tinha esse direito.

- Bom jackson você terá alta hoje. - disse o enfermeiro chamado Yugyeom.

- E quando podemos ir? - ouvi Mark perguntar.

- Daqui a alguns minutos.

Mark me ajudou a me vestir, tocava em minha pele exposta me fazendo cócegas. Adorável eu diria, se não o conhece-se.

Saímos do hospital, Mark havia se despedido do enfermeiro com um abraço, virei o rosto para não ver tal cena.

- Onde estamos indo? - perguntei para o garoto mais velho que me olhava sorrindo.

- Bom, vamos a cafetaria, Henry me deu esses dois dias de folga.

Eu me sentia culpado por ele ter perdido dois dias de trabalho cuidando de mim, e mais culpado ainda por saber que ele não receberia pelo dia nem pelo extra.

Chegamos lá ele foi até o balcão e me trouxe panquecas com um achocolatado, disse que comida de hospital era ruim, mas que na casa dele não tinha nada de bom e panquecas era melhor do que nada.

Henry deu tchau para nós dois que acenamos em retribuição, Mark deu a partida parando em um supermercado, me pediu para esperar no carro, coloquei uma música qualquer, e depois de alguns minutos o garoto já dava a partida no carro novamente.

Parou o carro na garagem de sua casa alugada, pegou as sacolas e me puxou pelo pulso, me fazendo adentrar o local que parecia mais arrumado que o normal, afinal já faziam mais de 3 semanas que eu não ia em sua casa e nem o via.

Se eu fui fraco por não fugir, talvez mas minha mãe faria pior, não posso nem imaginar quando ela descobrir que Mark me sequestrou provavelmente de uma morte, depressão e qualquer outra coisa ruim, não que eu fosse deixar acontecer algo com ele, ela jamais tocaria em nenhum cabelo sequer do mais velho, ela não tocaria naqueles cabelos loiros que se ele quisesse que continuassem loiros precisaria de mais tinta.

- Ei vai tomar um banho, você fede a hospital. - disse ele revirando os olhos

- Ja estou indo mamãe.

Ele me olhou irritado, com tal palavra, eu havia o comparado com uma mãe, e não uma mãe qualquer, a minha mãe. Ficou me encarando, um tempo e decidi por fim ao silêncio desconfortável que havia criado.

- Mark, não seja assim, você seria uma mãe melhor que ela, mesmo sendo um garoto. - sorri apertado suas bochechas,  por cima do maxilar duro e forte que o mais velho tinha.

A verdade é que Mark seria melhor em qualquer coisa que minha mãe, seu jeito durão, não era fachada ele realmente era assim, e aquilo o fazia especial. Apesar de ser como era tinha o coração maior que muita gente que se dizia boa.

Ele afastou minhas mãos de seu rosto, nem havia sentido ela repousar. passou as mãos em seus cabelo o jogando para trás e em instantes depois já estava pra frente.
Ele parecia muito cansado, mas ainda sim sorria.

- aqui não tem enfermeiras, vou tomar banho sozinho. - disse sorrindo.

- Não espera que eu vá te ajudar né, aliás Jackson vai logo.

Ele já havia perdido a paciência o que deixava tudo mais engraçado, mas eu também estava cansado e decidi subir sem falar nada.

A tarde assistimos filme e falamos sobre as últimas semanas.

Não a parte dolorida, ele não tocaria no assunto, não sabendo que aquilo me faria mal.
Já era noite quando acordei em seu sofá.

Havia um cheiro bom vindo da cozinha. Mark não sabia fazer comida. Pelo menos não algo bom. Ele queimava praticamente tudo.

- Achei que o belo adormecido iria, esperar o beijo de sua princesa, pra sempre. - falou sorrindo.

- Porque pra sempre? - falei confuso.

- Se não percebeu eu não sou princesa e muito menos vou te beijar.

Aquilo doeu de uma forma que eu nunca havia sentido.
Abaixei a cabeça, forçando um sorriso, e provavelmente parecia a cara mais patética que fiz, porque ele não parou de rir.

- Bom belo adormecido, eu não te beijaria a menos que você pedisse.

Se ele estava tentando melhorar a situação, creio que piorou. O silêncio outra vez desconfortável pairou sobre a cozinha, me aproximei dele o abraçando.

- Eu não vou precisar pedir hyung.- foi a única coisa que eu disse depois de pegar um prato e servir frango frito pra mim.

Love Is Love - MarkSonOnde histórias criam vida. Descubra agora