Não demorou para que a notícia do assassinato se espalhasse. E mais uma vez, a polícia não encontrou evidências que levassem a um suspeito. O assassino era cuidadoso, preocupava-se em não deixar provas, mas em um espelho da casa deixara algo. "Foi apenas o preço por não fazerem nada pelo seu filho". Uma mensagem escrita com o sangue das vítimas. A mesma letra do bilhete. Ao que parece, o criminoso já tinha sua marca.
Agora, mesmo cansada, Coline pensava no que faria. Imaginava como salvar Marvel e os outros reféns daquele psicopata. Era evidente que ele não iria parar até que alguém o detivesse.
Coline não poderia voltar ao local do crime, mesmo que pudesse, não encontraria nada. "O assassino é um psicopata, psicopatas são inteligentes. Não deixam pistas", pensava. Ela precisava se planejar. Esperou Ralph sair e foi à procura de jornais velhos em sua antiga casa. Coline era esperta e determinada, aprendera com os livros como essas pessoas agiam. Eram organizadas. Ela esperava que os assassinatos seguissem a mesma ordem dos sequestros. Nos jornais descobriu o nome de cada um dos desaparecidos.
Como ela agiria, ainda não sabia. Mas tinha certeza que não deixaria que nada acontecesse a Marvel. Tinha tanta certeza que às vezes chegava a incomodá-la. Ela ainda sentia algo muito forte por ele, algo que nunca sentiu por Ralph.
Os anos de terapia não escondiam que aquela história não tinha se resolvido.