Cara do retrato

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Me desculpem a demora para postar. Mas é que agora começou as aulas e os professores estão pegando pesado.

Assim que paro em frente do meu prédio, pego minha bolsa pago o taxista e subo em direção ao meu apartamento. Ando o mais rápido que os saltos me permitem, assim que entro em casa, tranco a porta e sigo em direção a cozinha.

Sento no balcão ao lado do fogão e tiro as fichas que estavam dentro da bolsa. Antes de abri-lá, fico apenas a observando, refletindo se essa seria a coisa correta a se fazer. Será que isso poderia ser considerado crime?, porque afinal de contas, eu roubei informações de um caso secreto.

Lento todos os relatórios, as fichas e vendo fotos e desenhos de alguns dos possíveis integrantes da quadrilha. Eles se envolviam em tudo que era ilegal e matavam sem piedade, quem os enfrenta ou desafia. Mas mata todos os seus familiares, cortando suas cabeças. Mas se eu fosse ir a um julgamento poderia alegar que sou mulher e por isso tenho curisidade excessivam. Olho para a bolsa do meu lado, decidindo qual seria a melhor maneira de se agir. Mas por outro lado são essas informações que estaram me dando oportunidade de finalmente conseguir meu cargo desejado.

O que será que o Marcelo e a Mary vão pensar, se soubesse que eu quero entrar em uma missão considerada por todos suicida. Provavelmente Marcelo gritaria comigo e depois me prenderia por ter roubado seus papéis e Mary me chamaria de louca e ajudaria Marcelo na minha prisão.

Decido por fazer uma sala de frutas, porque além de fácil, é rápido. Eu não estou com muita fome e além do mais quanto mais rápido eu comer, mas tempo vou ter para ler os relatórios.

Assim que termino minha salada, pego a pasta em cima do balcão, e caminho para a sala. Ligo a televisão em um canal aleatório de jornal, e começo a folhear as diversas páginas.

Mesmo lendo apenas por cima, conseguo entender o porque de quase todas as delegacias da região, estarem se reunindo secretamente, para discutir sobre o Império da prostituição, que apesar dos esforços dos federais, crescer mais e se expandindo para outros tipos de "mercados" e não foi muito bom, já que se eles continuarem,será preciso muito mais do que os policias para impedi-los.

Estou folheando as últimas páginas, quando me deparo com algo que me impressiona. Um desenho de um homem, viro a folha e encontro a descrição. Com a letra quase ilegível, tenho uma certa dificuldade de entender, mas para minha sorte essa não é a primeira vez que preciso decifrar alguma letra. Marcelo, tem mania de escrever tudo rapidamente, ele fala que é porque não tem tempo suficiente para, parar e escrever algo caprichado, mas na minha opinião ele não gosta muito de usar um papel e uma caneta.

Conseguo ler as palavras retrato e líder, não é preciso ter um QI avançado para deduzir que o rosto do retrato se tratava do criminoso que comanda toda essa sujeita ilegal.

Pela descrição da testemunha, ele aparenta ser jovem, analisando bem, seu rosto é simétrico, sua boca carnuda, seus olhos frios e opacos transparecendo atrás do lápis um olhar sério, mas ao mesmo tempo triste.

Balanço a cabeça, tirando esses pensamentos que não me levariam a lugar nenhum. Isso é tudo fruto da minha imaginação, afinal de contas, é impossível ver, os sentimentos de uma pessoa através de um alto retrato. Mas inexplicavelmente me sinto estranha, quando olho para o desenho. Como se de alguma forma ele estivesse olhando diretamente para mim, se pudesse descobrir meus segredos mais profundos. E isso me deixa realmente assustada.

Largo o desenho no chão e vou em direção ao banheiro, tomar um banho para poder relaxar meus músculos, que se encontram no momento tensos e doloridos. O cargo de secretária, não me permite ter uma banheira. Mas apesar disso, acho meu banheiro grande, principalmente o box. Cerca de 20 minutos depois, eu saio, e vou em direção ao meu quarto. Separo meus uma camisa e uma calcinha, visto-os e pentio meus cabelos vermelhos, e com preguiça de secar os deixo molhados mesmo.

 A InfiltradaOnde histórias criam vida. Descubra agora