Amigos inseparáveis ?

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Desculpa o atraso gente. Mas é que está difícil consiliar a escola e a história.

Desculpem qualquer erro.

- Eu...Justin porque você está pedindo isso justamente pra mim, sabendo que eu não concordo com o fato de você viver se escondendo da sua familia? - Digo enquanto dou as costas a ele e siguo para sala.

Respiro fundo diversas vezes e mentalizo coisas fofas até ter certeza de que serei capaz de falar palavras que não fossem palavrões. Porque as únicas coisas que consigo pronunciar são extremamente ofensivas, e apesar de não conhecer sua mãe duvido muito que ela trabalhasse na rua, oferecendo seu corpo.

- Katrina,eu preciso que você escute o que eu tenho a dizer. Você sabe que eu não quero contar para meus pais que sou gay, mas você não sabe o porque.

- Tudo bem Justin, você me conta mas já vou avisando que estou muito inclinada a jogar esse vaso na sua cabeça. - digo enquanto aponto o dedo para o vaso que se encontra do outro lado da parede da sala. E justamente o mesmo que ganhei dele no meu último aniversário, e que pelo gosto luxuoso que eu sei que Justin tem, deve ter pagado um bom dinheiro nele.

Ele olha para do vaso para mim várias vezes como se não acreditasse que seria capaz de tal barbaridade. Então ele pula para o canto do sofá e bate a palma da mão ao lado como se sinalizando para que eu me sentasse junto a ele.

Mesmo ainda incerta do que Justin Ia dizer, caminho em direção ao sofá, mas apesar do que ele pensa não sento ao seu lado e sim na outra extremidade. Mesmo sabendo que isso certamente é considerado, não só pelo Justin, mas sim pela humanidade como um ato completamente infantil. Mas ele precisa saber que apesar de ter decidido ouvi-lo, ainda estou brava com ele.

- Sério isso Katrina? - diz ele rindo indignado com minha atitude, mas apenas dou de ombros ignorando seu comentário.

- Olha eu quero que você fique quieta até eu terminar de falar, e assim que eu terminar você me fala se vai ou não me ajudar. - diz ele em um tom sério que até chegou a me surpreender. Porque apesar de gay, Justin sempre foi um homem contido que mostra sua verdadeira personalidade para as pessoas mais próximas, e ouvi-lo falar assim tão seriamente me preocupa, pois desde que nos conhecemos, nada é capaz de tirar o espírito alegre e descontraído de meu amigo.

Ajeito-me para que possa ficar de frente para ele.

- Katrina você é minha melhor amiga, e eu confio em você mais do que em qualquer pessoa. - diz quando terminar de virar para mim e pega minha mão e a coloca em sua perna, deixando a sua por cima.

- Como você sabe ninguém escolhe ser gay, simplesmente nasce assim, e comigo não foi diferente, quando eu era criança não sabia nem o que isso significava mas meus pais sabiam e desde pequeno sofri represálias do meu pai por ser do jeito que eu era. Então quando eu cresci o suficiente para entender o porque dele sempre implicar comigo, decidi que iria evitar ao máximo que esse meu lado viesse a tona. Antes, eu trocava brincar de carrinhos com meu irmão para assistir desfiles com minha mãe, mas um dia enquanto eu e mamãe falávamos das modelos, meu pai apareceu e nos olhou com uma expressão tão fria que pude quase pude sentir o que estava por vir. - diz Justin quando abaixa a cabeça e olha para nossas mãos entrelaçadas. Ele parece ter lembranças do que passou na infância. Então para minha surpresa, ele levanta a cabeça da um sorriso triste e aperta minhas mãos.

- Ele olhou para mim com um odeio que eu nunca tinha visto nos olhos de ninguém, pelo menos não até meus 11 anos de idade. Lembro que ele mandou mamãe sair do quarto, mas ela se recusou a sair e foi quando ele gritou pela primeira vez com ela, isso surpreendeu tanto a mim, quanto a ela, não sei se foi por medo, mas ela simplesmente saiu do quarto me deixando sozinho com meu pai. Ele me perguntou porque estava assistindo coisas de mulheres ao invés de estar com meu irmão, e eu como era inocente disse que preferia ver os desfiles com a mamãe, ele ficou tão bravo Katrina, eu nunca o tinha visto tão transtornado assim na vida, era como se todos os demônios dele estivessem na sua frente, em mim.

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