Então o que vamos fazer ?

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Desculpe a demora de novo.

- Então como vamos fazer para que seu pai não desconfie que você é gay ?. - pergunto olhando pro Justin, que se encontra neste momento deitado com a cabeça no meu colo e, as pernas longas esticadas pelo sofá.

Ele abaixa o olhar, respondendo a minha pergunta interna. Juntin só tinha chegado até a parte do plano em que me chama para ser sua namorada, mas não sabia o que aconteceria se caso eu aceitasse. E agora se encontra perdido em relação ao que fazer. E isso é uma das razões para que nos tornassemos amigos, quando Justin se senti perdido,sobre alguma coisa, ele sempre vem me procurar, e eu amo ajudá-lo.

- Ta, então vamos começar do início. Quando a gente vai e por quantos dias a gente vai ficar lá ?. - pergunto olhando para Justin que levanta do meu colo e se arruma no sofá.

- Não vamos ficar muito tempo. O mínimo possível de preferência.

- Eu vou me ferrar muito nessa história.

- Não vai não amiga. Te prometo, vai ser rápido e indolor. - diz ele rindo com a mão sobre meu ombro.

- Ok. Então já pensou em que história vamos contar pro seus pais?

- Já sim. Acabei de pensar em uma muito boa. - diz Justin com a animação de uma criança, quando ganha um brinquedo.

- Vamos lá então, me conta.- digo não tão animada para escutar sua história imaginária de como nos conhecemos e nos apaixonamos.

- Então estava eu, um belo dia com o meu cachecol roxo berinjela, entrando tranquilamente dentro da faculdade. Quando avisto uma donzela indefesa, precisando de ajuda para encontrar sua sala. E eu como o lindíssimo, carismático, perfeito, musculoso, e com um cabelo mais brilhoso do que o da Gisele. Parei para ajudá-la em sua jornada perigosa, e então enquanto andávamos pelo corredor nos olhamos e ficamos perdidamente apaixonados.

- Eai o que achou? Ficou ótimo, não foi ?. -disse ele, e então me fez pensar se ele realmente achava isso uma boa história pra se contar a alguém.

Me levantei do sofá e segui para o quarto. E Justin sem entender me seguia com cara de interrogação.

- Aonde vai Katrina?

- Pegar meu celular. Vou ligar para um manicômio vir me buscar. Pois só posso estar louca de ter aceitado entrar nessa com você.

E então sento na ponta da cama, passando as mãos na cabeça. Numa tentativa falha de tentar clarear os pensamentos.

- Justin você me conhece como ninguém. Sabe que não sou boa com mentiras. Tanto que você sempre descobre quando estou mentindo. Tem certeza que será uma boa ideia, me ter lá ?

Pergunto aflita, pude perceber que Justin está preocupado com a sua situação com a familia. E de maneira nenhuma eu gostaria de estragar as coisas.

- Claro que vai amiga. Você é a pessoa em quem eu mais confio, e sei que vai conseguir fazer tudo direitinho.

- Tá bom. Mas eu me recuso, mesmo sobre ameaça de morte, a contar essa história ridícula que você inventou. Parece mais um conto de fadas, só faltava o cavalo branco.

- Certo, certo. Então senhora Megamente, como nos conhecemos ?

- Então, eu estava na biblioteca da faculdade e você chegou e falou sobre o livro que eu estava lendo, e nos tornamos amigos e depois nos apaixonamos blá blá blá.

Justin me olhou incrédulo, como se eu tivesse falado que o Ian somehalder é feio.

- Assim seco, sem nenhuma emoção ou detalhes ?. Depois pergunta porque vai morrer sozinha, com 14 gatos.

- Ei. Não se esqueça que seu futuro está nas minhas mãos.

Ele ri e me abraça de lado. Uma das várias coisas que gosto no Justin, é o poder que seu abraço tem. Quando ele me abraça é como se todo o mundo parasse, e que toda a dor e tristeza que eu carrego, se dissolvem no chão. E só fica a calmaria e a paz. E isso é uma das melhores sensações do mundo. Ele nem ao menos sabe disso.

Então ele me solta e levanta da cama, ficando na minha frente, com um sorriso de orelha a orelha. E esses sorrisos sempre me diziam que eu ia me foder legal.

- Tive uma ideia.

- Eu já sei que eu não vou gostar. Mas a curiosidade de mulher é uma porcaria, então conta, nada mais pode me surpreender hoje.

- Vamos renovar seu guarda-roupa. - diz simplesmente, como se fosse uma coisa cotidiana.

- Nem morta. Não preciso de roupas novas, as que eu tenho estão ótimas.

- As vezes me pergunto porque sou seu amigo. Você não precisa, ter que precisar comprar roupas, para poder comprar roupas.

Depois que diz isso, ele franze as sobrancelhas. Isso mesmo amigo, se nem você entendeu o que disse, imagine eu.

- Justin não quero comprar roupas e outra não tenho dinheiro para fazer uma coisa dessas.

- Não se preocupe, eu cuido disso. E outra você vai ser minha primeira namorada, não posso apresentar nada menos, nada mais,que uma mulher perfeita. Então levanta essa bunda seca daí e vamos para o SHOPPING.

Rio involuntariamente, com seu grito ao dizer shopping. Justin poderia facilmente levar sua família a falência, se fosse deixado solto em um shopping.

Enfim desisto de discutir e vamos caminhando para a sala, calço uma sandália aberta, pego minha bolsa e saímos do apartamento.

Quando enfim chegamos no shopping, saio do carro rapidamente me ajoelhado no chão e agradecendo inúmeras vezes por finalmente ter saído daquele inferno.

Ouvir Justin cantando é uma das torturas mais cruéis que alguém poderia passar. Acho que se ele tivesse nascido anos antes, com certeza Hitler o teriam chamado para torturar as pessoas nos campos de concentração.

Justin me encara com uma cara de raiva e tédio, então me surpreende mostrando a língua e andando para a entrada.

Me levanto rapidamente e corro em direção a ele, então quando entramos me surpreendo por saber que a essa hora e nesse dia da semana, o lugar se encontra parcialmente cheio.

- Você já tem beleza natural, com esse cabelo loiro e esses olhos azuis. Ser alta também te ajuda, então não precisaremos fazer muitas coisas. Vamos tem uma loja ótima, que tem tudo que você precisa.

Então começa minha jornada, Justin me levou em tantas lojas e me fez provar centenas de roupas. E a casa peça de roupa, era um comentário diferente, e pra piorar ele fez com que as vendedoras o ajudassem a escolher.

Não, isso te deixou muito freira. Nem pensar, olha como essa saia te deixa com bundão. Esses não foram nem metade dos comentários que ouvi ao longo do dia, então só servi de manequim.

Depois de ter comprado metade do shopping, meus pés emploravam por descanso e meus braços por conta da quantidade de sacolas que estamos carregando. Decedimos então parar pra comer alguma coisa.

Enquanto comíamos, o celular do Justin toca, e ele fica olhando de mim para o visor do celular.

- Quem é Justin ? - pergunto preocupada.

- É a minha mãe. - diz obviamente tenso.

- Me passa o celular, deixa que eu atendo.

Então ele estica o aparelho em minha direção, respiro fundo, atendo e coloco no ouvido.

- Alô...

Continua...

Eeeeita. Que agora a porra ficou séria.

Como será essa conversa ??

Esse foi mais um capítulo.

Até a próxima anjinhos.

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